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28 dezembro, 2015

Como funciona a gigantesca logística por trás da Amazon [Valor Econômico]

Conheça um pouco da operação de separação de pedidos de centro de distribuição da Amazon localizado em Tracy - Califórnia - EUA, com capacidade de expedição de 500 itens por segundo. Tecnologia avançada faz toda a diferença para atendimento de milhões de clientes espalhados mundo afora. Assista o vídeo (2:18 min) produzido pela Financial Times, clicando aqui.

16 dezembro, 2015

O pátio não é um “puxadinho” do armazém [Mundo Logística]

É do conhecimento comum a influência que todos os intervenientes têm na cadeia logística de uma empresa. Como em qualquer corrente, a força da cadeia logística é ditada pela do elo mais fraco. Por exemplo, por mais organizada que esteja a logística na produção, se o armazém tiver problemas, a produção da empresa será impactada.
Assim, quando se pretende organizar ou otimizar os espaços físicos dedicados às operações logísticas de uma empresa, é sabido que todos eles interagirão e que, quanto melhor um estiver, mais o outro será beneficiado. Isso ocorre mesmo que as áreas estejam fisicamente separadas, dependam de pessoas distintas e são operadas por colaboradores diferentes etc. Ou seja, ainda que aparentemente sejam departamentos “estanques”, por vezes separadas por quilômetros, a melhoria de uma delas será bom para ela própria e para as demais, logo, para toda a cadeia logística.
O pátio não é exceção. A operação no pátio, onde circulam todos os tipos de veículos e pessoas, é crítica para todo o processo. Até porque no pátio ainda pode existir outros equipamentos de logística, que precisam ser controlados, como as cancelas, balanças, catracas, entre outros.
Portanto, nos dias que correm, nenhum responsável pela logística descuida a importância da otimização do processo logístico no pátio da empresa. Todos sabem que um pátio mal administrado tem um impacto negativo no armazém, como materiais prontos nas docas para a carga e o caminhão ainda não chegou, e na portaria, o que resulta, geralmente, em filas de caminhões à porta da empresa, esperando a sua vez de entrar. Alguém está pagando a conta, geralmente o consumidor, a quem o custo dessa falha de otimização acaba sendo repassado.
Então, se já está claro para todos que o pátio não é um “puxadinho” do armazém, por qual razão, muitas vezes, ele assim o é considerado no âmbito do software? Por qual motivo a gestão do pátio, tão complexa e crítica para a operação de uma empresa, acaba sendo um “puxadinho” do WMS (Gestão dos Armazéns) ou do TMS (Gestão dos Transportes)? Está claro que ele tem peso, importância e funcionalidades suficientes e específicas para ser tratado como uma entidade própria.
O que um sistema Yard Management System (YMS) faz é isso mesmo: a gestão do pátio. Comunicando com outros sistemas, como Enterprise Resource Planning (ERP), TMS e WMS, ele deverá conhecer quem está para chegar ou sair, quem tem autorização para acessar determinadas áreas, que cargas estão para ser recepcionadas. O YMS deve “avisar” o WMS para o material certo estar a postos em uma doca específica, com as pessoas e equipamentos corretos, na hora certa, para se proceder à descarga e ao armazenamento, que vagas de estacionamento estão livres para encaminhar as visitas, em função do seu perfil etc.
Curiosamente, o YMS ainda não é utilizado e, muitas vezes, nem sequer conhecido por uma quantidade considerável de empresas brasileiras. Elas reconhecem o problema, sabem como poderia ser solucionado, mas desconhecem a existência da solução. Termino como comecei: se do ponto de vista físico, já ninguém trata o pátio como um “puxadinho” do armazém, por qual motivo ele terá de ser tratado desse jeito, no âmbito do software? [Jorge Serrano Pinto- Sonda IT]

Fonte: Revista Mundo Logístico; disponível em http://www.mundologistica.com.br/portal/noticia.jsp?id=2529; acesso em 14/12/2015.

13 dezembro, 2015

Para enfrentar a crise, empresas brasileiras investem mais em automação [GS1 Brasil]

As incertezas sobre o cenário econômico levam cada vez mais empresas brasileiras a buscar formas de reduzir custos, otimizar os negócios e evitar ao máximo as perdas. Nesse cenário, ter uma gestão eficiente passou a ser palavra de ordem, e a automação é citada como a ferramenta ideal para garantir ganho de produtividade e maximização de resultados. Pesquisa realizada neste ano pela GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação revela que 92% dos empresários consideram o uso do código de barras essencial para impulsionar as vendas, enquanto 88% apontam a tecnologia como forma de melhorar a gestão.
Como consequência, 61% dos entrevistados pretendem investir em códigos de barras que permitam incluir mais informações – os chamados códigos lineares -, assim como em outras soluções demandadas pelo varejo de grande porte, como a radiofrequência, por exemplo. “A automação, com o uso do código de barras, permite o controle e a precisão da informação que circula, garantindo ganhos de ponta a ponta”, destaca João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil.
O aumento do interesse em opções para automatizar os processos levou a entidade a registrar, pelo terceiro mês consecutivo, o crescimento no número de associados. A GS1 Brasil conta com o maior quadro associativo desde a sua fundação, há 32 anos, com 58.583 integrantes. Somente de janeiro a setembro deste ano, cerca de 5 mil empresas de todos os portes ingressaram na associação.
Do total de associados, 30% fazem parte do Cadastro Nacional de Produtos, um serviço gratuito na internet para organizar a base de dados dos produtos das empresas que fazem parte do seu portfólio. O sistema torna possível a consulta das informações alimentadas pelos fabricantes a partir de qualquer lugar, e já conta com 2,3 milhões de itens catalogados que podem ser compartilhados com varejistas e distribuidores, facilitando assim o cadastro dos produtos nos mesmos.
O cadastro funciona por meio do GTIN (Número Global de Item Comercial), um identificador para itens comerciais desenvolvidos e controlados pela GS1. Também conhecido por código EAN, é atribuído para qualquer item (produto ou serviço) que possa ser precificado, pedido ou faturado em qualquer ponto da cadeia de suprimentos. O GTIN é utilizado para recuperar informação pré-definida e abrange desde as matérias-primas até produtos acabados.
Além disso, o empresário pode fazer a gestão do portfólio pelo CNP sem qualquer risco de perda de informações, pois a GS1 garante a segurança dos dados armazenados. “O CNP é importante para micro e pequenos empreendedores que buscam espaço no mercado. Com ele, o empresário cadastra os números de identificação dos produtos e descreve as informações detalhadas de cada item, obtendo o controle das mercadorias e melhor gerenciamento das informações”, explica Oliveira.

