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30 setembro, 2009

Volvo e Sadia criam caminhão para atender demanda do setor frigorífico

Para adaptar a frota aos novos limites de dimensões e pesos definidos pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), em 2007, a Volvo do Brasil, a Sadia e fabricantes de implementos elaboraram um projeto para aumentar a capacidade de carga nos caminhões que transportam produtos frigorificados. O resultado da união foi uma composição, batizado de “Vanderléia frigorífica”, que por meio do uso de materiais mais leves, o desenvolvimento de um chassi mais curto e a adequação da transmissão, possui capacidade para transportar até 30 pallets ou 33,5 toneladas de produtos.
Estes volumes, segundo a fabricante, representam de dois a quatro pallest a mais que os movimentados pelos modelos substituídos, e cinco toneladas acima do volume que uma composição frigorífica convencional transporta.
Luciano Farago, Engenheiro do centro de inovação e excelência logística da Sadia, garante que este desempenho foi obtido mantendo a mesma durabilidade e resistência. “Com esta nova composição, resolvemos o problema de veículos que poderiam ultrapassar o peso permitido pela legislação. Também diminuímos o número de composições rodando, aumentando a capacidade individual de transporte”, detalha.
Segundo Deonir Gasperin, Engenheiro de vendas da Volvo, os resultados positivos do novo produto foram obtidos com a diminuição do entre-eixos (a distância entre o eixo dianteiro e o eixo de tração) do cavalo mecânico, que passou dos usuais 3,5 ou 3,7 metros para apenas três metros.
“Com um entre-eixos menor, conseguimos a correta distribuição de cargas do caminhão conectado ao baú frigorificado de 15,5 metros, dentro dos atuais limites legais, o que permitiu aumentar o número de pallets que podem ser transportados”, observa.
Além disso, a montadora introduziu novos tanques de combustível customizados para atingir a mesma capacidade de armazenamento dos veículos convencionais.
De acordo com Rogério Kowalski, Gerente de grandes frotas da empresa, os transportadores Sadia já adquiriram 28 caminhões Volvo FH 6x2 com este entre-eixos que estão sendo atrelados em composições deste tipo. Segundo ele, a meta é atingir 81 unidades com esta aplicação.


Fonte: Portal Webtranspo. Disponível em: http://www.webtranspo.com.br/modais/rodoviario/12317-volvo-e-sadia-apresentam-implemento-para-atender-setor-frigorifico.html?utm_source=Zartana&utm_medium=emailmarketing&utm_campaign=News+n%BA+446&utm_content=null+israel_grudtner%40hotmail.com&utm_term=12317 . Acesso em 30/09/2009.

Nota: Um exemplo muito interessante de integração fornecedor-usuário.

07 setembro, 2009

Portal Webtranspo: Multilog anuncia novos investimentos em Itajaí

Empresa, em uma visão otimista, anunciou investimentos de R$ 20 milhões em infraestrutura.

“Depois das ordens e contra-ordens sobre a recuperação do porto, finalmente agora tem cronograma mais certo e esperamos que voltem ao normal”.A observação é de Ailtro Darigna, diretor financeiro da Multilog (Grupo Portobello), sobre o Porto de Itajaí (SC). A empresa, numa posição de otimismo, anunciou investimentos da ordem de R$ 20 milhões em infraestrutura.
A Multilog tem como foco a retroárea (porto seco) e ocupa uma área alfandegada de 331 mil metros e área total de 436,4 mil metros quadrados, em Itajaí. Com os investimentos, a empresa vai ampliar sua área de armazenagem coberta para 116 mil metros quadrados, elevando a capacidade de armazenagem em 40 mil metros quadrados. Os recursos começaram a ser aplicados em julho deste ano e seguirão até junho de 2010. Além do aumento da área, os investimentos envolvem a compra de 15 novas empilhadeiras, orçadas em cerca de R$ 8 milhões.
De acordo com Darigna, mesmo com os problemas que o Porto de Itajaí enfrenta, depois da catástrofe das chuvas, a empresa acredita no potencial econômico e no crescimento da atividade portuária na cidade.
Outro ponto é a crise econômica mundial. “A crise efetivamente impactou nos volumes de contêineres movimentados. Mas a decisão de retomar os investimentos decorre da visão de que os mercados internacionais logo voltarão às atividades normais e temos que estar prontos para atender a demanda”.Com foco no comércio internacional do sul do País, a Multilog tem entre 70% a 80% das suas atividades voltadas para as importações (Ásia, Europa e EUA). As exportações ficam entre 20% a 30% em carga geral: pneus, componentes e suprimento de informática, etc.

Fonte: Portal Webtranspo, disponível em http://www.webtranspo.com.br/modais/logistica/11192-multilog-anuncia-novos-investimentos-em-itajai.html

15 agosto, 2009

Notícia: Torre cai de caminhão e esmaga carro no Paraná - Portal G1

Uma torre de quase 40 toneladas caiu da carroceria de um caminhão, nesta sexta-feira (14/agosto), e atingiu um carro em Ponta Grossa (PR). O acidente interrompeu o trânsito em uma das principais ruas da cidade. Não houve feridos.
O caminhão ia do Rio Grande do Sul para o Ceará carregando a torre. Em Ponta Grossa, o motorista errou o caminho e acabou entrando na cidade. Ao tentar fazer uma manobra de retorno, a carga se desprendeu da carroceria do caminhão e esmagou um veículo.

Fonte: Portal G1 - Disponível em http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1267182-5598,00-TORRE+CAI+DE+CAMINHAO+E+ESMAGA+CARRO+NO+PARANA.html

Outras informações: Portal RPC -Disponível em http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=914831&tit=Peca-de-40-toneladas-cai-de-caminhao-e-esmaga-carro

Nota: Em julho coloquei um post sobre os cuidados necessários com as cintas de amarração de cargas. Não sabemos as causas deste acidente, mas vale o registro quanto aos riscos envolvidos nas operações de carregamento e transporte de materiais.

