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20 agosto, 2014

Indústria sente problemas ao adotar logística reversa [Monitor Mercantil]

A logística reversa somente será bem sucedida quando ocorrer, de forma efetiva, a implementação da responsabilidade compartilhada e o envolvimento de todos os elos da cadeia, principalmente do consumidor. Afirmação, feita nesta sexta-feira [27/06] ao MONITOR MERCANTIL, é do diretor titular do Departamento de Maio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Nelson Pereira dos Reis.
Segundo ele, a logística reversa é um processo complexo que envolve mudanças significativas na forma de produzir, comercializar e consumir produtos. Este fato, diz, é comprovado pela discussão que ocorre no âmbito federal nos Grupos Técnicos criados pelo Decreto 7404/2010, que regulamenta a Lei 12.305/20101 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
“São cinco materiais que englobam uma extensa cadeia, quais sejam: embalagem em geral (plásticos, vidros, papel, papelão, metais e outros); eletroeletrônicos em geral (geladeira, computadores e periféricos etc.), embalagem plástica de óleo lubrificante, lâmpadas fluorescentes e resíduos de medicamentos. Destes, até o momento somente foi assinado o acordo setorial de embalagem plástica de óleo lubrificante.”
O diretor da Fiesp ressaltou que nessas discussões, vários gargalos foram levantados e estão em discussão para a implementação do processo, tais como: transporte, sistema tributário, fontes de financiamento, licenciamento, requalificação de resíduos, definição clara sobre rejeitos, divisão de custos do processo e incentivos, sejam eles fiscais, tributários ou creditícios, previstos na Lei 12.305/2010 e ainda não criados. E acrescentou que alguns desses gargalos exigem alterações em outros dispositivos legais ou normativos e outros são de competência exclusiva do Poder Executivo.
O consumidor, de acordo com ele, precisa se envolver neste processo uma vez que, detentor do produto consumido, tem o poder de definir se o produto voltará para a cadeia de reciclagem/reutilização ou outra destinação qualquer. “Para alguns produtos a implementação do processo de coleta seletiva pelo Poder Público Municipal é fundamental para a efetivação do processo”, disse, enfatizando que a logística reversa não é uma novidade. E frisou que muitos setores industriais se organizaram durante o período de discussão da elaboração da Lei 12.305/2010 para implementarem os seus processos.”
“Somos campeões mundiais de reciclagem de latinha de alumínio e em segundo lugar na reciclagem de PET, além de referência mundial na reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas. Temos exemplos em vários outros setores que implementaram processo de logística reversa, como o de pneumáticos, de óleos lubrificantes, papel, papelão, vidro, bateria automotiva, cobre, borracha etc., porém, ao mesmo tempo, há setores que reciclam materiais que estão simplesmente fechando as portas, pois o custo para reprocessar resíduos, tornando-os matéria-prima, é maior do que utilizar a matéria-prima virgem”, lembrando que os impostos são os grandes empecilhos aplicados a esses materiais (ICMS, IPI etc.) que, cobrados em cascata, oneram o material reciclado. Há poucos incentivos para a atividade recicladora o que desestimula o desenvolvimento da cadeia.
Prejuízos
O diretor de Maio Ambiente da Fiesp, Nelson Pereira dos Reis, afirmou ao MM que não há uma fórmula única para se determinar se haverá ou não prejuízo para a indústria. Um dos mecanismos para se projetar investimentos, segundo ele, é o estudo de viabilidade técnico-econômica, previsto na Lei 12.305/2010. “Isso depende do valor agregado e da complexidade do produto; da carga tributária aplicada e da facilidade de financiamento; do custo do transporte e de licenças exigidas; do desenvolvimento de novas tecnologias menos onerosas e de empreendimentos voltados ao tratamento de resíduos passíveis de logística reversa, entre muitos outros.”
O executivo da Fiesp salientou que alguns setores já aplicam a logística reversa em atendimento aos requisitos impostos pela lei. Outros setores envolvem uma discussão mais complexa, em função da complexidade do produto, fato determinante para o setor de embalagens e eletroeletrônicos, em razão da gama de produtos envolvidos. “De modo geral o setor industrial está preparado, porém ainda ocorrerão ajustes. Não se implementa a logística reversa do dia para a noite. É um processo lento que passa inclusive pela educação da população.”
Para ele, o setor industrial só terá algum benefício se houver convergência de uma série de fatores, incluindo o valor agregado do produto, sendo poucos atualmente os que se enquadram nessa categoria. E fez questão de explicar que no processo de logística reversa, a responsabilidade compartilhada e outras obrigações foram criadas pela Lei 12.305/2010. “O Poder Público, assim como os demais elos da cadeia, sejam eles fabricantes, importadores, comerciantes, pessoas físicas, catadores, empresas concessionárias e outros, são todos responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos sólidos”.
 
Fonte: Monitor Mercantil; disponível em http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Noticias&Noticia=154667&Categoria=EMPRESAS; acesso em 20/08/2014.
 