Sobre a GS1 Brasil
A GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação é uma organização sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos, tem seu padrão adotado em 150 países e possui sede em 112 deles. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. A organização brasileira tem 58,5 mil associados. Mais informações em www.gs1br.org.

Fonte: Adaptado de texto da Assessoria de Imprensa GS1 Brasil - Cristine Pires - Jornalista MTB 7847 - cristineapires@gmail.com

21 outubro, 2015

Entregas não realizadas custam milhões [Guia do TRC]

Transporte é  atividade essencial  para todos os segmentos econômicos e fazer isso de forma rápida é um desafio permanente.  A maneira de medir a eficiência das entregas é estabelecer o prazo para cada evento e acompanhar o seu cumprimento.
A contratação de fretes inclui um indicador de performance conhecido como SLA (Service Level Agreement)  ou acordo  do nível de serviço celebrado entre embarcador e transportador. Além do prazo de entrega se inclui no SLA a  qualidade dos serviços indicada pelo percentual de entregas realizadas com sucesso ou das ocorrências indicativas do  insucesso dessa operação.
Essa taxa de insucesso ou de impontualidade nas entregas é conhecido como "ocorrência".  Muitos  conhecem ocorrência como tudo aquilo que interfere na entrega.  Em tempos de avanços tecnológicos o preenchimento do comprovante DACT-e (documento auxiliar do conhecimento e transporte eletrônica) tem sido gradualmente substituído por mensagens de celular, o que antecipa a informação mas não dispensa o cumprimento de seu preenchimento.
Entregas realizadas com sucesso são  facilmente analisadas. As ocorrência, entretanto,  apresentam complexidade em função da multiplicidade de razões para a" não entrega".
Quanto aos valores envolvidos as entregas bem sucedidas (90%) representam aproximadamente  70% dos custos. As ocorrências  (10%)  de problemas, significam os 30% desses custos. Os  percentuais e valores não são exatos. Entretanto, estão muito próximos daquilo que se observa na  realidade.
Colocando o valor hipotético de uma despesa mensal de R$ 1.000,00 para fretes  teríamos que pagar  R$ 700,00  por  90% de sucesso e R$ 300,00  pelos 10%  de insucesso.
As entregas não realizadas merecem ser identificadas conforme os seus responsáveis. Uma parte do insucesso se deve ao próprio embarcador, parte ao transportador e outra ao destinatário. Deve-se avaliar também as avarias e os sinistros.
No ano 2014, segundo a SINFE, foram emitidos 1.244 bilhões de CT-e's, ou 12 milhões mensais  através de 76.449 emissores (empresas transportadoras autorizadas a emitir CT-e's e inclui filiais de uma mesma empresa). Estima-se que essas quantidades em  2015 seriam pelo menos 50% maiores que as do ano passado, devido a  obrigatoriedade  das NF-e's e CT-e's que não eram obrigatórias naquele ano.
Fazendo apenas uma estimativa:   uma taxa de insucesso de 10%   estamos tratando 140 milhões de ocorrências por entregas mal-sucedidas.
Nos sites das SEFAZ  (CT-e's e NF-e's)  os dados são escassos ou inexistentes.   A SINFE (www.sinfe.com.br/brasil)  publica informações  obtidas da Secretaria da Receita Federal e cruzadas com diversas fontes.
A expectativa  e de que nos próximos  meses (quem  sabe no próximo ano) esses  indicadores de quantidades de NF-e's e CT-e's emitidos  sejam disponibilizados e tornados públicos. 
A busca por redução de custos nunca foi tão intensa quanto agora. Eliminar custos e ainda melhorar a qualidade perece ser o sonho de empresários e executivos que lidam com transportes.
Não existem soluções mágicas mas, através de aplicativos de BI Business Inteligence seria possível tabular as principais razões das "não entregas". Especialistas dizem que uma redução dessas ocorrências resultaria incremento de produtividade e ampliaria a lucratividade dos transportes.
Alguns números apresentados pela CNT indicam que os transportes representam 6.5% do PIB brasileiro (R$ 234.5 bilhões)  considerado de R$ 3.5 trilhões; Transporte rodoviário de cargas participa com 67 % de todas as movimentações de cargas no Brasil, ou R$ 15.7 bilhões. Se existem R$ 500 milhões/ano  de problemas de ocorrências de entregas...  as possibilidades de reduzir custos podem ser imensas. [Paulo Westmann]

Fonte: Guia do TRC; disponível em http://www.guiadotrc.com.br/noticias/noticiaid.asp?id=30670; acesso em 21/10/2015.

27 julho, 2015

CNT lança Sondagem de Eficiência Energética no Transporte Rodoviário de Cargas [Agência CNT]

A maior parte das transportadoras­ implanta alguma medida para reduzir o consumo de combustível ou tem interesse em implantar. A primeira Sondagem CNT de Eficiência Energética no Transporte Rodoviário de Cargas realizada pela Confederação Nacional do Transporte mostrou que somente o treinamento de motoristas de caminhão pode gerar 12% ou mais de economia de diesel.
Essa redução torna-se ainda mais significativa ao se considerar que o diesel é o principal insumo do setor. O gast­o com combustível representa cerca de 30% a 40% do custo operacional do transporte rodoviário de cargas. O levantamento da CNT permite conhecer melhor as perspectivas dos empresários do setor em relação às medidas de eficiência energética e outras questões que envolvem sustentabilidade.
Foram realizadas 292 entrevistas com proprietários, diretores, gerentes ou profissionais com conhecimento da rotina administrativa, operacional e ambiental de transportadoras de todo o Brasil. O público-alvo foram empresas de transporte com frotas maiores ou iguais a 50 veículos, sendo caminhões próprios ou agregados (com a participação de veículos de caminhoneiros autônomos).
A proposta da Confederação é trabalhar para a construção de um Programa Nacional de Eficiência Energética no Transporte Rodoviário de Cargas, que estimule as empresas a adotar medidas para reduzir o consumo de diesel, principal insumo do setor.
O presidente da CNT e do Sest Senat, Clésio Andrade, destaca que a Confederação realiza um forte trabalho para incentivar os transportadores a promover ações de gestão ambiental. “Neste mês de julho, o Despoluir – Programa Ambiental do Transporte, da CNT e do Sest Senat, completa oito anos. A Sondagem é uma das ações importantes em busca do incentivo à sustentabilidade no setor”, diz Clésio Andrade. Ele também destaca que as mais de 140 unidades do Sest Senat espalhadas por todas as regiões do Brasil treinam motoristas para que eles conduzam de forma econômica e segura.
Na sede da CNT, em Brasília, já foi realizado um Seminário Internacional sobre Eficiência Energética de Veículos Pesados, com a participação de representantes de diferentes países. “Diversas medidas podem ser implementadas pelas empresas, incentivadas pelo poder público e desenvolvidas pela indústria automobilística para que se reduza o consumo de combustível. Assim, há um estímulo à conservação dos recursos naturais, à diminuição das emissões de poluentes e à redução de custos das empresas. São medidas que passam por treinamento, investimento em tecnologia e outras práticas que geram excelentes resultados”, diz Clésio Andrade. [Cynthia Castro - Agência CNT de Notícias]