10 agosto, 2009

Cada dia começa em 3 minutos

"Como a UPS mantém a pontualidade de 220 mil motoristas e empacotadores? Radiotransmissores, caminhões confiáveis e uma rede de logística em nível internacional são fundamentais, claro. Porém, os executivos têm seus próprios meios de evitar a negligência. Todas as manhãs, eles convocamos funcionários para uma reunião que dura exatos três minutos. A comunicação inicia-se com anúncios da empresa, da atualização de benefícios a boletins sobre novos softwares para os computadores de mão. Falam ainda sobre condições de tráfego ou reclamações de clientes. A reunião acaba com uma dica de segurança. O limite de 180 segundos reforça a extrema pontualidade. Caso os motoristas estejam atrasados para iniciar suas rotas, eles ganharão horas extras e entregarão menos encomendas, exatamente o que a UPS quer evitar. A prática é tão eficaz que muitos horistas agora fazem sua própria reunião de três minutos."

Fonte: Trecho da matéria "18 segredos das melhores empresas do mundo", da revista Época Negócios - julho/2009. Disponível em: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI80951-16642-3,00-SEGREDOS+DAS+MELHORES+EMPRESAS+DO+MUNDO.html .

Nota: Para uma empresa que tem a pontualidade como um de seus principais desafios, o uso adequado do tempo é prioridade.

22 julho, 2009

Fórum de Logística dos Campos Gerais

Será realizado em Ponta Grossa/PR, entre os dias 01 e 03 de setembro de 2009, o 2o. Fórum de Logística dos Campos Gerais.

Detalhes sobre o evento, com programação e instruções para inscrição estão disponíveis no site: http://www.forumlogistica.com.br .

12 julho, 2009

Cintas para amarração e elevação de cargas


A edição de junho da revista Logweb traz uma matéria sobre cintas para amarração e elevação de cargas, apresentando os cuidados que envolvem a escolha e a aplicação de cintas e acessórios.

De acordo com a matéria, as cintas planas para elevar ou amarrar demonstram ser o meio mais indicado para minimizar os riscos relacionados ao transporte de cargas perigosas e instáveis – desde que os envolvidos estejam bem treinados e aptos para amarrar e elevar as cargas de forma correta.

O usuário deve estar atento para a utilização de cintas certificadas, conforme notas estrangeiras e a NBR 15637 (Cintas têxteis para elevação de cargas) da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Esta determina os requisitos essenciais para projeto, fabricação e verificação para cintas planas ou tubulares utilizadas na elevação de cargas, assegurando que situações de risco sejam minimizadas.

A atenção a alguns pontos contribui para a utilização correta de cintas, aumentando a segurança da movimentação e amarração de cargas:
- Disponibilidade de instrução e treinamento;
- Respeito às especificações técnicas;
- Coerência entre especificação e condições de utilização;
- Respeito à capacidade do sistema ou equipamento de elevação;
- Verificação do balanceamento da carga;
- Não utilização de cintas avariadas ou reaproveitadas;
- Proteção das cintas contra bordas cortantes, abrasão e fricção;
- Identificação correta das especificações técnicas da cinta;
- Inspeção periódica das cintas e equipamentos.

Dados os riscos envolvidos em qualquer movimentação de cargas, cabe aos responsáveis por esta atividade o máximo de atenção e respeito ao planejamento destas tarefas e às especificações dos equipamentos e materiais envolvidos, respeitando a vida das pessoas e integridade das cargas.

Foto: http://www.cabopec.com.br/produtos/cintas/

05 julho, 2009

Evento: Movimat 2009

A MOVIMAT - Feira de Logística, Movimentação, Armazenagem e Embalagem de Materiais é uma importante feira do setor realizada desde 1981.

Trata-se de feira técnica especializada que, anualmente, apresenta os últimos avanços da tecnologia no segmento.

Segundo os organizadores, em 2008 reuniu mais de 25.000 visitantes.

A edição 2009 acontecerá entre os dias 4 e 7 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo - SP.

Maiores informações sobre o evento, expositores e credenciamento podem ser obtidas no site: http://www.feiramovimat.com.br .

30 junho, 2009

Portal Webtranspo: Embraer exige logística complexa

Nota: Matéria publicada no portal Webtranspo referente a estrutura logística da Embraer. Uma rápida visão sobre os volumes movimentados, a estrutura física disponível e o planejamento tributário (no caso do regime aduaneiro Recof). Disponível em http://www.webtranspo.com.br/modais/aereo/8193-operacao-da-embraer-exige-logistica-complexa.html , acesso em 30/06/2009.

