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31 julho, 2013

Gestão de cadeias de suprimentos verdes: quadro de trabalho [Revista Produção Online]

Resumo do artigo: O desenvolvimento e a estruturação do conceito de Green Supply Chain Management (GSCM) ainda não parecem estar consolidados na literatura. Igualmente, as práticas de aplicação dos conceitos da GSCM necessitam de mais investigação para que possam ser mais bem entendidas e aplicadas. O principal objetivo desse artigo é apresentar um quadro de trabalho que possa organizar e orientar a futura pesquisa em GSCM. A partir de pesquisa bibliográfica, foi possível identificar um conjunto de práticas que parecem estar maduras e analisar como alguns autores têm organizado o tema. Foram examinados estudos genéricos, que pretenderam representar a seu tempo o estado-da-arte da pesquisa, e estudos localizados, referentes a indústrias específicas ou regiões geográficas. Chegou-se a um quadro de trabalho estruturado em três grandes campos de pesquisa: estratégia, inovação, e operações. Os campos, por sua vez, se estruturaram em quatro, três e cinco áreas, respectivamente. Estratégia foi estruturada em: formulação, avaliação de desempenho, comunicação e colaboração, e barreiras e estímulos. Inovação foi estruturada em: processo, produto, e mercado. Operações foram estruturadas em: compras verdes, manufatura verde, distribuição verde, logística reversa, e gerenciamento de resíduos. Algumas pesquisas foram mencionadas como exemplos de temas pertencentes ao quadro de trabalho.
 
Autores: Miguel Afonso Sellitto;Miriam Borchardt; Giancarlo Medeiros Pereira; Diego Augusto de Jesus Pacheco.

Fonte: Revista Produção Online, Florianópolis, SC, v.13, n. 1, p. 351-374, jan./mar. 2013. 
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24 julho, 2013

Pesquisa mostra panorama da logística no e-commerce brasileiro [E-Commerce News]

A logística, considerada fator de alta relevância para a competitividade das lojas virtuais brasileiras e, ao mesmo tempo, um dos maiores desafios do e-commerce nacional, foi tema da pesquisa realizada pela Brazil Panels e Ecommerce School, a qual entrevistou mais de 250 lojas virtuais e abordou três pontos: armazenagem, frete e manuseio.
De acordo com o levantamento, 82% das lojas virtuais têm armazenagem própria, enquanto 10% trabalham com um misto própria e terceirizada, e apenas 7% utiliza exclusivamente ambiente de terceiros para estocar os produtos.
Quando perguntado qual tipo de frota utilizado, 93% dos varejistas on-line utilizam os Correios e 35% utilizam outras transportadoras privadas. Apenas 13% contam com sistema próprio de entrega. Fatores como entrega no mesmo dia e produtos especiais/perecíveis (jóias, flores, alimentos, etc) estão relacionados ao uso de frota própria.
O estudo ainda apontou que 23% das lojas virtuais contratam transportadoras de acordo com a região da entrega. Além disso, o sistema rodoviário é o mais escolhido pelos e-commerces com 64%, seguido de longe pelo aéreo com 26% e o courier, com 10%.
Em relação à distribuição dos custos nas operações logísticas, o frete representa a maior parte, com 58%. Gastos com armazenagem representam 23% e com manuseio 19%.
Para tentar resolver esse problema, 55% das lojas virtuais entrevistadas repassam o valor do frete para os consumidores e 30% adotam um modelo híbrido, repassando apenas parte do valor. Apenas 15% assumem totalmente o custo do frete.
Outro ponto importante é que 69% das lojas virtuais entrevistadas oferecem frete grátis. Tal oferta, quando bem administrada, é um motivador de compras e fator decisivo para o consumidor, pelo menos na visão de 66% dos varejistas que propiciam o bônus em busca de aumento de vendas, outros 34%, entretanto, ofertam o frete grátis somente porque os concorrentes também disponibilizam.
Na relação de dificuldades na entrega, 61% das lojas virtuais disseram que o principal problema enfrentado é o atraso nas entregas. A falta de segurança é um problema nacional e não deixa de impactar também o comércio eletrônico. Extravios, furtos e roubos são os principais problemas para 39% dos entrevistados.
“Temos gargalos na infraestrutura de logística no país há muitos anos. A verdade é que a maioria de nossos representantes vive em outros cenários, distantes das reais necessidades do país. O preço pago pela falta de planejamento aumenta a cada dia e afeta todos os setores da economia, incluindo o comércio eletrônico”, afirma Maurício Salvador, presidente da ABComm.

