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16 novembro, 2008

Artigo: Logística e gestão da produção

Nota: Artigo do Diário do Comércio-MG, disponível no site da ABRAS - Associação Brasileira de Supermercados (http://www.abras.com.br/clipping.php?area=6&clipping=2142). Destaque para o dado a respeito da representatividade das atividades de movimentação e armazenagem no PIB nacional.

Logística é fundamental para gestão de produção

Muitas organizações só sabem que logística existe quando há problemas. O setor que responde por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, algo em torno de R$ 220 bilhões, dos quais 7% referem-se a transporte, 4% com estoque e condições de armazenagem e o restante, 1%, com despesas de instalação de almoxarifado, é bem mais que uma frota bem organizada e com manutenção em dia, mas um sistema integrado que permite que informações e produtos fluam com eficiência para atender às demandas do negócio em si e, na outra ponta, também dos consumidores finais.
Como ferramenta de gestão, a logística tem caráter preventivo, ou seja, evita que problemas que podem comprometer a produção. Na lista de possibilidades estão aqueles famosos gaps na hora de cumprir o contrato já assinado, devido a falha no contato com o fornecedor ou mesmo o risco de desabastecimento da mercadoria no ponto de venda. O diretor de Produto e Operações do Ietec e consultor empresarial, José Ignácio Villela Júnior, já observa avanços em organizações no que se refere à logística. "Grandes e médias empresas já possuem diretores e/ou gerentes de logística. Essa área é como o coração do empreendimento", apontou.
Resistência - As micro e pequenas empresas são as que ainda mais resistem a utilizar essa ferramenta de gestão que integra o fluxo de materiais adquiridos do fornecedor, passando pela linha produtiva até a destinação final do produto. Apesar da estrutura enxuta e da concentração de tarefas em poucas mãos, é interessante utilizar os recursos da logística para organizar o processo produtivo, em todas as suas fases.
Segundo o consultor, para que o consumidor encontre a mercadoria que pretende adquirir, é preciso que o sistema de logística funcione. "Desde o momento em que o cliente apresenta a sua demanda, a empresa deve confeccionar um plano de negócios para cada pedido, de acordo com a sua capacidade produtiva", lembrou. Para cumprir prazos e metas, o profissional da área vai entrar em contato com o fornecedor de materiais para que os insumos possam ser utilizados no período estipulado.
Para segmentos empresas que atuam fora da área industrial, a ferramenta pode ser utilizada para viabilizar a área de suprimentos e distribuição. "O custo de logística ainda é muito alto", ponderou. Para Villela Júnior, as organizações que têm a logística integrada ao negócio encontram formas de reduzir os gastos com a área, seja optando por trajetos mais econômicos para a distribuição ou mesmo reavaliando o modal de transporte utilizado, atendendo à demanda do mercado mas sem prejudicar o negócio propriamente dito.
Visão geral - Mais que parte da gestão empresarial, a logística também tem a sua "visão do todo", ou seja, de como o negócio está "andando". Em outras palavras, quando a ferramenta é mal utilizada, a operação é problemática. Compreender essa situação e/ou mesmo transformá-la requer capacitação. Segundo o consultor, a demanda por profissionais especializados nessa área é menor que a oferta do mercado. "Não é moda, é fundamental", enfatizou.
No entanto, há empresas que preferem apostar em "fórmula milagrosas" de gestão antes de reavaliarem a sua logística. Para o professor, a área é a última fronteira a ser vencida pela administração da empresa. Isso não significa deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Afinal, qualquer custo extra, por menor que seja, tem impacto direto na rentabilidade do negócio.
Em outras palavras, o lucro é resultado do somatório de pequenas intervenções, sendo que algumas delas são maiores que parecem. Os gestores que ainda utilizam caminhões para transportar pequenas quantidades de produtos, sem que isso seja absolutamente recomendado, podem descobrir o que uma mudança representa, quando examinarem o balancete do próximo mês.