Em 2008, ela foi a terceira maior exportadora brasileira e responsável por 2,2% do total de importações.
Ela importou 19 mil toneladas de materiais em 2008, avaliados em US$ 3,8 bilhões, algo em torno de 2,2% das importações nacionais. No ano passado, suas exportações totalizaram US$ 5,7 bilhões, o que a colocou na posição de terceira maior exportadora brasileira, com uma contribuição de 2,9% para o saldo da balança comercial do país. Para atender um movimento comercial desse porte, a Embraer montou uma logística internacional que envolve uma operação complexa, já que seus principais clientes, fornecedores e competidores estão concentrados no Hemisfério Norte.
A empresa exporta mais de 90% da produção e importa 95% das matérias-primas, partes e peças para a produção e as peças de reposição para as aeronaves que fabrica. Até maio, o volume de importação foi de US$ 1,4 bilhão.
Uma das medidas adotadas pela empresa para aumentar a eficácia do gerenciamento da sua cadeia logística foi a construção, em 2008, de um centro de armazenagem de grandes segmentos aeronáuticos (matérias-primas, fuselagens, asas e superfícies de comando, entre outros) em Taubaté (SP). O centro de distribuição de peças da Embraer está instalado em uma área total de 380 mil metros quadrados, dos quais 135,7 mil metros quadrados foram doados pela prefeitura do município e o restante adquirido pela empresa junto a proprietários privados.
O ganho logístico, nesse caso, segundo a empresa, está diretamente relacionado ao atendimento "just in time" da linha de produção. Segundo o diretor do Grupo de Expansão Industrial (GEIN) de Taubaté, Antônio Roberto Paolicchi, o investimento anunciado pela Embraer na unidade foi de US$ 16,2 milhões.
A empresa conta também com oficinas próprias e depósitos de peças nos Estados Unidos, França, China e Cingapura, além do Brasil. Ela mantém empresas próprias especializadas em manutenção de aeronaves, peças de reposição, treinamento e segmentos aeronáuticos, como a Indústria Aeronáutica de Portugal (Ogma) e a Embraer Aircraft Maintenance Services (EAMS).
A Embraer possui um operador logístico nos Estados Unidos que gerencia uma média de 11,9 mil toneladas de materiais enviados pela empresa a cada ano, avaliados em US$ 2,9 bilhões. Na Europa já existe um operador aéreo para uma média de 1,1 mil toneladas de materiais por ano e um operador marítimo para 5,6 mil toneladas anuais.
No Brasil, a Embraer trabalha com dois operadores logísticos, envolvendo porto e aeroporto e 16,6 mil toneladas de produtos por ano, que correspondem em valores a US$ 3,6 bilhões. Só o despachante aéreo, segundo a empresa, cuida de 18 mil processos anualmente. No modal marítimo, o número de processos anuais emitidos pela Embraer chega a três mil. Esses números constam de uma palestra feita pela Embraer durante um evento de logística realizado recentemente em São José dos Campos.
A Embraer também possui três centros de consolidação marítimo de materiais localizados em Colchester (Inglaterra), Bilbao (Espanha) e Freiburg (Alemanha). No segmento aéreo, os centros de consolidação ficam em Londres, Paris, Milão e Frankfurt. O modal aéreo, segundo a Embraer, é responsável por 75% da sua movimentação logística, tanto para exportação quanto para importação. O marítimo tem uma representatividade maior, de 70%, quando envolve peso.
Outra ferramenta que vem trazendo ganhos expressivos na redução de custos e eficiência da sua operação logística é o regime aduaneiro Recof, que passou a utilizar desde novembro. "Diferentemente do que ocorria no regime 'drawback', o Recof permite a flexibilidade para a empresa realizar a destinação de até 20% das mercadorias estrangeiras admitidas no regime, para o mercado interno, no mesmo estado em que foram importadas", explicou a empresa por e-mail.
Por esse sistema, a Embraer não precisa manter um estoque nacionalizado e outro para o atendimento da linha de produção. A substituição do regime "drawback" pelo Recof, segundo a Embraer, resultou em custos finais mais competitivos, o que viabilizou a venda de aeronaves no mercado brasileiro. Assim como o regime antigo, o Recof suspende os impostos incidentes na importação e concede isenção para a exportação.
O Recof também reduziu o ciclo de importação e a despesa de armazenagem de peças, com a passagem rápida pela alfândega. "O processo de liberação de mercadorias na alfândega, que era de dois dias, passou a ser de 12 horas, mas a nossa meta é chegar a seis horas", disse uma executiva da área de logística da Embraer, em palestra sobre o tema. Já o processo de exportação temporária de materiais, para reparo, feiras e testes, levava uma média de 15 dias para ser concluído.
Com o Recof, a empresa precisou controlar suas operações de forma mais informatizada e passou a utilizar uma Autorização de Movimentação de Bens sob o Recof (AMBRA), que dispensa a abertura de processo junto às alfândegas, o que resultou em uma redução do ciclo para 10 dias. A Embraer é a primeira empresa no Brasil a utilizar essa autorização para agilizar o desembaraço alfandegário em exportações temporárias.
Apesar de importar 95% das peças que utiliza na produção dos seus aviões, a Embraer explica que o alto índice de importação refere-se a determinados conjuntos de materiais e componentes, como aviônicos, equipamentos, segmentos e matérias-primas sem similar no mercado nacional. Toda a parte de industrialização das aeronaves, mão de obra, desenvolvimento e demais materiais de origem nacional, segundo a empresa, superam em 60% o índice de nacionalização do produto final exportado.

22 junho, 2009

Parlamentares lançam frente sobre transportes e armazenagem

Será lançada nesta noite (16/06/2009) a Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), durante jantar no restaurante Dom Francisco, na Associação dos Servidores do Banco Central (Asbac). A frente será presidida pelo deputado Homero Pereira (PR-MT).Durante o evento, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, vai apresentar relatório dos investimentos realizados pelo órgão em infraestrutura.O presidente da Companhia Nacional de Armazenagem (Conab), Wagner Rossi, fará um panorama da logística de armazenagem no País, incluindo as demandas e os projetos para o setor. O deputado Homero Pereira falará sobre o funcionamento e a agenda legislativa da Frente. Foram convidados para participar do evento o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot. Representantes da Associação Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antanq), da Agência Nacional de Águas (ANA), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Grupo Hermasa, da Transpetro, do Grupo Votorantin, da Associação Nacional de Transporte Ferroviário (ANTF), e da Associação Brasileira Agrobunisses (Abag).
Fonte: Portal da Câmara dos Deputados (http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=136173&pesq=frenlog)

Nota: Embora o post esteja atrasado (o lançamento já aconteceu na semana passada), vale o registro. Para um país de proporções continentais como o Brasil, iniciativas que abordem e coloquem em discussão a infraestrutura logística do nosso país devem ser apoiadas. Espero que esteja surgindo uma forte representação para buscar as melhorias necessárias ao desenvolvimento nacional.