30 março, 2014

Estudo sobre logística de resíduos eletrônicos é divulgado [Portal Brasil]

O Brasil deve gerar aproximadamente 1,100 mil toneladas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) pequenos em 2014, número que deve aumentar para 1,247 mil toneladas em 2015.
A previsão é do estudo Logística Reversa de Equipamentos Eletroeletrônicos – Análise de Viabilidade Técnica e Econômica encomendado pela Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SDP/MDIC) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
O levantamento ainda mostra que os 150 maiores municípios brasileiros – a maioria nas regiões Sudeste e Sul – são responsáveis por aproximadamente dois terços de todo o lixo eletroeletrônico que se estima seja descartado no país.
Também há uma lista de iniciativas de coleta e reuso de REEE, um levantamento do ciclo de vida dos eletroeletrônicos e o mapeamento do consumo, por região e por tipo de produtos, de eletroeletrônicos em todo o país.
Substâncias tóxicas
O estudo avalia o custo de implantação do sistema e a divisão de responsabilidades entre indústria, comércio, consumidores e governos federal, estadual e municipal e norteará a implantação da política de reciclagem e destinação adequada de resíduos eletroeletrônicos no país e, entre outros pontos. Segundo o diretor de Competitividade da SDP, Alexandre Comin, este é o primeiro levantamento desse tipo realizado pelo Governo Federal e vai facilitar a definição de políticas de logística reversa para o segmento, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei  nº 12.305/2010).
O diretor explica que a maioria dos REEE são compostos por materiais, como plásticos, vidros e metais, que podem ser recuperados e retornados como insumo para a indústria de transformação. Já as substâncias tóxicas como chumbo, cádmio, mercúrio e berílio devem ter tratamento especial porque podem causar danos ambientais e de saúde.
No levantamento, foram considerados como resíduos de equipamentos eletroeletrônicos pequenos os aparelhos televisor/monitor, LCD/plasma, DVD/VHS, produtos de áudio, desktop, notebooks, impressores, celulares, batedeira, liquidificador, ferro elétrico, furadeira.
A cadeia produtiva de produtos e equipamentos eletroeletrônicos é composta por: Linha Marrom -  televisor tubo/monitor, televisor plasma/LCD/monitor, DVD/VHS, produtos de áudio; Linha Verde - desktops, notebooks, impressoras, aparelhos celulares; Linha Branca - geladeiras, refrigeradores e congeladores, fogões, lava-roupas, ar-condicionado; e Linha Azul – batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos e furadeiras.
Política Nacional de Resíduos Sólidos
A Política Nacional de Resíduos Sólidos disciplinou a gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos sólidos no país, sendo o sistema de logística reversa, a responsabilidade compartilhada e a hierarquia de gestão - não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos - os principais destaques, e criou o Comitê Orientador para a Implementação de Sistemas de Logística Reversa, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e integrado também pelos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Fazenda.
Cinco grupos temáticos de discussão para o descarte de resíduos integram o comitê: medicamentos, embalagens, lâmpadas, embalagens de óleos lubrificantes e eletroeletrônicos. Este último, instituído em maio de 2011, foi coordenado pelo diretor de competitividade industrial do MDIC, Alexandre Comin.



Fonte: Portal Brasil; disponível em http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/02/estudo-sobre-logistica-de-residuos-eletronicos-e-divulgado; acesso em 30/03/2014.

19 fevereiro, 2014

Indústria finaliza planos de logística reversa [Gazeta do Povo]

Após meses de negociação, a indústria começa a adotar planos para a destinação adequada de resíduos gerados pelo consumo de seus produtos. Dois setores – o de reparação de veículos e o de eletricidade, gás, água, obras e serviços – apresentaram ontem [12/02/2014] à Secretaria de Estado do Meio Ambiente [do Paraná] (Sema) os dois primeiros projetos nessa área no Paraná. A iniciativa faz parte de um termo de compromisso assinado no fim de 2012 que prevê que 13 setores da indústria paranaense adotem a chamada logística reversa, prevista na Lei 12.305/2010, pela qual o produto faz o caminho contrário após o seu consumo, voltando até o fabricante.
Segundo a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), os demais setores que devem apresentar seus planos de logística reversa nos próximos meses são os da construção civil; da tecnologia da informação e comunicação; têxtil e vestuário; metalmecânico e eletroeletrônico; gráfico; químico; de cerâmica; minerais não metálicos; alimentos de origem animal e vegetal; borracha; móveis e madeira; e papel e celulose. “O próximo setor a apresentar seu plano deve ser o de móveis e madeira, mas já estão em elaboração os projetos na área de metalmecânica e construção civil”, diz Elcio Herbst, consultor ambiental do Senai-PR, que participou da elaboração dos projetos.
Cada plano apresentando, com cerca de 100 páginas, apresenta a estrutura produtiva de cada segmento industrial, o tipo de resíduo gerado, a atual destinação e as possibilidades de reaproveitamento futuro. Segundo Herbst, a indústria do Paraná é pioneira na iniciativa de elaborar planos nessa área. A fiscalização do cumprimento dos objetivos será feita pela Sema e as secretarias municipais de Meio Ambiente.
O setor de oficinas mecânicas, por exemplo, terá de dar destinação adequada a uma série de produtos e subprodutos, como óleo contaminado, embalagens, estopas, panos, papel, borra de tinta, borracha e vidros. Muitos desses itens são descartados em lixo comum hoje, mas poderiam ser reaproveitados, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná (Sindirepa), Wilson Bill. O óleo, por exemplo, pode passar um novo processo de refino. Os vidros poderiam ser reaproveitados por meio de reciclagem.
Segundo Herbst, no médio prazo a implantação da logística reversa deve impulsionar a indústria de reciclagem, com o reaproveitamento de materiais e o fortalecimento da cooperativas de catadores, e estimular a inovação. “Com o aumento do custo para dar destinação adequada, a indústria terá que desenvolver produtos mais ambientalmente amigáveis”, diz. [Cristina Rios]
Comentário do blog: Desde o lançamento da Política Nacional de Resíduos Sólidos temos relatado aqui iniciativas de diferentes setores da economia para atendimento da legislação. Porém, ainda há um longo caminho a ser percorrido como vemos na matéria acima. Já são passados 3 anos da criação da lei, porém ainda são poucas as cadeias de abastecimento que evoluiram nas suas práticas de logística reversa.
Fonte: Gazeta do Povo; disponível em http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1446865&ch=; acesso em 17/02/2014.