Fonte: E-Commerce News; disponível em http://ecommercenews.com.br/noticias/pesquisas-noticias/pesquisa-mostra-panorama-da-logistica-no-e-commerce-brasileiro; acesso em 21/07/2013.

07 julho, 2013

Cabotagem pode ser alternativa para desafogar estradas [Noticenter]

A cabotagem, que é a navegação feita entre portos brasileiros, é cotada como um modal que pode mudar a distribuição da matriz de transporte do Brasil, contribuindo para a redução do número de caminhões nas estradas e para a diminuição dos custos das empresas. Essa é a constatação de um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) com 76 empresas de médio e grande portes de 19 setores industriais de Santa Catarina. O levantamento faz parte da primeira etapa do Plano de Mobilidade que a entidade lançou na última quarta-feira (26)[de junho], durante seminário, em Florianópolis.
O presidente da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, explica que nesta etapa foi selecionado o litoral pelo fato de ser uma região que concentra os maiores gargalos de mobilidade. São 4 milhões de habitantes, 1,3 milhão de trabalhadores e 126 mil estabelecimentos. Nos próximos anos, a previsão é de aumento da população, da movimentação de cargas e de passageiros, da corrente de comércio internacional e do consumo interno, além do crescimento das atividades da indústria, setor de serviços, turismo e de petróleo e gás. Essa perspectiva de crescimento vai sobrecarregar ainda mais a mobilidade no eixo litorâneo.
Nas próximas etapas do Plano, as demais regiões do Estado serão contempladas. "Por meio do plano, a Federação vai discutir com a sociedade organizada as condições atuais e as ações necessárias para ter mobilidade adequada ao desempenho da economia catarinense", afirma Aguiar. "Vamos estudar todos os modais possíveis de transporte de passageiros e de cargas para identificar gargalos e solução para a mobilidade. O objetivo é construirmos um planejamento da mobilidade de Santa Catarina", completa.
Quando perguntadas sobre os critérios utilizados na escolha da cabotagem, 70,3% das empresas responderam que a opção se deve à economia nos valores dos fretes em relação a outros modais, enquanto 10,8% destacaram que esse meio de transporte reduz avarias e risco de roubo de carga. Em relação às situações em que a cabotagem é competitiva, 50,7% do grupo pesquisado afirmou que sabe exatamente quando e por que este meio de transporte é mais adequado; 42% disseram que sabem em parte, mas querem conhecer mais detalhes; e 7,2% não sabem quando esse modal é mais adequado.
Um navio tem capacidade de transportar quatro mil contêineres. Isso significa quatro mil caminhões a menos nas rodovias. "O custo do transporte por cabotagem é, em média, 15% mais barato que o realizado pelo modal rodoviário. Esse percentual é aplicado para distâncias acima de 1,5 mil quilômetros. Em percursos maiores, o custo do frete pode ser até 40% menor do que transportar produtos por caminhão", diz Aguiar. Além disso, a cada tonelada transportada por quilômetro, via cabotagem, são emitidos apenas 25% dos gases do efeito estufa que seriam emitidos fazendo esse transporte por modal rodoviário.
Apesar dos benefícios desse meio de transporte, 55,3% do grupo pesquisado disse que não utiliza a cabotagem. 23,7% usam, 17,1% utilizam pouco e 3,9% usam com frequência. A razão pela qual mais da metade das empresas ouvidas não opta pela cabotagem é que o modal não atende os mercados de destino dos produtos. Em segundo lugar aparece a burocracia para utilizar e, na sequência, as companhias destacam que o tempo de trânsito não atende às necessidades. Por último, 12,5% delas não conhecem o suficiente para utilizar o modal. "Temos cinco terminais prontos, que podem ser adequados para oferecer mais linhas para atender a demanda da indústria. Mas, para isso, temos desafios estruturais e regulatórios que precisam ser vencidos", ressalta o presidente da Câmara.
A urgência em se encontrar uma alternativa às rodovias se explica pelos números. O movimento do trecho norte da BR-101 varia de 8 a 80 mil (na alta temporada) veículos por dia. Essa rodovia, considerada a artéria principal da zona litorânea, tem impactos diretos e indiretos em outras BRs que também recebem grande fluxo de veículos, como a 280, 282, 470, 116 e 285.
Estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra que, em 2010, foram movimentadas 75,7 milhões de toneladas. Para 2020 estima-se 110 milhões de toneladas.