15 junho, 2009

X Congresso de Logística da ABML

Estão abertas as inscrições para o X Congresso da Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML), nos dias 18 e 19 de junho, no Pavilhão de Exposição do Parque Anhembi, em São Paulo, durante a Fispal Tecnologia.
O tema deste ano será "Logística como Ferramenta de Sustentabilidade Ambiental: Caminhos, Desafios e Oportunidades", e o evento será aberto com palestra internacional de Christopher Norek, professor de programas executivos da Georgia Tech, nos Estados Unidos, e trajetória acadêmica que inclui as universidade do Tennessee e Auburn. Sócio da Chain Connectors, empresa de consultoria especializada em Supply Chain, Norek, de 49 anos, trabalhou também na iniciativa privada em importantes empresas americanas.
O Congresso ABML é um evento tradicional no calendário da logística brasileira e este ano, pela segunda vez, estará ancorado na Fispal Tecnologia , que terá área de exposição de 45 mil m2 .
A parceria com a Fispal como âncora do Congresso da ABML se iniciou na edição Nordeste da Feira, em 2008,. mas a aproximação com a ABML teve início durante a Fispal São Paulo, no mesmo ano, quando foi monta do mini auditório com palestras e simulação de operações logísticas comandadas por mestre de cerimônia.
As inscrições podem ser feitas na ABML, por meio do e-mail secretaria@abml.org.br.
Fonte: http://www.abml.org.br/website/news.asp?nwsCode=51C95383-704B-40A9-BF61-9956410C64D4

11 junho, 2009

Gerenciamento de riscos

Na logística, quando falamos em “gerenciamento de riscos”, instantaneamente pensamos em transporte, dada a larga utilização desta ferramenta junto aos serviços de fretes.
Porém, sabemos que também existem riscos inerentes às atividades de movimentação e armazenagem. Por exemplo, perda de materiais por quebra, furto ou obsolescência. O risco de incêndio em um depósito também não pode ser desprezado.
Em termos de transporte, segundo Antonio C. R. Brasiliano (2008) – disponível em http://www.brasiliano.com.br/blog/?p=194, o gerenciamento de riscos pode ser definido como “o conjunto de ações que visa impedir ou minimizar as perdas que uma empresa pode sofrer tendo suas cargas roubadas, sem falar na possibilidade de perda de vidas”.
O mesmo autor coloca que o gerenciamento de riscos pressupõe um planejamento estratégico de segurança que possui alguns pontos críticos:
- Identificação de riscos – através das características da operação de logística, os riscos são apontados.- Análise de riscos – são verificados a freqüência das rotas, mix de cargas, pontos de maior probabilidade de sofrer perdas, entre outros.- Planejamento de medidas e condutas preventivas e emergenciais – nesta fase deve ser elaborado um manual de operações com o objetivo de padronizar as condutas entre toda a cadeia de logística e da segurança.- Operacionalização – fase onde todo o sistema e processo planejado serão iniciados.- Controle e avaliação – esta última fase é alimentada de forma contínua, com o objetivo de medir o desempenho do GR e adequar possíveis erros.
Certamente, tais conceitos podem ser aplicados para os riscos nas operações de movimentação e armazenagem. Vejamos:
- Identificação de riscos – análise da localização, layout, equipamentos e mão de obra do armazém, além das características dos produtos armazenados e movimentados;
- Análise de riscos – levantamento das ocorrências de perdas (por quebras, furtos ou outros) e análise de suas causas;
- Planejamento de medidas e condutas preventivas e emergenciais – estudo das causas e definição de ações corretivas, entre elas, projeto de melhoria com alteração de layout, modernização de equipamentos ou treinamento de equipes.
- Operacionalização – implantação das ações corretivas.
- Controle e avaliação – acompanhamento dos resultados e realimentação do sistema visando a melhoria contínua.
Como podemos ver neste breve comentário, qualquer atividade está sujeita a riscos. Em compensação, muitas ferramentas utilizadas em situações específicas podem ser adaptadas para outras resultando em benefícios similares.

17 maio, 2009

Portal Logweb - Seal: campanha visa a coleta de baterias usadas para reciclagem

Seal Sistemas (Fone: 11 2134.3829), que há 20 anos atua no mercado de soluções dedicadas a processos de automação com código de barras, coletores de dados, redes sem fio e RFID, está desenvolvendo uma campanha para reciclagem das baterias descartadas após o uso em equipamentos oferecidos pela empresa. O objetivo é orientar parceiros a entregarem as baterias usadas, que são enviadas para o reprocessamento e produção de óxidos e sais metálicos. Segundo José Carlos Gonçalves, gerente do Departamento de Assistência Técnica da empresa, a Seal nunca havia realizado nenhuma campanha de incentivo à proteção ao meio ambiente. “As baterias coletadas nesses 20 anos eram reunidas e doadas em pontos específicos que faziam a coleta na cidade, mas nunca fizemos uma divulgação da importância dessa ação. Hoje queremos que os clientes participem conosco”, conta. “A Seal preocupa-se em evitar a possibilidade de danos ao ambiente em razão do descarte inadequado de baterias utilizadas em nossas soluções. Por isso, colocamo-nos à disposição dos nossos clientes para facilitar a destinação correta desses resíduos, ao mesmo tempo em que tentamos chamar a atenção para o cuidado que as empresas devem ter em relação às baterias e ao lixo eletrônico”, explica o diretor de Marketing e Vendas, Wagner Bernardes. Gonçalves, por sua vez, informa que os clientes e parceiros da Seal que quiserem contribuir com a campanha podem enviar baterias inutilizadas ao endereço da assistência técnica da empresa, na Rua Professor Alfonso Bovero, número 531, no bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo, SP, aos cuidados dele próprio. “Infelizmente não temos estrutura para fazer a coleta no próprio cliente, mas acreditamos que, por esse bom motivo, muitos se mobilizarão a fazer parte desta ação”, almeja. Ele revela que, após coletadas, as baterias são armazenadas em um lugar seco, arejado e longe de materiais inflamáveis. “O período de armazenagem dura até chegarmos a uma quantidade significativa para enviarmos à empresa responsável pela reciclagem. Isso se dá em torno de três meses, que é o período máximo para guardar baterias inutilizáveis”, acrescenta. Ainda de acordo com o gerente do Departamento de Assistência Técnica, após chegar a uma quantidade significativa de baterias, a Seal entra em contato com a empresa responsável pela reciclagem e avisa que o envio do material será efetuado. Feito isso, é verificado se as baterias a serem enviadas estão em bom estado, sem vazamentos e, então, são colocadas em sacos especiais. “Necessitamos também de uma autorização especial da Secretaria Estadual do Meio Ambiente para o transporte deste tipo de material (denominado Manifesto de Carregamento), que nos é fornecido através da empresa de reprocessamento das baterias”, complementa Gonçalves. Ele acredita que para que esta ação seja realizada com sucesso é imprescindível que haja um processo logístico sinérgico. Para isso, diz que a empresa toda está envolvida e auxilia na comunicação com o cliente, para que seja possível coletar o máximo de baterias. “Não podemos nos esquecer, ainda, que estamos lidando com um material poluente e que deve ser tratado com o máximo de cuidado e controle, a fim de zerarmos a possibilidade de que o armazenamento, transporte ou reprocessamento possam ocasionar algum um acidente e danos ao meio ambiente”, destaca. Na visão de Gonçalves, hoje, as pessoas estão mais conscientes da necessidade da preservação e buscam empresas que se preocupam com esse tema e desenvolvam seus produtos e serviços da maneira a não prejudicar a natureza. Para ele, as práticas relacionadas ao meio ambiente beneficiam a imagem da Seal perante o mercado e geram, também, uma conscientização dos colaboradores sobre a importância da preservação.
Fonte: http://www.logweb.com.br/index.php?urlop=noticia&nid=MjEwODY=