06 julho, 2015

Amazon registra sistema de ‘entrega antecipada’ [Estadão]

SÃO PAULO – As inovações sobre o sistema de logística da Amazon já foram discutidos em peso quando Jeff Bezos anunciou a possibilidade de fazer entregas com drones. Agora ele decidiu abusar dos algoritmos de previsibilidade e patenteia um esquema que prevê que determinado consumidor vai de fato pedir o produto antes de fechar o negócio. A patente foi registrada em agosto de 2012 e aprovada em dezembro de 2013. 
Segundo o documento de registro de patente do sistema intitulado “Antecipatory Shipping” (algo como entrega antecipada), o mecanismo desenvolvido envolve no envio do produto a uma determinada área geográfica enquanto o potencial consumidor avalia comprar o produto mesmo sem dar o endereço desse consumidor (já que ele ainda não fechou negócio). Enquanto o pacote estiver em trânsito, caso o consumidor conclua sua compra, a Amazon então envia o endereço específico de entrega e a entrega é feita em um tempo menor do que pelo método de entrega atual.
A empresa tem cerca de 225 milhões de clientes em todo o mundo e arrecadaram US$ 61 bilhões em receita em 2012.

Fonte: Estadão; disponível em http://blogs.estadao.com.br/link/amazon-registra-sistema-de-entrega-antecipada/; acesso em 06/07/2015.

25 junho, 2015

Brasil recebe evento dedicado à sustentabilidade na cadeia de suprimento [Maxpress]

A iniciativa Together for Sustainability (TfS) (Juntos pela Sustentabilidade) liderada por 13 empresas da indústria química; AkzoNobel, Arkema, Basf, Bayer, Clariant, Henkel, DSM, Eastman, Evonik, Lanxess, Merck, Solvay e Wacker, realizou um evento de fornecedores em São Paulo.
O evento contou com palestras dos principais executivos do setor, além do painel de discussão "Criação de Vantagens Competitivas e Sustentáveis na Cadeia de Suprimento Global", mediada pela jornalista Rosana Jatobá.
A iniciativa foi criada em 2011 por seis empresas químicas multinacionais, com o propósito de desenvolver e implementar um programa de auditoria global para avaliar e aprimorar as práticas de sustentabilidade dentro das cadeias de suprimento da Indústria Química. Em todo o mundo, as empresas-membro do TfS já realizaram mais de 8 mil avaliações e auditorias.
O TfS tem como objetivo desenvolver e implementar um programa global de engajamento de fornecedores, incluindo aspectos ecológicos e sociais. Com isso, agora, os fornecedores participantes terão que preencher um formulário em vez de múltiplos questionários com informações relevantes sobre sustentabilidade fornecidas a todos os compradores, ao invés de realizarem avaliações ou auditorias de sustentabilidade separadas com cada um desses fornecedores.
A iniciativa se baseia nas boas práticas e se aproveita de princípios estabelecidos - tais como o Pacto Global das Nações Unidas (UNCG) e a Carta Mundial de Cuidado Responsável - bem como as normas desenvolvidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Internacional para Padronização (ISO), Responsabilidade Social Internacional (SAI) e outros.
Desde sua fundação, a participação na iniciativa mais do que dobrou, foram definidos 32 critérios de auditoria e mais de 290 auditores foram qualificados. Além disso, o TfS pretende ampliar seu número de membros com o tempo.
De acordo com Ruediger Eberhard, presidente do TfS, a iniciativa planeja estabelecer referências na cadeia de suprimento que podem englobar os pilares da sustentabilidade e gerar ganhos relevantes a longo prazo para as empresas e seus fornecedores.
“Nosso objetivo é a aquisição responsável de bens e serviços, como também, a melhoraria das normas ambientais e sociais de fornecedores da indústria química em todo o mundo", afirmou.

18 junho, 2015

Agroindústria de SC adota sistema de rastreabilidade [Noticenter]