02 novembro, 2008

Varejo: exemplo de crescimento com "sustentabilidade logística"

Há algumas semanas, a rede de varejo Magazine Luiza anunciou sua chegada a São Paulo, com a inauguração de 50 lojas numa única vez. O texto abaixo (disponível em http://www.logweb.com.br/informativo/noticia.asp?idNoticias=6604) detalha a estrutura logística montada para dar sustentação a este grande empreendimento.

Magazine Luiza adequa logística para atender as 50 novas lojas em SP
Em praticamente todos os tipos de mídia, inclusive na TV Minuto – no Metrô –, foi divulgada a chegada da rede de varejo Magazine Luiza (Fone: 11 4589.5000) a São Paulo, abrindo 50 lojas de uma só vez. Estratégias de marketing à parte, quais foram as adequações logísticas realizadas pela rede para atender a este volume de lojas? Na verdade, tudo foi muito bem planejado, pois, como visto em matéria publicada na revista Logweb de dezembro de 2007, edição 70, o Magazine Luiza inaugurou o Centro de Distribuição Bandeirantes, em Louveira, SP, já pensando nessa expansão.Na época da inauguração do CD, havia infra-estrutura para 45.000 posições palete, agora, para atender as novas lojas, evoluiu para 60.000, e tem capacidade para 70.000 posições. Sua área é de 55.000 m2 e, ainda, estão disponíveis 20.000 m2 para ampliação. “Nossa capacidade atual atende as novas lojas e a demanda das festas de final de ano, mas como pelo Projeto SP a intenção é chegar a 100 lojas no Estado até 2010, será necessária a ampliação do CD, já preparado para isso”, conta Décio Sonohara, diretor de tecnologia do Magazine Luiza.O projeto completo, de 100 lojas em São Paulo até 2010, exigiu investimentos de R$ 150 milhões, oriundos da própria empresa e de financiamentos, como com o BNDES. Os recursos foram mais aplicados na área de tecnologia. “Nós aumentamos nossas estruturas de rack e a volumetria do CD Bandeirantes, consolidamos a tecnologia pick-by-voice e automatizamos a expedição com esteiras, mais que dobrando a capacidade de expedição”, revela. Com a automação, o giro das mercadorias garante a otimização do espaço.A logística da rede é própria, mas o transporte é terceirizado, contando com aproximadamente 1.200 veículos. “Para São Paulo, incrementamos 120 novos veículos, com parceiros preparados para rápida resposta em caso do volume inaugural exigir maior estrutura”, acrescenta Sonohara. Ele conta que foram escolhidas transportadoras que conhecem a região onde vão atuar e sabem como trabalhar com cargas fracionadas para caminhões menores, em virtude das regras de trânsito em São Paulo.Além disso, o Magazine Luiza também utiliza o courier para entregas. “Experiência originada do e-commerce e que aproveitaremos para as 50 novas lojas”, declara.O CD Bandeirantes, que atende as cidades do sul de Minas Gerais, do litoral paulista e das regiões de Campinas, Sorocaba e Vale do Paraíba, além de São Paulo, é o maior e o mais moderno da rede, contando com 81 docas, 132.000 m3 de armazenagem, 1.000 posições de racks, 18 empilhadeiras elétricas, 32 transpaleteiras elétricas e 40 hidráulicas. Em tecnologia, além do pick-by-voice, evoluíram os sistemas de WMS, RFID, TMS e EDI. A rede varejista possui mais cinco CDs.

27 setembro, 2008

Identificação por radiofrequência - outras aplicações

Segue notícia publicada pela Agência Estado e disponível no site Paraná Online ( http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/324634/ - acesso em 27/09/2008). Trata-se de mais uma aplicação da Tecnologia de Identificação por Radiofrequência (RFID - Radio Frequency Identification). Uma demonstração de que a utilização de tal tecnologia não restringe-se apenas aos sistemas de armazenagem.