Nota: A iniciativa da Seal está alinhada aos princípios de sutentabilidade que devem ser observados por todos: empresas, estado e sociedade em geral. Não podemos esquecer que a logística também pode contribuir para a racionalização do uso dos recursos naturais e redução de impactos ambientais.

14 abril, 2009

Logística a serviço da educação

A edição de 18/03/2009 da Revista Veja traz uma matéria muito interessante sobre a distribuição de livros didáticos coordenada pelo Ministério da Educação (MEC) para entrega de 103 milhões de exemplares em 140.000 escolas públicas brasileiras. Foram 2.322 títulos, sendo que cada escola recebeu um pacote (pedido) diferente, dependendo dos títulos escolhidos por cada escola, quantidades, entre outros. O sucesso da operação rendeu aos Correios um prêmio no World Mail Awards (espécie de Oscar internacional da logística).

15 março, 2009

Crise e primeiros impactos na atividade logística

Desde a “explosão” da crise econômica norte-americana e sua extensão mundo afora, fala-se na redução das atividades da indústria, comércio e serviços, com previsões pessimistas para a atividade econômica.
Diariamente, somos informados com dados negativos da economia, com revisões de metas de crescimento ou redução da atividade produtiva.
A produção industrial brasileira recuou 12,4% em dezembro na comparação com novembro, na série com ajuste sazonal, e 14,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o IBGE (disponível em http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200902031106_RED_77803370 - acesso em 15/03/2009).
E como não poderia deixar de ser, os serviços logísticos também sofrem as conseqüências da desaceleração da economia.
De acordo com o estudo “Impacto da crise econômica mundial sobre o TRC” (disponível em http://www.ntcelogistica.org.br - acesso em 15/03/2009), embora o setor de transporte tenha crescido 3,9% em 2008, o quarto trimestre experimentou queda de 3,7% em relação ao trimestre anterior. Da mesma forma, a venda de diesel caiu 16,4% entre outubro de dezembro de 2008.
Segundo a mesma fonte, dados da ABCR – Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – apontam que o movimento de veículos comerciais teve queda expressiva entre outubro e dezembro do ano passado.
Sabendo que o modal rodoviário representa 59% da matriz de transportes no Brasil, ficam evidentes os impactos da crise econômica internacional nas atividades logísticas. Certamente, outros serviços como gestão de estoques, distribuição, movimentação e armazenagem, também estão sofrendo interferência deste cenário, levando a revisão de suas projeções de demanda e atendimento.

14 fevereiro, 2009

Logística está na moda...

Em 2003 ouvi falar pela primeira vez a respeito da Zara (marca espanhola da indústria do vestuário) por tratra-se de uma empresa com estrutura ágil e eficiente, que lhe conferia uma série de vantagens competitivas quando comparada com outras do setor.
A reportagem “O novo império da moda”, da revista Veja de 10/12/2008, apresenta a Inditex (dona da Zara) com a maior fabricante de roupas do mundo.
Segundo a matéria, a Inditex abriu duas novas lojas por dia em 2008 e ultrapassou o faturamento de sua principal concorrente. Considerando que o setor teve decréscimo no seu faturamento e que o da empresa cresceu 4%, entende-se que realmente há algo de diferente nesta organização.
Dentre as diferenças listadas entre a Inditex e suas concorrentes, a matéria cita sua estrutura de produção (que deu origem ao termo “fast fashion”), que agiliza a colocação de novos produtos no mercado, chegando a 40.000 modelos lançados por ano.
Ainda de acordo com a reportagem, a Inditex concentra 80% de sua produção e distribuição em um único local, a Galícia. A maioria de suas concorrentes tem sua produção em países asiáticos. A logística centralizada permite que a Inditex entre e saia de mercados com maior facilidade, pois sua estrutura de distribuição é mais flexível. Isto faz com que a empresa esteja presente em um número maior de países do que qualquer outro concorrente, atendendo 71 mercados.
Em meio ao atual panorama da economia mundial, onde ouvimos falar diariamente sobre as dificuldades pelas quais estão passando organizações dos mais diversos setores, fica o exemplo de uma empresa que ousou fazer as coisas de maneira diferente. E dentre estas “maneiras diferentes”, destacamos a logística como ferramenta útil na busca pela melhoria contínua dos processos, com aumento no nível de serviço (atendimento ao mercado) e manutenção de custos adequados de distribuição.

01 fevereiro, 2009

Rastreabilidade na cadeia produtiva da carne

Nota: Em setembro de 2008, postei uma matéria da Agência Estado a respeito do desenvolvimento de chip para rastreamento de carne bovina. No final de janeiro de 2009, o portal Logweb publicou a notícia transcrita abaixo, apresentando empresa que comercializará tal tecnologia. Conhecendo-se o elevado grau de exigência do mercado internacional de carnes e a importância da atividade agroindustrial para a balança comercial brasileira, entendemos o impacto positivo que esta tecnologia poderá trazer para o nosso país. É a tecnologia RFID alcançando horizontes cada vez maiores.