As cadeias produtivas de aves e suínos de Santa Catarina – situadas entre as mais modernas do planeta – adotarão até o final  do ano a tecnologia RFID baseada no uso da radiofrequência para aperfeiçoar o sistema de rastreabilidade. A tecnologia permite o uso de uma espécie de etiqueta eletrônica inteligente que será implantada nos lacres dos contêineres, controlando todo o processo de preparação, transporte aos portos, embarque e chegada ao destino final, no exterior.
O emprego desses recursos no aperfeiçoamento da rastreabilidade suinícola resulta de parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), Sindicarne e Associação Catarinense de Avicultura (Acav). 
O projeto ainda envolve outras instituições da sociedade catarinense, órgãos oficiais da Secretaria da Agricultura, Cidasc, o Ministério da Agricultura incluindo o Vigiagro e Sipoa/SIF, além de empresas privadas de tecnologia e centros de pesquisa e Universidade de São Paulo (USP).
O projeto – também conhecido como Canal Azul – teve a colaboração da Fapesc e apoio do Sindicarne e da Acav, com a participação das agroindústrias catarinenses. Foi realizado um piloto no Estado, em 2012/2013,  o qual testou a aplicabilidade da tecnologia que agora deve ser utilizada para todos os interessados da cadeia produtiva.
O presidente da Acav José Antônio Ribas Júnior realça que esse avanço tecnológico é mais uma demonstração do vanguardismo das cadeias produtivas de Santa Catarina. Destacou, também, o status sanitário do território barriga-verde, como área livre de aftosa sem vacinação e área livre de peste suína clássica (PSC).
O novo recurso digital confere ainda mais segurança e confiabilidade e substitui centenas de documentos pelo controle digital, cujas informações poderão ser acessadas pelos fiscais do Ministério da Agricultura. Além da segurança, o novo recurso permite reduzir para menos de um dia uma operação que, atualmente, chega a demorar de três a quatro dias.
O dirigente esclarece que não haverá mudança na metodologia adotada, mas um aperfeiçoamento tecnológico da rastreabilidade trazendo inovação, processos on-line, mais segurança e confiabilidade ao sistema.
O diretor executivo do Sindicarne, Ricardo De Gouvêa, explica que a implantação do sistema de rastreabilidade de RFID aguarda homologação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.  Deverá ser implantada neste ano ainda, cobrindo toda a operação das agroindústrias aos portos.
As empresas do setor da carne já adotam a rastreabilidade nas etapas de produção a campo e na indústria. Agora, para aperfeiçoar ainda mais a rastreabilidade no Estado, a tecnologia será empregada no campo e dentro das plantas industriais.   Essa tecnologia está disponível em escala mundial e já é aplicada em várias áreas da atividade humana e empresarial.
Com isso, à medida que a vida do animal avança, registram-se nessa etiqueta os principais fatos relevantes sob aspectos de nutrição, saúde, localização, entre outros. Além disso, após o processamento, é possível manter este histórico junto ao produto, incluindo as validações oficiais e respectivas certificações.
O investimento total das empresas no processo não foi revelado, pois, como se trata de uma parceria com o Governo do Estado, Fapesc e agroindústrias catarinenses, os recursos serão alocados gradualmente, fase a fase.
“Esse é mais um investimento na vanguarda da cadeia produtiva de proteína animal catarinense. Certamente, nossos clientes internos e externos reconhecerão nossa evolução e continuarão a nos dar a preferência de aquisição nesta jornada de várias décadas”, concluiu o diretor do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo Gouvêa.
Ribas Júnior relatou que 2015 é um ano de grandes desafios, em razão do aumento de custos de produção, entre eles a energia elétrica, a taxa cambial (que repercute no aumento dos custos dos insumos) e a taxa de juros (que torna mais caros os empréstimos e financiamentos bancários), além da acirrada competição no mercado internacional. Mesmo assim, o presidente da Acav é otimista em relação ao segundo semestre.
Sistema
A rastreabilidade permite capturar, armazenar e relacionar informações desde o provedor de insumos e matérias-primas, produtores, até as unidades industriais, a logística e o transporte, as unidades de venda e os consumidores. Um fluxo com registro, identificação e transmissão de informações permite conhecer a procedência, o produto e sua localização. Trata-se de um monitoramento seguro e completo com registro dos estabelecimentos, das movimentações e das operações, obedecendo normas internacionais.

15 junho, 2015

Recomendação de literatura: Fundamentos da Logística e Distribuição Física Internacional

Foi lançado recentemente o livro Fundamentos da Logística e Distribuição Física Internacional, escrito por Leonardo Specorte Russi, profissional de logística e comércio exterior, consultor na área e professor nos cursos de Logística e Comércio Exterior da UNIVALI em Itajaí/SC.
O livro apresenta, através de texto simples e de fácil compreensão, a evolução da logística, seu contexto histórico, a logística internacional, a identificação das cargas e suas particularidades, estratégias de distribuição física no âmbito internacional e gestão de informações.
Recomendamos sua leitura pelos novos profissionais de logística e comércio exterior e acadêmicos nestas áreas.
O livro (em formato impresso ou digital) pode ser adquirido pelo site do Clube de Autores (clique aqui).

 

04 junho, 2015

Scania implanta método para reduzir tempo de entrega dos produtos [Revista MundoLogística]

A Scania, referência mundial na fabricação de caminhões pesados, ônibus e motores industriais e marítimos, implantou um novo conceito de produção para atender, com mais agilidade e flexibilidade, às demandas dos clientes. Com o conceito batizado de High Service Level (HSL), aplicado desde fevereiro na fábrica de São Bernardo do Campo, São Paulo, o cliente aponta, sem restrições, a sua necessidade para o concessionário e a Scania trabalha para atender à demanda, por meio da área de planejamento, que verifica diariamente cada caso e flexibiliza a produção e a logística dos pedidos.
“Havia um volume máximo de pedidos de produção pré-estabelecido, que limitava as demandas fora do previsto. Com o HSL, a produção é sob demanda, mas pode ser ajustada de acordo com as prioridades e complexidades até a chegada do produto ao cliente”, explica o responsável pela Logística da Scania na América Latina, Fábio Castello.
O conceito permite reduzir o tempo de espera entre uma operação e outra, no processo produtivo, agilizando o atendimento dos clientes. “O benefício imediato é o aumento da precisão no planejamento e na eficiência do processo, que resulta em menor tempo de entrega, atendendo no prazo, e implica, também, a melhor utilização de recursos”, explica a coordenadora do Projeto na Scania, Bruna Fecchio.
O HSL nasceu na Suécia e a operação brasileira aperfeiçoou o conceito, com a união de um grupo multidisciplinar, que mapeou os possíveis gargalos no caminho, desde o pedido até a entrega. A aplicação do HSL no Brasil foi desenhada por equipes dos próprios concessionários, das áreas de logística, produção e planejamento, que trabalharam juntas.

Fonte: Revista MundoLogística; disponível em http://www.mundologistica.com.br/portal/noticia.jsp?id=2181; acesso em 04/06/2015.

05 maio, 2015

Prejuízo com roubo de cargas pode passar R$ 2 bilhões [Agência CNT]

As perdas decorrentes dos roubos de cargas, ocorridos em 2014, no Brasil, devem chegar aos R$ 2,2 bilhões. Esta é uma estimativa parcial divulgada pela NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) durante o XV Seminário de Transporte Rodoviário de Cargas, realizado nessa quarta-feira (29) [de abril], na Câmara dos Deputados, em Brasília. Somente com mercadorias perdidas, a quantia totaliza R$ 1 bilhão. O restante refere-se ao valor dos caminhões que não foram recuperados. Conforme os dados, 3,2 mil veículos não foram encontrados, o equivalente a 22% do total. Foram, aproximadamente, 17,5 mil ocorrências no ano passado contra 15,2 mil em 2013.
A região Sudeste do país continua na liderança do total de casos. Somente os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro respondem por mais de 80% das ocorrências. Chama a atenção, ainda, os números do estado fluminense, onde o total de casos cresceu 10% na comparação com 2013. “O que vem caracterizando o crime no Rio de Janeiro é a integração do roubo de cargas com outros crimes, como o tráfico de drogas. O produto do roubo é usado para financiar a atuação dos traficantes”, explica o coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da NTC&Logística. “Os criminosos atacam, geralmente, em locais de parada, em falsas blitz, com a criação de obstáculos no caminho e também em abordagens em movimento”, relata o coronel.
“Chegamos a um ponto inaceitável. A gravidade é tal que há lugares que companhias seguradoras se negam a segurar determinadas cargas. Isso pode causar até desabastecimento de determinados produtos”, alertou o presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes.
Os produtos mais visados pelos criminosos são eletroeletrônicos, cigarros, alimentícios, farmacêuticos, químicos e autopeças. Das ocorrências, 75% foram em áreas urbanas e 25% e rodovias.