Brasil lança chip de rastreabilidade bovina 100% nacional - Agência Estado
O Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), apresentou esta semana o primeiro chip 100% brasileiro para rastreabilidade bovina. Segundo o ministério, o aparelho foi desenvolvido pelo Ceitec com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pretende consolidar o Brasil como maior exportador mundial de carne bovina. Este ano o país chegou a ter o produto embargado pela União Européia por falhas no sistema de rastreabilidade.
A identificação eletrônica possibilita o acompanhamento de informações genéticas, zootécnicas e sanitárias de cada animal, desde o nascimento até o abate. O chip nacional deve ter o preço como grande diferencial aos pecuaristas, na medida em que eliminará o pagamento da validação no exterior e de royalties.
Dados do Ministério da Agricultura contabilizam em aproximadamente 210 milhões de cabeças o rebanho bovino nacional considerado o maior do mundo. As exportações do setor chegam a R$ 2,5 bilhões. A nova tecnologia pode contribuir para que a credibilidade e competitividade do produto brasileiro aumentem e conseqüentemente, as vendas externas também.
O ministério estima ainda que, até o início do próximo ano os primeiros chips já estejam no mercado. Este é o primeiro dispositivo de uma linha completa de produtos de rastreabilidade animal chamados de ATD (Animal Tracking Device). Posteriormente, deverão ser desenvolvidos também chips para as cadeias de suínos e aves. A capacitade de fabricação da Ceitec, localizada em Porto Alegre, é de um milhão de chips por ano.

13 setembro, 2008

As restrições à circulação de veículos e seus impactos na armazenagem

No final de junho passou a vigorar decreto lei do prefeito de São Paulo, que restringe a circulação de caminhões pesados na chamada zona de máxima restrição de circulação (ZMRC) em determinados dias e horários. Ainda, os caminhões (VUC – veículos urbanos de carga) serão submetidos a rodízio, onde as placas pares só poderão circular nos dias pares e as placas ímpares nos dias ímpares. Estas medidas visam melhorar o fluxo do trânsito em até 17%, segundo a CET – Companhia de Engenharia de Trânsito do município.
Em outras grandes cidades do Brasil, o panorama é similar, e medidas como essas poderão ser adotadas em breve (dados da Revista Distribuição – julho/2008).
Facilmente, percebe-se que tais restrições terão impacto significativo nas atividades de distribuição, sendo que os atores do setor terão de ajustar seus processos a fim de adequarem-se às novas regras.
Cabe aqui uma ressalva, pois esse impacto não será somente na entrega propriamente dita. Além do trânsito dos veículos, as atividades de armazenagem e movimentação interna também terão que ser revistas.
Vejamos, considerando que os horários para as entregas sejam alterados, possivelmente os turnos de operação de depósito (equipes de recebimento, conferência, armazenagem, separação, expedição e apoio) acompanharão tais mudanças. Caso a operação passe a ser realizada no período noturno, o planejamento da segurança patrimonial também deve ser revisado.
Talvez, a simples modificação nos horários de operação não sejam suficientes para viabilizar a operação, podendo ser necessárias alterações na estrutura de depósito, como aumento na capacidade de armazenagem, pois redução na freqüência de entrega tende a exigir maior espaço de armazenagem (inverso do just-in-time).
Este cenário nos indica o seguinte: mais uma vez, embora aumentem as restrições para o desenvolvimento de suas atividades, caberá ao profissional de logística (através do planejamento e controle de operações) a tarefa de manter o nível de serviço esperado pelos clientes, entregando o produto certo, no momento certo, ao custo adequado.