Solução da COSS permite rastrear carne do “pasto ao prato”
Welcoss-iMeat, desenvolvido pela COSS Consulting (Fone: 16 3307.6322), está sendo lançado no mercado brasileiro para garantir a rastreabilidade e a visibilidade da carne na Cadeia de Abastecimento Alimentícia, do “pasto ao prato”, de acordo com Luis Carlo Colella Ferro, sócio-diretor da empresa.Ele informa que se trata de uma solução inteligente, 100% brasileira, baseada em tecnologia RFID e capaz de controlar e monitorar a movimentação de animais em fazendas e suas partes em abatedouros, em CDs e redes de varejo. “Assim, a indústria frigorífica pode rastrear a carne na produção rural, seus cuidados veterinários e de consumo, incluindo todos os processos logísticos e de transporte”, explica. Segundo Colella, por meio da tecnologia com tag RFID é possível registrar em um único chip informações detalhadas, como o nome do criador, local em que o animal foi abatido, data do abate, vacinas e cuidados veterinários, entre outros. A partir das informações é criado um número de rastreabilidade que permite a identificação do animal na fazenda, seu peso bruto e peso líquido em todas as etapas do processamento da carne. “A informação destas etapas e processos é registrada no rótulo de cada produto, o qual mostra o número do lote, a data de validade, o dia da semana em que o empacotamento ocorreu e as iniciais do empacotador, entre outras informações”, comenta.O processo de desenvolvimento da solução foi baseado em um projeto de inovação tecnológica com RFID EPC (Electronic Product Code) para o mercado brasileiro. De acordo com Colella, inicialmente houve o apoio e financiamento da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo para o desenvolvimento da plataforma Welcoss, que é um middleware tecnológico para este fim. Após dois anos de trabalho, ele conta que foi concluída a primeira fase do projeto/solução, que já está disponível para uso empresarial, seja de forma independente ou integrada a outros sistemas de gestão empresarial, como ERP, SCM, WMS, CRM, legados e outros.O motivo para a criação desta tecnologia foi que a COSS Consulting observou a falta de uma solução nacional voltada para rastreabilidade e visibilidade, com destaque para o gerenciamento em tempo real de produtos e materiais na cadeia de abastecimento inteligente. “O fato de não ter vínculo com fornecedores de equipamentos e hardware foi uma vantagem competitiva para disponibilizar a solução a baixo custo. Isso permitirá que empresas grandes, médias e pequenas protejam seus investimentos em marcas e ativos de forma inteligente, assegurando origem e integridade de produtos”, destaca o sócio-diretor da COSS Consulting.Engana-se quem pensa que o uso desta solução é restrito ao setor de carnes. Conforme Colella, uma plataforma universal baseada em RFID foi construída para atuar em diferentes segmentos de mercado. Dependendo da necessidade, a solução é customizada para adequar-se às normas e exigências de cada segmento. Por isso, ele garante que esta tecnologia está preparada para atuar, também, nos segmentos de varejo, automobilístico, aeroespacial, de papel e celulose, farmacêutico, hospitais, militar, correios, entretenimento, metalurgia, mineração e manufatura em geral, entre outros. “Basta existir uma demanda e nós construímos a solução de forma relativamente simples e econômica”, aponta.Dessa forma, Colella afirma que o mercado neste setor está se profissionalizando bastante e com os crescentes controles dos órgãos de fiscalização e saúde, em nível nacional e internacional, soluções desta natureza devem ganhar espaço. Na visão dele, em breve, executivos e empresários irão perceber isso e a demanda será um processo natural. “Essa solução é um diferencial competitivo para a gestão empresarial moderna”, conclui.

Disponível em: http://www.logweb.com.br/informativo/noticia.asp?idNoticias=7160. Acesso em 01/02/2009.

17 janeiro, 2009

Meteorologia a serviço da logística

Qual a relação entre meteorologia e logística? A princípio, podem parecer assuntos totalmente diversos. Porém, matéria da revista Veja, de 24/12/2008, trata do “casamento” entre meteorologia e negócios. Em resumo, o texto aborda a influência da temperatura (em especial o calor do verão) na produção e no consumo de bebidas, sorvetes, condicionadores de ar, entre outros. Interessante saber que, para alguns produtos, o conhecimento antecipado das condições climáticas pode representar o sucesso ou fracasso em termos de disponibilidade destes ao cliente, ou seja, na definição e execução do plano de distribuição. Boa leitura.