Mais de duzentas mortes desde 1998
Um prejuízo ainda maior é com a perda de vidas. Entre 1998 e 2014, ocorreram 262 mortes durante ações de criminosos contra caminhões de carga. Outro dano, difícil de medir em resultados, são as condições da saúde emocional daqueles motoristas que foram vítimas dos bandidos. “Eles passam por situações de trauma, precisam de apoio psicológico e às vezes enfrentam dificuldades em retomar as atividades”, diz o coronel. Paulo Roberto de Souza conta que, diante dos riscos que existem em certas rotas, especialmente na região Sudeste, transportadores começam a rejeitar fretes.

Enfrentamento ao crime
Conforme Paulo Roberto de Souza, uma das principais estratégias para enfrentar esse tipo de crime é atuar sobre quem recebe a carga. Por isso, durante o Seminário realizado na Câmara dos Deputados, defendeu a aprovação de projetos de lei que agravam a punição para receptadores, com aumento da pena e perda do CNPJ para empresas que comercializarem cargas roubadas.
Ele fez um apelo para que os parlamentares auxiliem a pressionar o Executivo pela aplicação da lei (LC 121/2006) que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos. A norma foi aprovada em 2006. Passados quase dez anos, ainda não foi regulamentada pelo governo federal.
O coronel também chamou a atenção para a necessidade de regulamentação da lei 12.977/2014, que estabelece as regras para o funcionamento de desmanches de veículos. A norma entra em vigor no dia 21 de maio deste ano, mas ainda não teve a aplicação definida pelo Executivo. 
[Natália Pianegonda - Agência CNT de Notícias]

Fonte: Agência CNT de Notícias; disponível em http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?noticia=roubo-de-cargas-dados-2015-ntc_logistica-30042015; acesso em 05/05/2015.

21 abril, 2015

RFID automatiza inventário [Revista Logística]

O conhecido processo de inventário ainda é obrigatório nas empresas para que elas possam ter um controle de todos os itens, como: cadeiras, mesas, computadores, entre outros.
O procedimento é tradicionalmente utilizado pelas empresas para o controle de ativos. Normalmente é necessário movimentar grande parte dos funcionários, o que gera investimento em horas extras e interferência na veracidade dos dados, já que o formato manual não é tão confiável.
Pensando nisso, o RFID (identificação por rádio frequência) da Taggen [www.taggen.com.br] chega com a proposta de automatização dos processos de inventário. O diferencial da tecnologia é o dinamismo e a agilidade para trazer o controle assertivo dos itens. Além disto, dependendo da proposta, ela ainda possibilita automatização de algumas funções, ou seja, quando identifica um dado, ela envia comandos para outro sistema que ativa movimentos.
A solução Taggen GP para automatização de inventários pode ser integrada com qualquer ERP das empresas e vai além da contagem do objeto. O processo inicial é cadastrar a etiqueta RFID em todos os ativos da corporação.
Um Tag principal registra o departamento que será realizado o inventário e ao entrar neste setor, a uma distância de até 5 metros, o leitor inteligente da Taggen localiza todos os ativos que estão com a etiqueta RFID. Assim não há necessidade de um funcionário contar item por item. Outro facilitador do processo é a possibilidade de exportar planilhas em Excel de inventários antigos para o software Taggen GP. Assim é possível distinguir departamentos mais sensíveis à perda de produtos e traçar um controle mais confiável.
A ferramenta permite uma economia de até 90% no tempo gasto com os inventários, além de um uma visão panorâmica dos ativos, identificação de setores com maior risco e economia com horas extras, quando funcionários ficam até mais tarde ou trabalham nos finais de semana, para fazer manualmente o inventário.
Segundo Mario Prado, CEO da Taggen, a grande aposta da solução é o sistema de workflow eletrônico para o controle de movimentações internas. “Algumas empresas perdem muito com o extravio de ativos e só se dão contam disto na operação de inventários. Se formos contabilizar em valores a perda de produtos durante um ano, o resultado assustará os gestores. O processo continuado de inventários com o Taggen GP possibilitará as empresas um trabalho preventivo em setores específicos, minimizando perdas que refletem em altos valores, esse que poderia ser melhor aproveitado para investimentos visando a otimização do setor”, finaliza Prado.
 
Fonte: Revista Logística; disponível em http://www.imam.com.br/logistica/noticias/tecnologia-da-informacao/2178-rfid-automatiza-inventario; acesso em 21/04/2015.
 

31 março, 2015

Palete de Papelão Ondulado [MWV Rigesa]

A fabricante de embalagens MWV Rigesa lançou recentemente um palete de papelão. Considero uma evolução em termos de movimentação e armazenagem. Abaixo, a apresentação disponível no site da empresa.

Palete de Papelão MWV Rigesa
Elevando Resultados, Reduzindo Custos
Segurança, praticidade e até 80% de redução de custos com frete e estoque*. O Palete de Papelão MWV Rigesa é uma nova alternativa para o transporte de cargas
Produzido com o papel HyPerform, o palete de papelão MWV Rigesa é resistente e leve, não possui farpas e pregos, oferecendo mais segurança e ergonomia no manuseio. Além disso traz benefícios para exportação, já que não precisa de tratamentos fungidas, necessário para utilização da versão de madeira.
Tudo isso, com a tradição de qualidade, excelência, experiência e competência técnica da MWV Rigesa.
 
* Considerando  o fornecimento do palete desmontado, 1,00 m x 1,20 m, empilhamento de 2,80 m e caminhão truck 8,00 m x 2,40 m x 2,70 m.
 
Fonte: MWV Rigesa; disponível em http://www.mwv.com/pt-br/industrial-packaging/products/palete-papelao; acesso em 31/03/2015.
 