31 julho, 2013

Gestão de cadeias de suprimentos verdes: quadro de trabalho [Revista Produção Online]

Resumo do artigo: O desenvolvimento e a estruturação do conceito de Green Supply Chain Management (GSCM) ainda não parecem estar consolidados na literatura. Igualmente, as práticas de aplicação dos conceitos da GSCM necessitam de mais investigação para que possam ser mais bem entendidas e aplicadas. O principal objetivo desse artigo é apresentar um quadro de trabalho que possa organizar e orientar a futura pesquisa em GSCM. A partir de pesquisa bibliográfica, foi possível identificar um conjunto de práticas que parecem estar maduras e analisar como alguns autores têm organizado o tema. Foram examinados estudos genéricos, que pretenderam representar a seu tempo o estado-da-arte da pesquisa, e estudos localizados, referentes a indústrias específicas ou regiões geográficas. Chegou-se a um quadro de trabalho estruturado em três grandes campos de pesquisa: estratégia, inovação, e operações. Os campos, por sua vez, se estruturaram em quatro, três e cinco áreas, respectivamente. Estratégia foi estruturada em: formulação, avaliação de desempenho, comunicação e colaboração, e barreiras e estímulos. Inovação foi estruturada em: processo, produto, e mercado. Operações foram estruturadas em: compras verdes, manufatura verde, distribuição verde, logística reversa, e gerenciamento de resíduos. Algumas pesquisas foram mencionadas como exemplos de temas pertencentes ao quadro de trabalho.
 
Autores: Miguel Afonso Sellitto;Miriam Borchardt; Giancarlo Medeiros Pereira; Diego Augusto de Jesus Pacheco.

Fonte: Revista Produção Online, Florianópolis, SC, v.13, n. 1, p. 351-374, jan./mar. 2013. 
Clique aqui para acessar o artigo.

 

18 dezembro, 2012

Indústria paranaense assume compromisso com a logística reversa [Observatório da Indústria - FIEP]

O governador Beto Richa [do estado do Paraná], o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Yurk, e o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, assinaram na segunda-feira (10/12) os termos de compromisso de 11 setores da economia paranaense com a Logística Reversa. A medida visa adequar o setor produtivo do Estado para atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada pelo Congresso Nacional em 2010, que institui a obrigatoriedade da Logística Reversa, ou seja, o caminho contrário que o produto faz após o seu consumo, passando por toda cadeia produtiva, voltando até o fabricante, que lhe dará a destinação final ambientalmente correta.
No Paraná, esta regulamentação é conduzida pela Sema, que lançou este ano um edital convocando a indústria do Estado a se comprometer com esta prática, que envolve também o comércio, importadores e os consumidores. Dos 100 sindicatos industriais de base estadual filiados à Fiep, 65 já se comprometeram com a secretaria.
A convocação tem como objetivo construir a proposta para Logística Reversa de forma conjunta, pelo governo e pela indústria do Estado. Segundo o governador, o diálogo foi a tônica dessas discussões “Assinamos um pacto com as indústrias, em um processo democrático e transparente. Quem ganha com isso é a natureza e todos nós. Fico feliz de ter essa parceria produtiva e de resultados extraordinários para nosso Estado”, disse.
 
Fonte: Observatório da Indústria - FIEP; disponível em http://www.fiepr.org.br/boletimobservatorio/News10739content202956.shtml ; acesso em 17/12/2012.