26 agosto, 2008

Logística e terceirização

Há alguns anos, a terceirização das atividades logísticas faz parte dos planos de organizações dos mais diferentes setores da economia. Seja no motoboy que entrega gás em domicílio, ou no caminhão que abastece a linha de produção de um grande cliente, são inúmeras as aplicações do conceito de terceirização em logística. Transporte, armazenagem, movimentação, gestão de estoques, entre outros. Em 2005 apresentei minha dissertação de mestrado com o título "Modelo de Avaliação do Desempenho Logístico de Operadores Logísticos", onde estudei a rápida e significativa expansão deste mercado.
Em 11 de agosto de 2008, a Gazeta Mercantil publicou matéria referente aos números da tercerização no Brasil. Segundo dados do COPPEAD, "as maiores empresas do Brasil mantêm um índice de terceirização de serviços de logística - sejam nas atividades inboud ou outbound - semelhante ao dos Estados Unidos e Europa, na casa dos 91%, principalmente no que diz respeito ao item transporte. Em 81% dos casos, o objetivo dessa opção é a redução dos custos. No entanto, apenas 57% delas têm alcançado a meta, com uma economia média de 13%. Estes e outros dados, levantados junto a 115 empresas dentre as de maior faturamento no País em 19 setores da economia, foram colhidos entre março e maio pelo Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro e apresentados no XIV Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro".
Percebe-se que o tema "terceirização" continua nos planos das empresas, porém, quando o objetivo é a redução de custos, ainda há um caminho a ser trilhado e a participação do profissional de logística é fundamental no alcance das metas. Porém, cabe lembrar que nem sempre a terceirização trará como resultado tal redução. Cita-se por exemplo, o caso de empresas que visam melhorar o nível de serviço, onde o fator redução de custos não é o objetivo principal (a tendência natural é de que o maior nível de serviço reflete em custos maiores).

09 agosto, 2008

A logística e o crescimento de empresas atacadistas distribuidoras

O atacado distribuidor tem participação significativa na distribuição de bens de consumo no mercado brasileiro, movimentando grandes volumes a longas distâncias, atendendo as áreas mais longínquas de nosso território. Neste cenário, observa-se que as atividades logísticas têm grande participação nas operações das empresas deste setor da economia. Há alguns anos, estas empresas perceberam a importância da logística para os seus negócios e percebe-se, cada vez mais, sua preocupação em aprimorar seus processos, investindo em recursos tecnológicos e humanos na busca pela melhor relação custos x tempos x qualidade.
A edição de junho de 2008 da Revista Distribuição (www.revistadistribuicao.com.br), publicação especializada no setor do atacado distribuidor, trouxe uma reportagem especial com 20 empresas selecionadas entre as que apresentaram os maiores índices de crescimento em 2007 e com faturamento anual superior a R$100 milhões no mesmo ano.
Verificamos que 12 das 20 empresas listadas (60% da amostra), citaram a logística como uma das “ferramentas” utilizadas para alcançar de forma sustentável tal crescimento. Foram listadas diferentes ações: aumento de frota e de área de armazenagem, abertura ou alteração na infra-estrutura de centro de distribuição, investimentos em tecnologia da informação, entre outras.
Vemos aqui que, assim como em outros setores da economia, as empresas do setor identificaram a logística como fonte de vantagem competitiva, dando a esta a devida importância para o desempenho de suas atividades empresariais gerando investimentos em equipamentos, tecnologia da informação e capacitação, tendo como resultado o crescimento e a manutenção de suas operações.

27 julho, 2008

Norma Brasileira para Armazenagem (ABNT)

Abaixo, matéria disponível no site da ABML a respeito da criação da NBR15.524, primeira norma brasileira de sistemas de armazenagem.