16 março, 2015

Que futuro prevemos para o campo da armazenagem? [Revista Logística]

Uma mudança nos tradicionais canais de distribuição, a proliferação do comércio eletrônico, novas tecnologias, equipamentos avançados para aumentar a flexibilidade e uma mão-de-obra inteligente e bem treinada devem prevalecer no futuro da armazenagem.
Graças ao poder cada vez maior da tecnologia da informação e as demandas dos clientes por estoques reduzidos, customização e custos mais baixos, os armazéns estão entrando numa era onde a ênfase estará na movimentação com sincronização, oposto à estocagem, e terão que encontrar meios inovadores para atender estas novas demandas.
As dimensões das caixas continuarão diminuindo na medida que as empresas se esforçam para atender apenas a quantidade de reposição necessária na prateleira do varejista, assim como a habilidade do fabricante em produzir.
O armazém do futuro cada vez mais se tornará a tubulação para unir as empresas na cadeia de abastecimento. O conceito de fluxo sincronizado com o programa de produção é uma característica do armazém moderno. O programa de produção será dinâmico e baseado na demanda do mercado. A ligação entre o programa de produção e a demanda será em tempo real, e não desconexa como anteriormente.
Um armazém nunca se tornará obsoleto porque sempre existirá uma diferença entre os ritmo da demanda e produção. Não importa quão flexível o ambiente de manufatura se torna, muitas empresas nunca serão capazes de combinar exatamente a resposta com a demanda.
O foco do armazém passará da estocagem estática, para o movimento dinâmico. Esta mudança significa que os gerentes estarão preocupados com as características do destino em vez das características de estocagem, os centros de distribuição tenderão a ser uma operação de cross-docking e não um acumulador de materiais. Mas a estocagem ocorrerá com incremento de tempo cada vez menor e ocorrerá cada vez mais próxima do mercado, talvez em localizações satélites.
As empresas se afastarão dos tradicionais canais de distribuição. Todavia poderão usar uma rede que começa com um armazém de matéria-prima (localizado nas instalações do fabricante ou fornecedor) que abastecerá o processo de manufatura. Os centros de distribuição regionais serão eliminados onde for possível, e os fornecedores despacharão diretamente para um ponto de uso final, outro local na manufatura ou direto para uma loja.
Os centros de distribuição do amanhã estarão localizados próximos dos centros populacionais e das rotas de transporte. As empresas com múltiplos CDs estarão partindo para uma ou duas instalações principais. Estas serão mais eficientes, mais orientadas para o processo, com mais foco sobre a eficiência da expedição e sistemas de informação. As áreas de estocagem diminuirão e várias outras operações estarão acontecendo dentro do armazém.
As necessidades do armazém do futuro serão avaliadas, baseando-se na cadeia de abastecimento como um todo; graças à moderna tecnologia da informação algumas das tradicionais atividades de armazenagem poderão ser realizadas por terceiros ou eliminadas.
Como exemplo, algumas finalizações ou acabamentos nos produtos que atualmente são feitas na montagem, poderão ser customizadas no armazém antes do envio aos clientes.
Os princípios da “postergação” serão freqüentemente usados. No armazém do futuro o que entra não é necessariamente o que sai. Atividades que agregaram valor, como rotulagem final, embalagem, formação de kits e configuração do produto serão realizadas no armazém e não na fábrica. O armazém será um centro de serviços coordenando várias atividades com muitos parceiros na cadeia de abastecimento.
A futura armazenagem pode não ser um prédio específico, pois pode estar na instalação da manufatura, um armazém de terceiros, ou no cliente, ou pode até ser um armazém virtual que se movimenta.
 
A Internet como um novo canal
A Internet trará um grande impacto como um canal de distribuição, seja do fabricante para o consumidor ou do centro de serviço ao consumidor.
O comércio eletrônico mudará completamente os centros de distribuição. Estamos na era de empresas que literalmente lidam com dezenas de milhares de consumidores individualmente. As empresas mudarão sua capacidade de manufatura para que possam customizar produtos para os consumidores finais e não apenas segmentos de mercado.
A informação será o diferenciador chave do comércio eletrônico. Uma convergência de dados, distribuição, vendas e do pedido, tudo residirá num banco de dados onde os gerentes receberão informações para tomarem as decisões. Sistemas ERP (Planejamento dos Recursos Empresariais) permitirão que as empresas façam a reengenharia de suas cadeias de abastecimento e obtenham grandes ganhos.
A implementação de sistemas em tempo real reduzirá ainda mais o tempo do ciclo do pedido, com mais velocidade e qualidade e aumentará a capacidade de processamento sem erros. Hoje tais sistemas são a exceção em vez de regra. No futuro, tais sistemas serão a regra em vez da exceção.
Para o armazém do futuro, a visibilidade será a chave, rastreando o produto seja na forma de uma matéria-prima, na entrada, ou na forma de produto acabado, na distribuição. Procure um sistema inteligente para comunicação com o sistema de operação, tais como empilhadeiras, transportadores contínuos etc.
Os sistemas de armazenagem serão projetados para “otimizar o movimento dentro do armazém” com sistemas de endereçamento com locação dinâmica e interfaces gráficas para otimizar a localização do produto dentro do armazém.
Graças à inteligência artificial e a contínua evolução dos softwares, os sistemas serão capazes de sugerir cenários e depois executá-los. Isto significa que as pessoas que trabalham com logística terão nas pontas dos dedos a capacidade de reconfigurar e controlar todo o sistema logístico. Isto fornecerá total flexibilidade.
A tecnologia de movimentação de material avançada permitirá flexibilidade no armazém. Avanços da tecnologia permitirão uma movimentação de materiais automatizada para cargas cada vez menores, devido ao giro rápido, de forma confiável e de custo efetivo competitivo.
Sistemas de separação “sem papéis” serão intensamente utilizados nesta década. O custo desta tecnologia está caindo e os benefícios estão aumentando, permitindo que mais e mais pessoas adotem o radiofreqüência (RF) e equipamento de código de barras, telas de vídeo em consoles, etiquetas de identificação (“smart cards”) por RF que podem ser usadas para identificar cargas unitárias, carretas e contêineres.
O reconhecimento da voz é outra tecnologia sem o uso de papéis que virá. Na verdade a tecnologia da voz pode tornar possível o funcionário de um armazém falar num microfone num idioma, fazer o sistema interpretá-lo para outro e depois responder de volta no idioma original.
Nossas empilhadeiras estarão interligadas com comunicação de dados naturalmente. Pode levar algum tempo para substituir as empilhadeiras de hoje pelas de amanhã. Até lá, então, podemos ver uma série de empilhadeiras com dispositivos portáteis agregados.
A dificuldade de encontrar e manter os funcionários do armazém resultará num ímpeto de tornar o armazém mais favorável ao usuário. Espere para ver mais dispositivos de posicionamento de cargas para que sejam minimizados os esforços em alcançá-los.
Haverá empilhadeiras com assentos, direção e controles, ergonomicamente favoráveis e capazes de acomodar uma ampla faixa de funcionários.
Equipar os armazéns com mão-de-obra mais inteligente e mais rápida, que tenha conhecimento de informática, imporá os desafios aos gerentes dos armazéns do amanhã.
O trabalho em equipe continuará sendo importante nos armazéns do futuro. Isso não significa que as pessoas que operam a instalação não precisarão ser auto-suficientes. Continuarão as tendências de eliminar os níveis de supervisão aumentando os de coordenação.
Mas o ambiente para o trabalho de equipe será diferente do que é hoje. Não haverá equipes de recebimento, expedição ou separadores – todos serão operadores de armazém e trabalharão onde se fizer necessário.
Muitos armazéns trabalharão com dois ou três turnos no futuro. Cada vez mais o uso da tecnologia no armazém significará que estes funcionários, em horários alternativos, assim como seus colegas do turno do dia, operem dispositivos de radiofreqüência, leitoras de código de barras e saibam se estão trabalhando de acordo.
Com múltiplos turnos, será necessário o suporte técnico por 24 horas para manter os sistemas cada vez mais sofisticados, e de supervisão que pode investigar e corrigir os problemas conforme eles ocorrem.
As empresas precisarão de pessoas de manutenção mais inteligentes que possam usar estes novos sistemas, diagnosticar o problema e orientar o reparo rapidamente.
[Reinaldo Moura - 27/05/2011]