01 maio, 2012

Reverse logistics impact the supply chain, says Arrow [ElectronicsWeekly.com]

The management of products beyond manufacturing and into the final sale can bring cost and efficiency benefits of reverse logistics to the supply chain, writes Mike Heljula
Electronics ODMs, OEMs and EMS providers know that a robust supply chain is important for their business. One approach which is growing in importance is implementing forward supply chain processes in areas such as forecast management, replenishment strategies, warehousing and logistics and electronic data interchange (EDI).
But this is not the whole story. For a manufacturer to have a fully integrated approach they must also consider another element of the supply chain - ‘reverse logistics’.
Reverse logistics or the reverse supply chain refers to the processes associated with managing products beyond manufacturing and the final sale.
Typically this includes repair, warranty recovery, redistribution, value recovery, end-of-life recycling or any combination of these activities. Historically, for many organisations in the electronics industry, reverse logistics has been an afterthought, often overlooked in favour of strategic investments in more traditional forward supply chain processes.
But this will change as companies realise that effective management of the reverse supply chain offers opportunities to reduce costs and/or create previously untapped revenue streams by improving efficiency, minimising waste and recovering the underlying value of returned goods and materials.

Reverse supply chain – common issues
As with the forward supply chain, the first step in optimising the reverse supply chain and, ultimately, reducing the cost of (or generating revenue from) reverse logistics is to identify and address process inefficiencies.
Common inefficiencies may include the scrapping of returned materials because a company has neither the time nor the resources to properly test or repurpose them.
Data, for example, has shown that up to 85% of certain types of returned electronic components had ‘no fault found’ (NFF), meaning they could be reused for service parts or, even, resale.
The problem of scrapping reusable parts may be further exacerbated in companies that have one department handling product returns and another handling spare parts procurement for repair, but no formal communication between the two departments.
The handling of warranty claims may also be inherently inefficient. In a typical reverse supply chain, for instance, returned materials that still fall under manufacturer warranty are submitted back to the ODM for credit recovery in a process often referred to as return material authorisation or RMA.
However, the fact that a component is under warranty does not mean that RMA is the most efficient way to handle it. It may, for example, be possible to recover more value by reusing NFF-tested parts for spares, or even by remarketing them – especially as average RMA turnaround time can take three to six months.

PRM and SPM
The two main opportunities within any reverse logistics operation come under the areas of products return management (PRM) and service parts management (SPM). The former deals with the receipt, processing, and disposition of materials that come back from the field or the end user, while the latter focuses on having the right inventory at the proper location to support service repair operations with spare parts. PRM and SPM can be viewed as ‘partnering solutions’ – with one almost always leading to the other.
An effective PRM programme offers the opportunity for value recovery and cost reduction. It can even streamline procurement decision-making when the returned materials can be identified as NFF and then used in the repairs stream.
When this is not an option, it may be possible to remarket NFF product returns. For optimum efficiency, returned materials need to be sorted, inspected, and tested to manufacturer specifications immediately in order to quickly identify if value can be recovered and, if so, which recovery solution will work best. The receipt element of the process is of particular importance as material coming back from the field arrives in unknown condition – proper identification and grading ensures a more successful reverse logistics process.
While traditionally viewed as a fixed cost, an efficient SPM programme will treat service parts inventory as a variable cost that can be managed, mitigated, and reduced over time. The key is to find the balance between ordering too few spare parts to satisfy customer requirements and having an aging inventory of unnecessary components taking up valuable warehouse space.
By using methods such as lean planning, inventory optimisation, and vendor-managed inventory partnerships, a good reverse logistics strategy can optimise this trade-off and ensure that the right parts are in the right place at the right time.
While the reverse supply chain is an appraoch that is yet to be addressed by many manufacturers, a growing number of companies are looking for external support to help them implement reverse logistics processes. And, as with the conventional forward supply chain, the distribution channel has the opportunity to provide this support.
Mike Heljula is European director for services and supply chain at Arrow Electronics



12 março, 2012

Prestação de serviços de logística gera negócios lucrativos [Programa PEGN]

A previsão é de crescimento no mercado de logística em 2012, com faturamento que deve chegar a quase R$ 450 bilhões este ano. Empresários investem no setor de prestação de serviços para grandes empresas e geram negócios lucrativos.
Com um leva e traz de mercadorias, o empresário Roberto Dexheimer fatura alto. Há três anos, ele encontrou no mercado de logística uma grande oportunidade de negócio e criou uma empresa, na capital paulista. No espaço, ficam armazenados diversos tipos de produtos, de vestuário a utilidades domésticas e peças decorativas. O começo foi numa grande rede de supermercados.
“Contratamos 51 funcionários para fazer a operação de intralogística dentro das instalações de nossos clientes. E aí a empresa começou a crescer e a gente sentiu a necessidade de montar um armazém”, explica o empresário.
Hoje a empresa tem 300 funcionários, que trabalham numa área de 3 mil metros quadrados. Além da armazenagem dos produtos, é feita a distribuição logística para clientes espalhados por todo Estado de São Paulo.
E uma dica para quem quer trabalhar no setor é que o serviço costuma ser contratado por redes de supermercados, varejistas e indústrias. “Eles preferem manter o espaço que eles têm como espaço produtivo, espaço industrial, já que a armazenagem é considerada improdutiva para ele. Então há necessidade de terceirizar essa operação”, diz Dexheimer.
Os serviços começam com o recebimento das mercadorias. Em um galpão tudo é checado e separado por cliente. Depois, os produtos embalados e etiquetados seguem para a expedição. O transporte de mercadorias é feito com uma frota de oito caminhões.
O investimento para montar toda a estrutura foi pesado: R$ 1,5 milhão. Mas o faturamento é alto: R$ 8 milhões por ano.
Carlos Porto terceiriza a logística para a empresa dele. Dono de uma importadora de utilidades domésticas, ele usa o serviço para a distribuição das mercadorias para lojas e supermercados.
Com isso, ele gasta cerca de R$ 4 mil por mês. “A empresa ficou com mais tempo para as vendas, que é o nosso negócio hoje. E a parte operacional, relacionada com a parte de a armazenagem, ficou com a empresa terceirizada”, explica.

