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08 maio, 2012

Técnicos e dirigentes da avicultura catarinense visitam portos para implantar tecnologia RFID em aves [Noticenter]

Técnicos e dirigentes de instituições ligadas à avicultura industrial catarinenses visitaram o porto de Navegantes, na última semana, para discutir o uso da tecnologia RFID – baseada no uso da radiofrequência – para aperfeiçoar o sistema de rastreabilidade. A visita contou com a participação de representantes da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne/SC), Secretaria da Agricultura, Ministério da Agricultura, Universidade Regional de Blumenau (Furb), Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) e outras organizações.
A tecnologia RFID funciona por meio de uma espécie de etiqueta eletrônica inteligente. A medida que a vida do animal avança, registram-se nessa etiqueta os fatos relevantes relacionados a nutrição, saúde e localização, por exemplo. Após o processamento, também é possível ter o histórico dos animais junto ao produto, incluindo as validações oficiais e respectivas certificações.
O projeto prevê três fases para entrar em uso. A primeira contempla a rastreabilidade em RFID da agroindústria ao porto e será implantada em um ano. O projeto-piloto será realizado neste segundo trimestre. As outras duas fases contemplam a rastreabilidade no campo e dentro da agroindústria, o que será implantado no segundo e terceiro anos de projeto.
Clever Pirola Ávila, presidente da Acav, realça que essa tecnologia está disponível em escala mundial e já é aplicada em várias áreas da atividade humana e empresarial.
A aplicação desses recursos no aperfeiçoamento da rastreabilidade avícola resultará de parceria entre a Fapesc, que coordenará o projeto, com apoio do Sindicarne e Acav e participação das empresas avícolas. O projeto envolve ainda outras instituições da sociedade catarinense, órgãos oficiais da Secretaria da Agricultura, a Cidasc, o Ministério da Agricultura, empresas privadas de tecnologia e centros de pesquisa ligados às universidades Furb e Ufsc. Na fase inicial haverá um piloto, que sequencialmente poderá ser aplicado para todos os interessados da cadeia produtiva.
Ávila explica que não haverá mudança na metodologia adotada, indexação por ave, por lote, ou por propriedade rural. “Não faremos alteração no conceito atual de rastreabilidade, o que faremos é um aperfeiçoamento tecnológico da rastreabilidade trazendo inovação, processos on-line, mais segurança e confiabilidade ao sistema”, esclarece.
Ricardo Gouvêa, diretor técnico da Acav, explica que investimento total das empresas no processo não é ainda conhecido, pois resultará de uma parceria com o Governo do Estado, Fapesc e agroindústrias catarinenses e os recursos serão alocados gradualmente, fase a fase.
A rastreabilidade entra no plano preventivo de controle de epizootias e zoonoses que cada Estado estruturou por exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em face da ameaça da gripe aviária. “Com a rastreabilidade on-line podemos continuar com nossos processos de avanços no âmbito da saúde animal de forma mais objetiva e dando as devidas prioridades”, afirma Ávila.

Fonte: Noticenter; disponível em http://www.noticenter.com.br/noticia/?COD_NOTICIA=17050&COD_CADERNO=22 ; acesso em 08/05/2012.

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