Fonte: Revista Logística; disponível em http://www.imam.com.br/logistica/artigos/serie-logistica-pelo-mundo/114-que-futuro-prevemos-para-o-campo-da-armazenagem; acesso em 16/03/2015.

12 março, 2015

Infraero cria Selo de Eficiência Logística para certificação de empresas [Logweb]

A Infraero criou o Selo de Eficiência Logística, certificação que identifica as empresas que se destacam nos procedimentos que envolvem a movimentação de volumes nos terminais de logística de carga (Teca) administrados pela estatal. As empresas poderão usa-lo como atestado de participação eficiente no setor de logística de carga, o que, além de agregar valor à imagem e ao negócio da empresa, servirá como instrumento de marketing, enfatizando também a conscientização na busca da eficiência logística e a consolidação de sua posição no mercado.
Além disso, o Selo de Eficiência Logística permite a divulgação do Programa Infraero de Eficiência Logística (Piel), pelo qual a empresa avalia e reconhece as empresas que operam no ramo em seus complexos logísticos.
Receberão a certificação todas as empresas importadoras e prestadoras de serviços que operam nos Tecas da Infraero e que forem reconhecidas pelo Prêmio Infraero de Eficiência Logística em seus segmentos de atuação, com base nos critérios do Programa.

Programa Infraero de Eficiência Logística
Criado em 2003, o Programa de Eficiência Logística tem o propósito de identificar e premiar as empresas que mais se destacam pela eficiência na gestão da cadeia logística, estimulando também uma melhoria constante nos processos de desembaraço de carga por parte das empresas.
Isso é feito pela medição da eficiência das operações de logística no Teca através de um ranking mensal em vários segmentos de movimentação de carga. Com ele, as empresas envolvidas no setor podem comparar o desempenho de todos os envolvidos nos processos de importação, incluindo seus prestadores de serviço.
Após doze meses, são premiadas, por meio do Prêmio Infraero de Eficiência Logística, as companhias que obtiverem o primeiro lugar no ranking. O prêmio é o ponto mais alto do programa, homenageando as empresas que se destacam ao longo do ano nas operações de carga do terminal.
 
 

03 março, 2015

O fator humano no mercado logístico [Revista MundoLogística]

Dada a sua característica principal, que é vencer distâncias, o mercado logístico é mais associado a recursos físicos, seja de equipamentos, como caminhões, guindastes contêineres, ou de infraestrutura, rodovias, ferrovias, pontes, portos etc. Embora sejam fundamentais, de nada adiantam sem a inteligência e operação humanas, cuja criatividade, justamente, supera obstáculos.
Em outras palavras, mesmo no mercado logístico (à semelhança de outros serviços), o fator humano é fundamental para o sucesso do negócio. Isso até pode parecer óbvio, mas ainda são comuns longas jornadas, baixa sistematização e formalização do setor, e até um certo descrédito por não ser uma atividade fim.
Porém, precisamos ter em mente que o colaborador é o cartão de visita da empresa e está em contato com o cliente final o tempo todo. Podemos dizer que serviço é um sentimento, então, a depender do nível de atendimento que o cliente recebe, seja ele mágico, trágico ou apático, o cliente constrói a imagem da companhia e a dissemina.
O sucesso de uma empresa está diretamente ligado à visão de que pessoas, processos, tecnologia e ambiente devem estar devidamente equalizados, o que faz com que conquiste e fidelize clientes o tempo todo.
O fato de não haver interesse ou, mesmo, preocupação com gente, faz o potencial de geração de negócios não ser efetivado em seu nível máximo. As pessoas precisam saber que são importantes, ser reconhecidas, valorizadas e desafiadas por um time de líderes competente, devidamente preparado para tal questão.
Encontramos, hoje, corporações esvaziadas de comprometimento, onde as pessoas mecanicamente cumprem suas tarefas, sem interesse algum em oferecer o seu melhor. Habitualmente, lideradas por profissionais cujo conceito de resultado se mostra bastante equivocado.
Costumo questionar líderes em reuniões e treinamentos quanto ao entendimento de gente no negócio e são inúmeras as vezes em que as respostas se mostram invertidas. Costumo responder que “quem faz ou não faz resultados é gente” e não são poucas as vezes em que a discussão trava nesse ponto, por falta de argumentos.
É óbvio que há a necessidade de uma infinidade de outros recursos, para que a empresa se sustente, mas compreender que gente é quem entrega ou não resultados é fundamental, ainda mais no mercado logístico, cujas máquinas, na maioria das vezes, são dirigidas por pessoas. São elas, também, que passam por situações de estresse e que devem contorná-las. Nessa hora, o melhor equipamento de nada serve, pois não pode interagir com o cliente e outros envolvidos.
Logo, as ações de Recursos Humanos, que oportunizem melhoria no clima organizacional e no nível de engajamento de seus colaboradores, acabam invariavelmente redundando em ganhos de imagem junto ao mercado e, consequentemente, em melhores resultados para a corporação.
Importante ressaltar que todas as rotinas de Recursos Humanos da empresa devem estar descritas em formato de procedimentos, cuja metodologia utilizada é semelhante a que se adota em processos de certificações internacionais. Dessa forma, garantimos que todo conhecimento e modus operandi se mantenham devidamente atualizados, documentados na empresa e, ainda, que todos desenvolvam as rotinas de forma padronizada.
O processo de padronização também se estende por diversas áreas da companhia, bem como esta possui seus processos devidamente mapeados, por meio de ações desenvolvidas pela área de
Qualidade e Gestão da empresa. A garantia de atuação padronizada, no desenvolvimento de rotinas, garante ao cliente o padrão de excelência em operação e atendimento.
A busca incessante por satisfação e clima positivo de trabalho inspira os colaboradores e faz com que sintam orgulho em pertencer, o que naturalmente reflete nos resultados da empresa. Quer vencer distâncias? Use todos os modais, mas o motor principal sempre será o fator humano.
Autora: Angela Christofoletti (consultora Organizacional da MAC Logistic)
Fonte: Revista MundoLogística; disponível em http://www.mundologistica.com.br/portal/noticia.jsp?id=2002; acesso em 03/03/2015.