'A Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML) conseguiu junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a criação da primeira norma brasileira de sistemas de armazenagem, a NBR 15.524, que define parâmetros para o uso de estruturas porta-paletes, que representam 70% dos projetos de logística e distribuição existentes no mercado. "A ABML tinha um manual de boas práticas sobre o tema e em fevereiro de 2006 pediu à ABNT que ele fosse o ponto de partida para criação de uma norma para sistemas de armazenagem", conta Márcio Frugiuele, presidente da entidade de logística. "Foram quase dois anos de trabalho entre empresas fabricantes, especialistas e a ABNT. Demos um passo muito importante, pois o Brasil, apesar de praticar de forma geral uma logística de ponta, não tinha uma norma para sistemas de armazenagem. Agora, fabricantes e usuários sabem exatamente como e o que devem fazer, já que são partes igualmente responsáveis - o fabricante porque fez, o usuário porque tem de saber como usar". Robson Abade, Gerente de Projetos da divisão de sistemas de armazenagem da Fiel S/A, participou da criação da norma desde que o Departamento de Movimentação e Armazenagem da ABML, do qual é conselheiro, gerou em 2002 o manual de boas práticas que serviu de guia para o trabalho de normatização. "A norma fornece orientação de projeto, cálculo, montagem e utilização das estruturas porta-paletes. Ela orienta também o usuário com relação ao carregamento de cargas no porta palete, a forma de operação do sistema e a sua manutenção, que é responsabilidade de quem usa. Apesar de não ser obrigatório o seu uso, ela acabará se impondo, pois em casos de acidentes, por exemplo, quem não a seguiu ficará claramente afetado em pendências jurídicas". O consultor e perito judicial Edmur Joaquim Meneghesso Lino, com mais de 30 anos de experiência na área, também participou da elaboração da NBR 15.524. Para ele, o grau de desenvolvimento tecnológico de um país pode ser avaliado pela quantidade de normas técnicas que possui. "Elas são de grande valia, principalmente para quem não é especialista, não dispõe de tempo para se aprofundar no assunto, mas necessita buscar orientações corretas, objetivas e critérios seguros para realizar suas atividades, preservando a integridade e segurança física dos usuários e do equipamento", afirma. Lucas Pasquali, engenheiro civil e responsável pelo setor de cálculo estrutural e desenvolvimento de produtos da Bertolini S/A, diz que é de extrema importância a criação da primeira norma brasileira de armazenagem, e se orgulha de participar dessa conquista. "O esforço conjunto entre ABML, ABNT, fabricantes e usuários servirá para estabelecer padrões mínimos de segurança, criar e esclarecer regras e guiar o desenvolvimento do setor de armazenagem no Brasil", confia.
Outros fabricantes participaram dos estudos que levaram à criação da NBR 15.524, entre eles Esmena e Altamira. Fábia Helena Pereira, da Associação Brasileira de Movimentação e Logística, foi o contato entre todas as partes envolvidas no processo de normatização. O próximo passo será a criação de norma para porta-paletes de tráfego interno, conhecido como "Drive-in", sistema de armazenagem em que a empilhadeira entra em um corredor com estruturas porta-paletes dos dois lados.
A norma custa R$ 125,00 e pode ser comprada na ABML.'

18 maio, 2008

Cursos on-line - Next Generation Center


O Next Generation Center é um centro de atualização on-line (apresentado pela Intel Corporation), que oferece cursos gratuitos em áreas relacionadas a TI (Tecnologia da Informação). O seu conteúdo é disponibilizado através do site http://www.nextg.com.br/v2/web/index.php. Dentre os cursos oferecidos, destacamos o "Supply Chain Management", onde são apresentados os conceitos do SCM, seus objetivos, tecnologias afins e os resultados obtidos por empresas que planejaram e implantaram tais conceitos em suas operações. Trata-se de uma visão rápida, mas muito interessante sobre este tema. (Créditos: Foto disponível em http://www.dreamstime.com/)

01 maio, 2008

Norma Regulamentadora - Movimentação e Armazenagem

No projeto e operação de um sistema de armazenagem e movimentação de materiais, diferentes fatores devem ser considerados. Entre estes, estão as Normas Regulamentadoras, também conhecidas simplesmente como NR. As Normas Regulamentadoras, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Ou seja, em locais onde houver o exercício de qualquer atividade, devem ser observadas as disposições destas normas. Especificamente para a armazenagem e movimentação, existe a NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. Nesta são abordadas a utilização e o projeto de elevadores de cargas, empilhadeiras, armazenamento de materiais, entre outros. Cabe aos profissionais da área de logística ter conhecimento sobre esta NR, levando em consideração suas determinações no projeto ou operação de depósitos e centros de distribuição. Esta NR, assim como as demais, podem ser acessadas através do site do Ministério do Trabalho e Emprego no http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras.

