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14 janeiro, 2008

Notícia: Centro de distribuição ajuda a reduzir prazos

Notícia publicada pelo Jornal Valor Econômico.

SÃO PAULO - Um dos problemas enfrentados pelas empresas brasileiras para vender no Oriente Médio é a distância, que alonga os prazos de entrega.Depois de fechado o negócio, o produto brasileiro pode demorar de 45 a 60 dias para chegar a Dubai, o que reduz a competitividade.Para ajudar as pequenas e médias empresas, a Agência de Promoção de Exportações (Apex) mantém um pequeno centro de distribuição na Zona Franca de Jebel Ali (Jafza), a menos de 15 minutos de Dubai. Inaugurado em abril e com capacidade para 60 empresas, o armazém está vazio.Fabiana Giuntini Giffoni, gerente de operações do centro, afirma que a primeira carga deve chegar em dezembro. Segundo ela, três empresas dos setores de autopeças, pedras ornamentais e equipamentos odontológicos estão no meio do processo para conseguirem suas licenças para se instalar na Jafza.O aluguel dos 556 metros quadrados do depósito custa US$ 60 mil por ano aos cofres públicos, mais o pagamento de um licença de operação de US$ 30 mil ao ano. O governo decidiu abrir o centro de distribuição para garantir um espaço na Zona Franca de Jebel Ali, que está completamente lotada.De acordo com Ahmed Al Haidan, coordenador de vendas da Jafza para Américas e África, existem hoje 7 mil empresas de 120 países na Jafza. No ano passado, o volume de comércio movimentado pela Zona Franca chegou a US$ 37 bilhões. Muitas empresas a utilizam como entreposto para enviar seus produtos a outros países do Oriente Médio e até da Ásia.Apenas três empresas brasileiras estão estabelecidas em Jebel Ali e todas estão por conta própria. Para as pequenas e médias empresas, a utilização do centro de distribuição do governo reduz os custos de obtenção de licenças, instalação de escritório (algumas salas podem ser utilizadas em sistema de rodízio) e armazenamento. Em 2008, a Apex também pretende oferecer outros serviços como a busca de parceiros comerciais.Durante a visita da missão de empresários brasileiros a Jebel Ali, duas companhias demonstram interesse em utilizar o centro e marcaram reuniões com o governo para avaliar os custos. "O suporte do governo é essencial. Já cotei e o custo é proibitivo. Se o subsídio for parecido com o que existe em Miami, vale a pena", diz Sérgio Teizen, gerente regional de vendas da Starrett, que fabrica ferramentas.A Brazilian Gypsum, consórcio de 23 empresas de Pernambuco fabricante de gesso, utiliza o centro de distribuição da Apex em Miami desde 2000. Segundo Hidelberto Pereira Alencar, diretor, a empresa pretende sair do armazém no próximo ano, porque seus negócios cresceram. A Braziliam Gypsum começou exportando dois contêineres por mês e atualmente chegou a 15. "Como pretendemos estabelecer um escritório em Dubai, a melhor alternativa é utilizar o centro de distribuição", diz. Além de Miami e Dubai, o governo também possui centros de distribuição em Varsóvia, Frankfurt e Lisboa.

13 janeiro, 2008

Notícia: Correios trocam renda de cartas por envio de encomendas

Segue matérida publicada no jornal O Estado de São Paulo, em dezembro de 2007. Nesta, verifica-se mais uma mudança nos costumes da população gerada pelo desenvolvimento da tecnologia.
Neste Natal, os correios de todo o mundo não contarão com um grande volume de cartas internacionais para garantir a renda do final do ano. Isso porque, com a proliferação do uso da Internet, os correios estão sofrendo uma queda acentuada no número de cartas enviadas. Mas, ao contrário do que os mais pessimistas previam, os correios não estão desaparecendo e continuarão lucrando nesse período de festas em praticamente todo o mundo. O motivo é o envio de pacotes e mesmo de dinheiro entre famílias. Hoje, apenas 50% das atividades dos correios tem alguma relação com cartas.Dados divulgados na terça-feira última pela União Postal Universal (UPU) apontam que o volume de cartas enviadas entre países vem sofrendo uma queda de quase 6% ao ano desde 2000. Entre 2005 e 2006, a queda foi de 2% e, na Europa, a redução chegou a 3,3%.A única região do mundo que ainda registra um crescimento no número de cartas enviadas entre países é a América Latina, com um crescimento de 8% entre 2005 e 2006. No total, 439,1 bilhões de cartas circularam no mundo no ano passado.Mas o número de agências de correios também vem sofrendo uma queda constante nos últimos anos. Na América Latina, a queda em 2006 chegou a 7%, com um total de 34,6 mil agências. Nos países ricos, o número de correios chega a 173 mil, uma queda de 0,5% em relação a 2005.ReceitaApesar da queda mundial do volume de cartas, a receita dos correios conseguiu ser mantida e até aumentada. Segundo Paul Donohoe, administrador do programa de comércio eletrônico da UPU, isso estaria ocorrendo graças ao aumento sem precedentes de entregas de pacotes, principalmente de produtos comprados na Internet. "Alguém ainda precisa fazer as entregas de natal dos produtos adquiridos eletronicamente", afirmou Donohoe.Segundo a UPU, a próxima semana deve registrar o maior volume de compras na Internet já ocorrido desde a criação da rede mundial de computadores. Apenas no dia 6 de dezembro, a UPU contabilizou mais de US$ 804 milhões em compras na rede, um recorde.Como um sinal dos tempos, a UPU, uma das organizações internacionais mais antigas, acaba de ganhar um novo vizinho. Ao lado de sua sede na cidade suíça de Berna, a Ebay acaba de abrir seu quartel-geral para coordenar a entrega de produtos em todo o mundo.Segundo a UPU, as novas tecnologias e a redução no número de envio de cartas está transformando o perfil dos serviços postais. Hoje, apenas 52% das atividades dos correios está ligada à entrega de cartas. O restante são serviços de entregas de pacotes e remessas de dinheiro de imigrantes.