Logística reversa
E o empresário Adalberto Panzan se especializou na chamada logística reversa. A empresa dele projeta crescimento e bons lucros para 2012. Ele transporta, separa e destina resíduos, mas no sentido contrário: do consumidor final para as indústrias.
A empresa coleta pilhas, baterias, cartuchos de impressora, lâmpadas e sucatas de computador. Tudo é encaminhado para recicladoras especializadas. O negócio começou pequeno: em uma salinha de 50 metros quadrados e com um investimento de R$ 100 mil.
Em uma área de 1.300 metros quadrados ficam os produtos que são coletados em mais de 3 mil pontos espalhados por todo o país. É a etapa intermediária de toda a operação logística. Quando o material chega até ao local, é separado em baias para depois ser transportado para a reciclagem, que é a destinação final.
O transporte é feito por carros próprios e terceirizados. Tudo segue encaixotado em embalagens para evitar contaminação de resíduos.
“Uma das principais demandas da nossa operação é que nós temos rastreabilidade disso tudo, ou seja, que nós saibamos de onde está vindo aquela pilha e para onde ela vai. Então isso envolve não só informação, mas também documentação para certificar isso”, diz o empresário.
A coleta é feita em escolas, empresas, hospitais e hotéis. Nesses pontos são instalados coletores para que as pessoas possam depositar os resíduos para a reciclagem. Em um hotel, a coleta de pilhas é feita há dois anos. O estabelecimento paga R$ 180 por mês pela retirada do material.
“Nós vimos a necessidade, como o hotel consome muita pilha (...), pela sustentabilidade, meio ambiente e pelo fato de a pilha soltar um material que é muito danoso para o meio ambiente”, diz John Rudy, supervisor de serviços do hotel.
O mercado de logística segue em expansão. Fatura R$ 400 bilhões por ano e a previsão para 2012 é de que aumente para R$ 430 bilhões.
“Desde esses períodos pós crise, as empresas começam a mexer bastante em relação a revisar seus processos logísticos, reduzir custos, otimizar suas cadeias de produção, então isso gera uma demanda muito grande para operadores logísticos, profissionais de logística de um modo geral”, diz Mauro Henrique Pereira, da Associação Brasileira de Logística.

Assista a matéria: clique aqui.

Fonte: Programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios, exibido em 11/03/2012; disponível em http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2012/03/prestacao-de-servicos-de-logistica-gera-negocios-lucrativos.html ; acesso em 11/03/2012.

28 fevereiro, 2012

Logística reversa de medicamentos recebe parecer favorável da Secretaria de Saúde do Paraná [Mundo Logística]

A Logística Reversa de Medicamentos, projeto de lei do Deputado Cheida que define responsabilidades para a destinação de remédios em desuso no Paraná, recebeu parecer favorável da Secretaria de Estado da Saúde. A posposta segue, terça-feira (28), para a primeira discussão na Comissão de Constitucionalidade e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa.
Tramitação
Apesar de aprovado por unanimidade, o projeto de lei foi vetado pelo Governo do Estado no ano passado. Em um trabalho conjunto entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Conselho Regional de Farmácia, Secretaria de Estado da Saúde e Comissão de Meio Ambiente, a matéria recebeu contribuições. “Está readequada e ainda mais abrangente”, garante Cheida. “As mudanças propostas foram aceitas pelo grupo de trabalho”, assinalou o secretário de Saúde em exercício, René dos Santos, em ofício enviado no mês de dezembro.
Como funcionará
Quando descartados em lixo comum ou rede de esgoto, os medicamentos contaminam a água e o solo e ainda podem provocar reações adversas como intoxicação de animais e pessoas. É isso que a Logística Reversa de Medicamentos quer evitar. “São resíduos tóxicos para o meio ambiente e perigosos para a saúde que precisam ser devolvidos ao lugar certo a fim de que sejam neutralizados, melhorando a qualidade de vida de todos”, explica Cheida.
A projeto de lei de Cheida torna fabricantes, distribuidores e consumidores de medicamento responsáveis pelo recolhimento e destinação adequada de remédios em desuso. Funcionará da seguinte forma: o consumidor entregará os medicamentos aos estabelecimentos que os comercializam ou distribuem, como farmácias e postos de saúde, que terão um espaço especial para o armazenamento destes produtos. Fabricantes e importadoras de medicamentos ficarão responsáveis pelo recolhimento dos medicamentos e destinação final aplicável a cada caso. A proposta também prevê multa para quem descartar os medicamentos em local inadequado.
Cheida explica que o projeto envolve a participação de todos os atores envolvidos. “Cada um tem sua parcela de responsabilidade: o consumidor, as farmácias, os fabricantes e os importadores. Desta forma, dividem-se as atribuições de uma forma que todos podem colaborar”. O projeto ainda cria novas oportunidades de negócio, já que os resíduos são potencialmente recicláveis, compostos essencialmente por vidro e papel.

