Um novo
documento técnico (white paper) divulgado pela DHL, líder mundial em logística,
armazenagem e distribuição, ressalta a importância de um correto balanceamento
entre a demanda por redução de custos e eficiência com a necessidade de
segmentação e agilidade no desenho das cadeias de suprimentos. Com a
complexidade e tamanho do comércio internacional, produtores e distribuidores
precisam de muitos canais de distribuição para atender mercados com diferentes
perfis. Ao mesmo tempo, devem também evitar redundâncias na forma com que
enviam, armazenam e entregam seus produtos. Ficando assim a pergunta: devemos
ter mais ou menos cadeias de suprimentos?
Embora um
aparente paradoxo, o documento técnico sustenta que a resposta correta é ambos.
Para empresas que buscam um balanceamento equilibrado entre custo e qualidade
do serviço, o desafio está na definição de quando se divide uma cadeia
logística com base em demandas diferentes da produção e dos consumidores ou
quando se capturam eficiências por meio da combinação de cadeias logísticas
cujos produtos são destinados aos mesmos mercados.
Uma
grande indústria ou manufatura pode se ver gerenciando muitas cadeias
logísticas devido a períodos de crescimento, aquisições de outras empresas ou
devido à própria estrutura excessivamente compartimentada da organização. Este
foi o dilema de um grande grupo de TI que, ao realizar uma fusão de US$ 25
bilhões, teve que estudar como reorganizar um conjunto de 25 cadeias logísticas
independentes.
Muitas dessas cadeias estavam divididas de acordo com linhas de
produtos, indicando que a empresa gerenciava múltiplos canais para itens que
acabavam sendo entregues, muitas vezes, nos mesmos locais. Logo, havia uma
oportunidade de redesenho das cadeias em toda a rede global, assim como um
aprimoramento do serviço. No final, a empresa optou por reduzir o número de
cadeias logísticas para apenas 5 – dentre outros aprimoramentos –, com base em
uma avaliação que combinou as características dos produtos e demandas dos
clientes.
Este é um exemplo de como simplificar múltiplas cadeias de
suprimentos e de como derrubar muros entre famílias de produtos pode trazer
benefícios para os negócios. Quando avaliado o desenho de cadeias logísticas,
há uma grande oportunidade de se obter ganhos ao migrar de uma abordagem que
busca ‘diferenças’ nas cadeias logísticas para uma visão que busca
‘similaridades’. No entanto, mais recentemente, produtores e distribuidores
globais também começaram a perceber os benefícios de se criar mais cadeias de
suprimentos – desta vez pelos motivos certos.
Esse conceito passou a ser conhecido como segmentação de cadeia
de suprimento, que pode ser baseada em características relativas à produção ou
movimentação dos produtos. Por exemplo, se determinada área ou setor responde
por 80% do faturamento da empresa, talvez ela mereça um tratamento diferenciado
no desenho da cadeia de suprimentos. Essa decisão, porém, se torna cada vez
mais difícil com o advento do omnichanel [não há diferença entre loja física e virtual] que acaba por misturar ou integrar os
diferentes canais de consumo.
Frente a este cenário desafiador, determinar o balanço correto
entre integração e segmentação de cadeias de suprimentos é um exercício diário
e contínuo dos operadores logísticos. [Assessoria de Imprensa]
Fonte: Cargo News; disponível em http://www.cargonews.com.br/quantas-cadeias-de-suprimentos-realmente-precisamos/; acesso em 09/10/2016.
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