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12 outubro, 2007

Artigo: Código de barras são para sempre

Em tempos de muitas novidades na área de TI, como RFID, entre outros, já fala-se no desaparecimento do código de barras. No artigo abaixo, o autor Deivid Delgado* apresenta razões que devem manter esta ferramenta no mercado por um bom período. Disponível em: http://www.logweb.com.br/noticia/index.asp?idNoticias=5092 . Boa leitura!
Embora novas técnicas de identificação por meios eletrônicos estejam ganhando popularidade, o código de barras continua sendo uma opção com grande potencial de uso em vários setores e amplas vantagens no custo, em especial para instalações que ainda terão de fazer investimentos em um sistema.O código não está em vias de ser desbancado por tecnologias de localização e rastreamento, como a Identificação por Rádio Freqüência (RFID) ou outras soluções de Identificação de Itens em Tempo Real (RTLS). Estes sistemas mais recentes armazenam dados e os recuperam de um ponto remoto, por meio de dispositivos chamados de tags – pequenos microchips colocados em objetos móveis, como produtos, animais ou pessoas.Na verdade, apesar de todo o encantamento da indústria por chips e tags, o código de barras mostra poucos sinais – ou quase nenhum – de que se tornará obsoleto. Como ele é amplamente utilizado e está no mercado há muitos anos, fato que contribui para seu custo bem mais acessível, as especulações sobre sua substituição podem ser classificadas, na melhor das hipóteses, como prematuras.O alto preço do RFID e as dúvidas sobre a privacidade dos usuários têm freado sua expansão. Por causa de tais limitações, seus defensores argumentam que estas tecnologias são complementares ou, pelo menos, de uso simultâneo ao código, freqüentemente mencionado como um precursor na migração para o RFID.Uma das vantagens das barras sobre a nova geração é sua aplicação um a um, nos casos em que é necessária a identificação visual de cada item. Avanços na capacidade de armazenamento e na funcionalidade do código de barras também parecem indicar que este sistema não vai desaparecer tão facilmente.Entre as mais recentes melhorias na tecnologia do código, se destaca a operação em duas dimensões e avanços na impressão. O sistema bidimensional (códigos 2D) permite aos usuários armazenar uma quantidade maior de informação em comparação ao linear (barras). Mais dados podem ser coletados de um código pequeno. Isto abriu a possibilidade de leitura de itens que não têm superfície adequada para o método linear, como ferramentas, instrumentos cirúrgicos e outros objetos estreitos ou pequenos.Tal avanço, somado ao aperfeiçoamento dos equipamentos, possibilita que informações mais detalhadas sejam facilmente capturadas em uma única leitura, entre as quais número do lote de fabricação, identificador de cada parte de um produto e data de vencimento.Além das vantagens nos processos que envolvem rastreabilidade, vale ressaltar a possibilidade da utilização da simbologia 2D como arquivo portátil de dados, devido a sua alta capacidade de armazenamento. O código Aztec, desenvolvido pela Hand Held Products e colocado sob domínio público, por exemplo, permite armazenar cerca de 4 mil caracteres.O código bidimensional também pode ser colocado repetidas vezes em uma área ou junto de outros itens impressos em um objeto pequeno, pois não necessita de espaço em branco ao redor (zona de silêncio). Por meio de um scanner de imagem digital, o código 2D pode ser lido de qualquer parte de uma superfície arredondada, sem que esta tenha de ser manuseada.Ou seja, quando o código é fixado em vários lugares em uma peça circular, como na faixa de identificação colocada em pacientes de hospitais, ele não precisa ser direcionado para o aparelho de leitura – procedimento utilizado em bancos e supermercados. Assim, o paciente não é incomodado. Evidentemente, um código mais eficiente e com uma carga informacional maior resulta, no final, em redução de custos. E o gerente de uma empresa terá condições de controlar o estoque com mais facilidade.A tecnologia de impressão e as próprias etiquetas também evoluíram, resultando em mais agilidade e facilidade na leitura dos códigos. Impressoras móveis, mais leves e pequenas facilitam a colocação rapidamente em produtos e diminuem a margem de erro nos serviços. A conseqüência: mais eficiência e menos custos.Para obter o máximo de retorno no investimento de implementação de sistemas de código de barras, o primeiro passo é o planejamento de cada fase, levando em conta as prioridades nos diferentes setores da organização. Áreas com elevado volume de entrada de dados, nas quais a precisão é fator da maior importância, deveriam ser o foco principal do processo. Diante das novidades tecnológicas, a velha e boa simbologia não vai desaparecer. Ao contrário, basta saber aproveitar suas novas aplicações.
* Deivid Delgado – gerente de canais da Hand Held Products deivid.delgado@handheld.com