Fonte: Mundo Logística; disponível em http://www.mundologistica.com.br/portal/noticia.jsp?id=433 ; acesso em 28/02/2012.

24 agosto, 2011

Porto se ajusta à logística reversa [Portal Webtranspo]

A palavra sustentabilidade ganhou notoriedade no mundo. A cada dia, empresas de todas as partes do globo desenvolvem projetos visando reduzir as ações que são nocivas ao meio ambiente. E o setor de transporte pode se tornar um grande aliado no que diz respeito aos trabalhos realizados pela logística reversa, processo que recupera resíduos sólidos evitando o descarte na natureza.
Entretanto, especialistas afirmam que o Brasil apenas engatinha neste aspecto, necessitando investir para adequar a cadeia de suprimentos. De acordo com o CLRb (Conselho de Logística Reversa do Brasil), o País precisa investir algo em torno de R$ 18,5 bilhões nos próximos anos para iniciar os ajustes neste setor.
Pensando nesse aspecto, o Porto de Paranaguá publicou uma ordem de serviço determinando que os materiais adquiridos devem obedecer aos princípios da logística reversa.
De acordo com a superintendência, isso significa dizer que produtos como agrotóxicos (seus resíduos e embalagens), pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e produtos eletroeletrônicos terão que ter sistemas de logística reversa com seus fornecedores, mediante retorno dos produtos após o uso, de forma independente do serviço de coleta e destinação de resíduos sólidos.
Para Ricardo Castilho, chefe do núcleo ambiental, a implantação da logística reversa no porto vem complementar o trabalho já realizado pela Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina). Desde o início deste ano, todo o resíduo de grãos (soja, milho, farelo de soja e trigo) varrido do cais após a operação de navios é reutilizado, sem gerar qualquer custo para a administradora.
“Quando o grão cai no chão, ele molha ou se contamina, não podendo mais ser exportado. A varredura realizada após a operação recolhe este resíduo que tem destinação correta, contribuindo com o meio ambiente e gerando economia para a Appa”, explica.
Desde o início deste ano, a AOCP (Associação dos Operadores do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá) é responsável por fazer a varredura do cais após a operação dos navios. O resíduo é enviado para uma empresa de Ponta Grossa que faz a compostagem deste material, usando-o como adubo para a plantação de grama.
Após a implantação deste novo sistema, o lixo retirado da Appa – que era de 315 toneladas por mês, em média – caiu para 100 toneladas por mês, representando uma economia mensal de aproximadamente R$ 40 mil, além de contribuir com a sustentabilidade.

Fonte: Portal Webtranspo; disponível em http://www.webtranspo.com.br/logistica/22738-porto-se-ajusta-a-logistica-reversa ; acesso em 26/06/2011.

24 maio, 2011

Logística reversa ainda gera dúvida [Portal Webtranspo]

Garantir a sustentabilidade ou preservar a imagem das corporações? Ao que parece, ainda é tênue a linha que separa as atribuições da logística reversa. Em uma época de questões politicamente corretas, o processo que envolve o transporte de embalagens e de determinados resíduos do consumidor a sua origem (fabricante), evitando o descarte inadequado na natureza, virou tema recorrente entre empresas e entidades do setor. De acordo com Paulo Roberto Leite, presidente do CLRB (Conselho de Logística Reversa do Brasil), em artigo publicado no Portal Webtranspo, essa visibilidade se acentuou nos últimos anos no Brasil e no mundo em razão da enorme quantidade e variedade de produtos, com ciclos de vida cada vez mais curtos. Esta realidade multiplica a necessidade de itens já consumidos ou não que perderam o valor mercadológico mas que podem ser reutilizados.
Maricê Léo Sartori, consultor e professor de logística da Fatec (Faculdade de Tecnologia de Americana), afirmou que atualmente as companhias estão criando planos para evitarem o prejuízo de ter a sua imagem arranhada perante a sociedade. “A maioria dos grupos possuem ações em bolsas de valores e o descarte indevido pode causar sérios danos à imagem corporativa”, considerou o professor.
No entanto, a questão transcende problemas corporativos, motivo pelo qual o governo brasileiro lançou em agosto do ano passado a “Política Nacional de Resíduos Sólidos”, que estipula o caminho de volta dos produtos com o envolvimento de consumidores, comerciantes, distribuidores e fabricantes.
Entre eles, estão os mais nocivos como agrotóxicos, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos. Segundo Sartori, a meta nacional é reciclar 30% dos resíduos até 2022.