24 fevereiro, 2015

Por que a Logística é importante nas organizações? (artigo)

Compartilho com vocês o artigo de Jannieli Moraes Lima (jannielimoraes@hotmail.com) sob o título "Por que a Logística é importante nas organizações?".
 
Resumo
Este artigo irá relatar a importância e o crescimento da logística nas organizações. Sabemos que não há como uma empresa sobreviver sem a existência da atividade logística, pois a organização para ter sucesso em suas operações necessita de um bom nível de serviço logístico para viabilizar a aquisição de matéria-prima e a entrega dos produtos aos clientes. Apresenta opiniões de autores renomados na área de Logística como forma de fundamentação das idéias expostas. Um dos resultados mais importantes deste estudo é a compreensão da importância logística para as empresas, concluindo que a empresa sem a logística estará indo em direção ao fracasso.

Palavras chave: Logística; Empresas; Operações; Estratégia.

1. Introdução
De acordo com Olívio (2013, p.15), a logística existe desde os tempos mais antigos. Nas guerras, líderes militares desde os tempos bíblicos já se utilizavam da logística. As batalhas eram longas e nem sempre ocorriam próximas de cidades ou centros de abastecimento. Por isso, era preciso que as tropas carregassem tudo o que iriam necessitar e ainda se deslocassem por grandes distâncias.
A logística é o único meio pelo qual as empresas conseguem realizar o seu ciclo operacional de forma completa e eficaz, é através das operações logísticas que uma empresa pode alavancar sua lucratividade e credibilidade no mercado, pois para conquistar a confiança dos clientes, é importante que uma empresa possua operações de logística com excelência e competência.
Conforme Olívio (2013, p. 15), a logística trata de planejamento, organização, controle e realização de tarefas associadas à armazenagem, transporte e distribuição de bens e serviços.
 
2. A evolução da logística nas empresas
A posição em que a Logística se encontra atualmente, é bem diferente da logística de alguns anos atrás, onde as atividades desta área eram limitadas apenas a um simples setor, de forma isolada e sem visão estratégica de mercado.
Conforme Ballou (2014, p. 18), as atividades de transporte, estoques e comunicações iniciaram antes mesmo da existência de um comércio ativo entre regiões vizinhas. Hoje as empresas devem realizar estas mesmas atividades como uma parte essencial de seus negócios a fim de prover seus clientes com os bens e serviços que eles desejam.
O ganho de destaque nas organizações começou a partir do momento em que foram observados os ganhos de redução de custos que o bom gerenciamento logístico proporciona para as empresas.
De acordo com Fleury et al. (2012), um grupo de mudanças econômicas vem transformando a visão empresarial sobre logística, que passou a ser vista não mais como uma simples atividade operacional, um centro de custos, mas sim como uma atividade estratégica, uma ferramenta gerencial, fonte potencial de vantagem competitiva.
3. Considerações finais
Atualmente para as empresas modernas, a logística deixou de ser um simples setor que resolve problemas, e passou a ser a mais importante área empresarial para dar sustentação às operações mais importantes e decisivas da empresa.
A visão das empresas em relação à Logística transformou-se num processo que não se limita ao passado, mas caminha em direção a uma constante evolução mercadológica, através de uma visão mais estratégica.
Por tanto, a logística é importante nas organizações, por proporcionar operações de forma completa e eficaz, visando melhoria contínua nos processos e a constante redução de custos das empresas.
 
Referências
OLÍVIO, Rodolfo L.F. Logística na cadeia de suprimentos: Técnicas, ferramentas e conceitos / São Paulo: Saint Paul Editora, 2013.
BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física- 1. Ed. – 29. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2014.
FLEURY, Paulo Fernando (Org.) et. al. Logística empresarial: a perspectiva brasileira / 1 ed. – 15 reimpr. – São Paulo: Atlas, 2012. – Coleção COPPEAD de Administração.
 
PS: Você tem um artigo ou notícia interessante sobre logística? Publique no Armazena e Movimenta! Envie seu material para o nosso e-mail: armazenaemovimenta@hotmail.com .

23 fevereiro, 2015

Voltando ao trabalho!

Amigos do Armazena e Movimenta,
 
Estivemos praticamente 3 meses sem postagens por 2 motivos:
1. Férias de final de ano, quando aproveitamos para fazer um balanço de 2014 e nos preparar para um novo ano cheio de desafios (vide o noticiário político e econômico); e
2. Mudança de São Mateus do Sul/PR para Itajaí/SC, de onde passaremos a realizar as postagens no blog.
 
Por falar em Itajaí, a cidade respira logística com o Porto de Itajaí (http://www.portoitajai.com.br), com acesso para as rodovias BR-101 e BR-470, sendo vizinha do município de Navegantes/SC, que também possui um porto (http://www.portonave.com.br) e um aeroporto (http://www.infraero.gov.br/index.php/aeroportos/santa-catarina/aeroporto-de-navegantes.html).
 
E nesse ambiente retomaremos as pesquisas em logística, sempre buscando postar notícias e artigos que sejam do interesse dos acadêmicos e profissionais da área.
 
Forte abraço!
 
Israel
 
 
Foto: "Itajai Aerial" by Eduardo Marquetti from Itajai, Brazil - Itajai. Licensed under CC BY-SA 2.0 via Wikimedia Commons -