A LOIRA GELADA QUER CALOR – Por Renata Moraes
Quando uma onda de calor atingiu o litoral paulista em meados de 2006, a fabricante de sorvetes Portofino foi a única grande empresa do setor incapaz de suprir o aumento repentino na demanda. Suas principais concorrentes tinham a informação na manga, fornecida por serviços privados de meteorologia. Já haviam reforçado o estoque e a distribuição. Esse é apenas um exemplo de como a antecipação de tendências climáticas se tornou essencial para fabricantes e prestadores de serviços. A cada 1% de aumento na temperatura atmosférica, o consumo de cerveja cresce 0,28%. Esse pequeno porcentual, aparentemente irrelevante, é vital para o setor. Os brasileiros bebem mais de 10 bilhões de litros do produto anualmente. Em um dia quente e seco de verão, com um calorão de 40 graus, são vendidos 18 milhões de latinhas a mais, em média, que em períodos mais amenos, com os termômetros ao redor dos 25 graus.
O casamento entre os negócios e a meteorologia só foi possível com o aumento da precisão dessa atividade com mais de 2 000 anos de história, mas cujo salto tecnológico se acelerou nas últimas décadas. Em 1980, as previsões tinham 70% de acerto. Hoje, com supercomputadores que realizam até 60 trilhões de cálculos climáticos por segundo, elas atingem 95% quando feitas para o prazo de dois dias. Devido à relação direta entre clima e vendas, as fabricantes do setor disputam as melhores previsões. Com isso, tentam estimar, antes e melhor que seus concorrentes, em que regiões o consumo será maior. Se a temperatura passa de 20 para 30 graus, o consumo médio diário de água residencial de uma família paulistana sobe de 430 para 570 litros. "As informações climáticas tornam-se essenciais no verão. Antecipar corretamente o clima permite o planejamento da distribuição e evita que faltem produtos nas prateleiras nos dias de pico de consumo", afirma Marcel Sacco, diretor de marketing da Schincariol. Se uma fabricante toma conhecimento, com até quatro dias de antecedência, de que um fim de semana será mais quente e sem chuvas, consegue planejar-se para uma ação de marketing nas praias e nos bares, além de reforçar a entrega do produto. "Já tivemos pedidos inusitados, como o de um microempresário que trazia cocos do Nordeste para o Sul e o Sudeste e queria basear-se em previsões climáticas para calcular melhor a quantidade", conta André Madeira, meteorologista da Climatempo. "Nossos clientes vão da Petrobras, que utiliza as informações climáticas para planejar seu trabalho nos campos de prospecção da costa, a empresas têxteis, que precisam saber como será a estação para organizar a confecção."
A principal fonte de dados meteorológicos brasileira é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão oficial subordinado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Mas os fabricantes que precisam de informações mais detalhadas, de acordo com suas necessidades específicas, procuram os serviços de consultorias privadas. Para estas, prever o tempo transformou-se em um negócio lucrativo. A Climatempo, a maior do setor na América Latina, já dispõe de um canal de TV exclusivo. Outras empresas apenas produzem análises de mercado com base nas previsões meteorológicas. Uma delas é a LCA Consultores, responsável pelo estudo que relaciona a venda de cervejas ao aumento da temperatura. Segundo o economista Marcos Nascimento, autor do estudo, as informações sobre o clima são hoje decisivas no plano de negócios de diversas empresas do país: "Com base nas previsões meteorológicas, as companhias conseguem adequar a fabricação e a distribuição de seus produtos e serviços, além de planejar estratégias de marketing". A LCA também já fez trabalhos do mesmo tipo para companhias dos setores de ar-condicionado, gás residencial e energia elétrica. A indústria de sorvetes é outra que vive em torno dos meses de calor mais intenso. Mais de dois terços dos 900 milhões de litros produzidos por ano no Brasil são consumidos no verão. "Estamos tentando mudar a cultura do brasileiro de que sorvete é para dias quentes", diz Eduardo Weisberg, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (Abis). Ainda que nas regiões Norte e Nordeste o verão dure praticamente doze meses por ano, o consumo de sorvetes se concentra no Sudeste e no Sul, onde a renda é mais elevada. A multinacional anglo-holandesa Unilever, dona da marca Kibon, lança mão das previsões sobre as tendências climáticas para programar sua distribuição. Mas, segundo Sebastian Reyes, vice-presidente do segmento de sorvetes da empresa, os modelos meteorológicos precisam ser vistos com cuidado. "Eles devem ser utilizados com cautela, porque são sujeitos a alterações repentinas", afirma Reyes.

04 janeiro, 2009

RFID - Utilização da tecnologia em livrarias

A Livraria Byblos, localizada em Lisboa – Portugal, é considerada a maior daquele país e a primeira do mundo a integrar RFID em todas as suas vertentes operacionais, transformando-se em referência mundial para o setor livreiro.
O sistema funciona da seguinte maneira: todos os livros que chegam à Byblos recebem um reader – espécie de identificação eletrônica – e, desde então, passam a ser controlados por radiofreqüência. O cliente escolhe seu produto pelo terminal, imprime a localização e retira o livro no local indicado. No caixa, a leitura é feita automaticamente pelo RFID, que dá essa informação ao software de PoS (Point of Sale) e registra a venda. Na saída, após o pagamento, o sistema já identifica que o livro foi vendido e não o acusa nas antenas antifurto localizadas na porta da loja. Cada livro tem um chip com todos os dados do produto, como valor e entrada no estoque.
Outra inovação é a estante robotizada, que tem capacidade para 60 mil livros. Busca-se na estante o livro que pretende adquirir e ela entrega os volumes.
No caso do inventário, o inventariante utiliza o leitor para ler a prateleira e os livros – dessa forma, associa os livros à prateleira, fazendo o correto controle de inventário da livraria. Como o inventário e a localização dos produtos são realizados em tempo real, os clientes, por meio de um dos 40 quiosques espalhados pela livraria, sabem exatamente a localização dos mais de 150.000 itens distribuídos pela Byblos.

Nota:
As informações acima constam no artigo “Livraria Byblos é referência em uso de RFID”, publicada no Jornal Logweb, edição 82, de dezembro/2008.
Mais um exemplo de utilização da tecnologia RFID, comprovando a abrangência desta que, com aplicações nas mais diferentes áreas e organizações, tem apresentado resultados positivos na gestão e movimentação de materiais.

16 novembro, 2008

Artigo: Logística e gestão da produção

Nota: Artigo do Diário do Comércio-MG, disponível no site da ABRAS - Associação Brasileira de Supermercados (http://www.abras.com.br/clipping.php?area=6&clipping=2142). Destaque para o dado a respeito da representatividade das atividades de movimentação e armazenagem no PIB nacional.