Conta
Mas para que essa meta seja alcançada, o consultor citou que algumas diretrizes precisam ser tomadas. “A logística reversa tem diversos apelos. No papel é muito bonito, mas alguém precisa pagar a conta”, declarou. Segundo ele, para desonerar a sociedade, a tendência é que os próprios produtores paguem pelo processo logístico – retirar, tratar e destinar.
“Um exemplo que pode ser citado é o das pizzarias. Elas teriam a obrigação de retirar a caixa na residência do consumidor ou nos pontos estratégicos de coletas. Isso abriria a possibilidade para que eles se transformem em operadores de logística reversa”, prosseguiu Sarori salientando que a partir daí, o governo poderia pensar em uma forma de reduzir os tributos de empresas que dão bons destinos aos resíduos.
Um caso que deu certo, segundo ele, foi o realizado pela Abrividro (Associação Brasileira das Indústrias de Vidro), que, “por questão de sobrevivência”, criou um plano efetivo para recolher todo e qualquer tipo de embalagem de vidro.

Maior desafio
Para o professor, o grande desafio é ajustar o plano logístico. Segundo ele, a maioria dos resíduos está nos centros urbanos (casa do consumidor), fato que gera dificuldade de locomoção para quem vai transportar. “É preciso pensar onde centralizar as estações de coletas e aumentar a transportabilidade a fim de minimizar o prejuízo das operadoras que estão recolhendo”, salienta.
Fazer o transporte do produto em seu estado normal causa diversos problemas pelo acúmulo de volume. “É preciso desmontar, descompactar prensar e moer”, diz.
O mercado já oferece modelos de máquinas e o no Brasil já existem nove delas para moer resíduos, instaladas nas próprias estações de coletas, que podem ser em supermercados, shoppings, metrôs e parques. Segundo Sartori, a previsão é que até o fim deste ano o número dessas máquinas chegue a 130 no território nacional.

Fonte: Portal Webtranspo; disponível em http://www.webtranspo.com.br/logistica/22450-logistica-reversa-proposito-ainda-confunde; acesso em 22/05/2011.

21 fevereiro, 2011

Impactos do Decreto Federal 7.404/10 que regulamenta a Lei Federal 12.305/10 da Política Nacional de Resíduos Sólidos [Logística Reversa Pro]

Passados mais de 90 dias da publicação da lei Federal 12.305/10, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, foi publicado, em 23 de dezembro de 2010, o decreto Federal 7.404/10, que regulamentou a referida lei por meio da instituição de normas cuja finalidade é viabilizar a aplicabilidade de seus instrumentos.
Vale destacar que o recente decreto, além de regulamentar a lei, criou o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, tendo, ambos, o propósito de apoiar a estruturação e implementação da lei mediante a articulação dos órgãos e entidades governamentais. O Comitê Orientador tem o objetivo de “estabelecer a orientação estratégica da implementação de sistemas de logística reversa”, definindo prioridades e cronogramas, além de avaliar e aprovar estudos, diretrizes, necessidades e medidas.
Segundo o artigo 5º do decreto, a responsabilidade pela eficácia da Política Nacional dos Resíduos Sólidos recai sobre todos os integrantes da cadeia que proporcionam ou ajudam na geração dos resíduos. Ou seja, além da responsabilidade atrelada às pessoas físicas e jurídicas ligadas à fabricação, importação, distribuição, comercialização, limpeza e/ou manejo, o referido decreto, específica e corretamente, mantém a determinação contida na lei 12.305/10 e impõe, aos próprios consumidores, desde que estabelecido o sistema de coleta seletiva ou sistema de logística reversa no respectivo município, a responsabilidade pelo correto e diferenciado acondicionamento dos resíduos sólidos gerados, disponibilizando os reutilizáveis e recicláveis de forma ordenada para coleta ou devolução.
De fato, não é de se estranhar que uma das grandes preocupações do setor empresarial trazida pela lei tenha sido a logística reversa. Isso porque, em que pese sua inquestionável importância ambiental, não são efetivamente conhecidos os custos de implementação deste procedimento por ele ser consideravelmente recente. Tampouco é conhecida a magnitude das providências a serem adotadas para seu efetivo cumprimento.
Assim, o decreto Federal 7.404/2010, proporcionando maior clareza ao procedimento em referência e cumprindo sua incumbência constitucional para fiel execução da lei, indicou os instrumentos para implementação e operacionalização da logística reversa. São eles os acordos setoriais, os regulamentos expedidos pelo Poder Público e os termos de compromisso, devendo, todos, ser previamente avaliados pelo Comitê Orientador.
O decreto abrange, ainda, as diretrizes para gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos, a possibilidade de participação dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis nos procedimentos de coleta, a previsão dos planos nacional, estaduais, regionais e municipais para a gestão dos resíduos. Isso entre outros procedimentos e providências interligados ao tema, além de indicar hipóteses de dispensa ou minimização do plano de gerenciamento de resíduos sólidos quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte.
Com estas e outras consideráveis determinações, o decreto Federal 7.404/10 confere aplicabilidade à lei Federal 12.305/10. E, assim, busca implementar procedimentos e providências que garantam maior equilíbrio ao meio ambiente e diminuam o impacto sofrido em decorrência do imensurável volume de resíduos sólidos gerados por uma sociedade cada vez mais dependente de bens industrializados.
Autor: Felipe Ortiz

Fonte: Logística Reversa Pro; disponível em http://logisticareversapro.com.br/blog/?p=500 ; acesso em 15/02/2011.

Nota: Dada sua importância e seu impacto na cadeia de suprimento, a Política Nacional de Resíduos Sólidos tem sido discutida em diversos artigos e reportagens. É importante estarmos atentos ao que está acontecendo, pois suas determinações influenciarão as decisões e ações dos profissionais de logística.

08 fevereiro, 2011

A Política Nacional de Resíduos Sólidos e os ajustes na cadeia de suprimento

Após quase 20 anos de tramitação no Congresso Nacional, foi instituída no dia 02 de Agosto de 2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei 12.305/2010, que tem origem no Projeto de Lei 354/1989. O artigo 33 da nova lei trata da logística reversa, garantindo mecanismos de retorno e responsabilidade compartilhada, sendo implementada de maneira individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Fabricantes, distribuidores e comerciantes ficam obrigados a recolher e destinar para a reciclagem as embalagens de plástico, papelão, de vidro e as metálicas usadas.
Cabe aqui recordar o conceito de logística reversa apresentado pelo Prof. Paulo Roberto Leite, um dos maiores estudiosos do assunto no país: “A Logística Reversa é uma nova área da Logística Empresarial que planeja, opera e controla o fluxo, e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós - consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, através dos Canais de Distribuição Reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, competitivo e de imagem corporativa, entre outros.”
A lei também fala da importância da redução da geração de resíduos na origem, da reciclagem e estimula a participação dos catadores no processo de destinação final dos mesmos, além de determinar a proibição dos lixões no prazo de 4 anos.
Devem cumprir a lei todas as empresas, as administrações públicas (federais, estaduais e municipais) e os cidadãos. As empresas que deixarem de cumprir as determinações legais estão sujeitas à autuações e à multas.
Assim, temos aqui uma lei que envolve os diferentes atores da cadeia de suprimento (fornecedores, fabricantes, distribuidores, atacadistas, varejistas e consumidores), compartilhando entre estes a responsabilidade pelo seu cumprimento. No momento, por tratar-se de algo relativamente recente, ainda estuda-se como cumpri-la e como compartilhar também os custos envolvidos nestas operações.
Mais que isso, o atendimento à Lei 12.305/2010 exige o redesenho da cadeia produtiva, pois o fluxo reverso (do consumidor para o fabricante) passa a ter maior volume, deixando de ser apenas informacional e eventualmente físico, para tornar-se contínuo tanto informacional quanto fisicamente, pois todo produto que sair da indústria levará consigo material ou embalagens que continuarão a ser responsabilidade do fabricante e não poderão ser perdidos de vista.
Para a elaboração desse novo desenho da cadeia de suprimento, entendemos que o ponto de partida seja a análise detalhada do fluxo atual e a identificação dos pontos e interfaces que possam ser utilizados também para o fluxo reverso. Por exemplo, utilizando o varejo como pontos de consolidação de embalagens para posterior retorno aos distribuidores e fabricantes.
Enquanto não temos informações de operações montadas baseadas na nova Lei, registramos o exemplo da Whirlpool, detentora das marcas Brastemp e Consul, que já investiam em novas maneiras de praticar a logística reversa. A empresa montou uma divisão da fábrica, em Joinville (SC), especializada em desmontar refrigeradores e aparelhos de purificação de água. Como a empresa não possui um sistema de coleta, os eletrodomésticos velhos chegam à fábrica por meio de uma ação realizada pela concessionária de energia elétrica da região. Desde 2005, esse sistema resultou na recuperação de três mil toneladas de componentes, como aço, plástico e gases de refrigeração.

Referências:
- A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a gestão de resíduos industriais na área tecnológica. Informativo CREA-SC, ano 9, n. 73, Novembro-Dezembro/2010.
- Parâmetros ambientais. Revista Distribuição, ano 18, edição 214, Novembro/2010.
- LEITE, Paulo R. Logística Reversa. Disponível em http://meusite.mackenzie.com.br/leitepr/conceitos.htm ; acesso em 06/02/2011.

Autor: Israel S. Grüdtner - Fevereiro/2011

Leia também: Logística Reversa ; Falta de logística reversa rende multas [Portal Webtranspo] .