Logística é fundamental para gestão de produção

Muitas organizações só sabem que logística existe quando há problemas. O setor que responde por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, algo em torno de R$ 220 bilhões, dos quais 7% referem-se a transporte, 4% com estoque e condições de armazenagem e o restante, 1%, com despesas de instalação de almoxarifado, é bem mais que uma frota bem organizada e com manutenção em dia, mas um sistema integrado que permite que informações e produtos fluam com eficiência para atender às demandas do negócio em si e, na outra ponta, também dos consumidores finais.
Como ferramenta de gestão, a logística tem caráter preventivo, ou seja, evita que problemas que podem comprometer a produção. Na lista de possibilidades estão aqueles famosos gaps na hora de cumprir o contrato já assinado, devido a falha no contato com o fornecedor ou mesmo o risco de desabastecimento da mercadoria no ponto de venda. O diretor de Produto e Operações do Ietec e consultor empresarial, José Ignácio Villela Júnior, já observa avanços em organizações no que se refere à logística. "Grandes e médias empresas já possuem diretores e/ou gerentes de logística. Essa área é como o coração do empreendimento", apontou.
Resistência - As micro e pequenas empresas são as que ainda mais resistem a utilizar essa ferramenta de gestão que integra o fluxo de materiais adquiridos do fornecedor, passando pela linha produtiva até a destinação final do produto. Apesar da estrutura enxuta e da concentração de tarefas em poucas mãos, é interessante utilizar os recursos da logística para organizar o processo produtivo, em todas as suas fases.
Segundo o consultor, para que o consumidor encontre a mercadoria que pretende adquirir, é preciso que o sistema de logística funcione. "Desde o momento em que o cliente apresenta a sua demanda, a empresa deve confeccionar um plano de negócios para cada pedido, de acordo com a sua capacidade produtiva", lembrou. Para cumprir prazos e metas, o profissional da área vai entrar em contato com o fornecedor de materiais para que os insumos possam ser utilizados no período estipulado.
Para segmentos empresas que atuam fora da área industrial, a ferramenta pode ser utilizada para viabilizar a área de suprimentos e distribuição. "O custo de logística ainda é muito alto", ponderou. Para Villela Júnior, as organizações que têm a logística integrada ao negócio encontram formas de reduzir os gastos com a área, seja optando por trajetos mais econômicos para a distribuição ou mesmo reavaliando o modal de transporte utilizado, atendendo à demanda do mercado mas sem prejudicar o negócio propriamente dito.
Visão geral - Mais que parte da gestão empresarial, a logística também tem a sua "visão do todo", ou seja, de como o negócio está "andando". Em outras palavras, quando a ferramenta é mal utilizada, a operação é problemática. Compreender essa situação e/ou mesmo transformá-la requer capacitação. Segundo o consultor, a demanda por profissionais especializados nessa área é menor que a oferta do mercado. "Não é moda, é fundamental", enfatizou.
No entanto, há empresas que preferem apostar em "fórmula milagrosas" de gestão antes de reavaliarem a sua logística. Para o professor, a área é a última fronteira a ser vencida pela administração da empresa. Isso não significa deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Afinal, qualquer custo extra, por menor que seja, tem impacto direto na rentabilidade do negócio.
Em outras palavras, o lucro é resultado do somatório de pequenas intervenções, sendo que algumas delas são maiores que parecem. Os gestores que ainda utilizam caminhões para transportar pequenas quantidades de produtos, sem que isso seja absolutamente recomendado, podem descobrir o que uma mudança representa, quando examinarem o balancete do próximo mês.

02 novembro, 2008

Varejo: exemplo de crescimento com "sustentabilidade logística"

Há algumas semanas, a rede de varejo Magazine Luiza anunciou sua chegada a São Paulo, com a inauguração de 50 lojas numa única vez. O texto abaixo (disponível em http://www.logweb.com.br/informativo/noticia.asp?idNoticias=6604) detalha a estrutura logística montada para dar sustentação a este grande empreendimento.

Magazine Luiza adequa logística para atender as 50 novas lojas em SP
Em praticamente todos os tipos de mídia, inclusive na TV Minuto – no Metrô –, foi divulgada a chegada da rede de varejo Magazine Luiza (Fone: 11 4589.5000) a São Paulo, abrindo 50 lojas de uma só vez. Estratégias de marketing à parte, quais foram as adequações logísticas realizadas pela rede para atender a este volume de lojas? Na verdade, tudo foi muito bem planejado, pois, como visto em matéria publicada na revista Logweb de dezembro de 2007, edição 70, o Magazine Luiza inaugurou o Centro de Distribuição Bandeirantes, em Louveira, SP, já pensando nessa expansão.Na época da inauguração do CD, havia infra-estrutura para 45.000 posições palete, agora, para atender as novas lojas, evoluiu para 60.000, e tem capacidade para 70.000 posições. Sua área é de 55.000 m2 e, ainda, estão disponíveis 20.000 m2 para ampliação. “Nossa capacidade atual atende as novas lojas e a demanda das festas de final de ano, mas como pelo Projeto SP a intenção é chegar a 100 lojas no Estado até 2010, será necessária a ampliação do CD, já preparado para isso”, conta Décio Sonohara, diretor de tecnologia do Magazine Luiza.O projeto completo, de 100 lojas em São Paulo até 2010, exigiu investimentos de R$ 150 milhões, oriundos da própria empresa e de financiamentos, como com o BNDES. Os recursos foram mais aplicados na área de tecnologia. “Nós aumentamos nossas estruturas de rack e a volumetria do CD Bandeirantes, consolidamos a tecnologia pick-by-voice e automatizamos a expedição com esteiras, mais que dobrando a capacidade de expedição”, revela. Com a automação, o giro das mercadorias garante a otimização do espaço.A logística da rede é própria, mas o transporte é terceirizado, contando com aproximadamente 1.200 veículos. “Para São Paulo, incrementamos 120 novos veículos, com parceiros preparados para rápida resposta em caso do volume inaugural exigir maior estrutura”, acrescenta Sonohara. Ele conta que foram escolhidas transportadoras que conhecem a região onde vão atuar e sabem como trabalhar com cargas fracionadas para caminhões menores, em virtude das regras de trânsito em São Paulo.Além disso, o Magazine Luiza também utiliza o courier para entregas. “Experiência originada do e-commerce e que aproveitaremos para as 50 novas lojas”, declara.O CD Bandeirantes, que atende as cidades do sul de Minas Gerais, do litoral paulista e das regiões de Campinas, Sorocaba e Vale do Paraíba, além de São Paulo, é o maior e o mais moderno da rede, contando com 81 docas, 132.000 m3 de armazenagem, 1.000 posições de racks, 18 empilhadeiras elétricas, 32 transpaleteiras elétricas e 40 hidráulicas. Em tecnologia, além do pick-by-voice, evoluíram os sistemas de WMS, RFID, TMS e EDI. A rede varejista possui mais cinco CDs.