12 abril, 2008

Gerenciamento de Projetos - Link

O profissional de logística encontra-se, com frequência, envolvido com projetos. Seja em projetos simples (melhoria nos fluxos internos de um depósito, por exemplo) ou complexos (implantação de um novo centro de distribuição), recomenda-se que a gestão destes "empreendimentos" seja devidamente planejada e estruturada afim de atingir os objetivos do projeto, respeitando os prazos e os custos pré-definidos. Assim, fica aqui a sugestão de que o profissional busque conhecer as ferramentas e metodologias utilizadas no Gerenciamento de Projetos (GP), principalmente aquelas difundidas pelo PMI (Project Management Institute). Neste contexto, incluí no blog um link para o site da TenStep Brasil, organização voltada ao desenvolvimento, distribuição e implantação de metodologias empresariais, treinamentos e consultoria em gerenciamento de projetos. Sugiro uma visita, pois há boas dicas para quem pretende conhecer um pouco mais sobre o tema "Gerenciamento de projetos".

14 janeiro, 2008

Notícia: Centro de distribuição ajuda a reduzir prazos

Notícia publicada pelo Jornal Valor Econômico.

SÃO PAULO - Um dos problemas enfrentados pelas empresas brasileiras para vender no Oriente Médio é a distância, que alonga os prazos de entrega.Depois de fechado o negócio, o produto brasileiro pode demorar de 45 a 60 dias para chegar a Dubai, o que reduz a competitividade.Para ajudar as pequenas e médias empresas, a Agência de Promoção de Exportações (Apex) mantém um pequeno centro de distribuição na Zona Franca de Jebel Ali (Jafza), a menos de 15 minutos de Dubai. Inaugurado em abril e com capacidade para 60 empresas, o armazém está vazio.Fabiana Giuntini Giffoni, gerente de operações do centro, afirma que a primeira carga deve chegar em dezembro. Segundo ela, três empresas dos setores de autopeças, pedras ornamentais e equipamentos odontológicos estão no meio do processo para conseguirem suas licenças para se instalar na Jafza.O aluguel dos 556 metros quadrados do depósito custa US$ 60 mil por ano aos cofres públicos, mais o pagamento de um licença de operação de US$ 30 mil ao ano. O governo decidiu abrir o centro de distribuição para garantir um espaço na Zona Franca de Jebel Ali, que está completamente lotada.De acordo com Ahmed Al Haidan, coordenador de vendas da Jafza para Américas e África, existem hoje 7 mil empresas de 120 países na Jafza. No ano passado, o volume de comércio movimentado pela Zona Franca chegou a US$ 37 bilhões. Muitas empresas a utilizam como entreposto para enviar seus produtos a outros países do Oriente Médio e até da Ásia.Apenas três empresas brasileiras estão estabelecidas em Jebel Ali e todas estão por conta própria. Para as pequenas e médias empresas, a utilização do centro de distribuição do governo reduz os custos de obtenção de licenças, instalação de escritório (algumas salas podem ser utilizadas em sistema de rodízio) e armazenamento. Em 2008, a Apex também pretende oferecer outros serviços como a busca de parceiros comerciais.Durante a visita da missão de empresários brasileiros a Jebel Ali, duas companhias demonstram interesse em utilizar o centro e marcaram reuniões com o governo para avaliar os custos. "O suporte do governo é essencial. Já cotei e o custo é proibitivo. Se o subsídio for parecido com o que existe em Miami, vale a pena", diz Sérgio Teizen, gerente regional de vendas da Starrett, que fabrica ferramentas.A Brazilian Gypsum, consórcio de 23 empresas de Pernambuco fabricante de gesso, utiliza o centro de distribuição da Apex em Miami desde 2000. Segundo Hidelberto Pereira Alencar, diretor, a empresa pretende sair do armazém no próximo ano, porque seus negócios cresceram. A Braziliam Gypsum começou exportando dois contêineres por mês e atualmente chegou a 15. "Como pretendemos estabelecer um escritório em Dubai, a melhor alternativa é utilizar o centro de distribuição", diz. Além de Miami e Dubai, o governo também possui centros de distribuição em Varsóvia, Frankfurt e Lisboa.

13 janeiro, 2008

Notícia: Correios trocam renda de cartas por envio de encomendas

Segue matérida publicada no jornal O Estado de São Paulo, em dezembro de 2007. Nesta, verifica-se mais uma mudança nos costumes da população gerada pelo desenvolvimento da tecnologia.
Neste Natal, os correios de todo o mundo não contarão com um grande volume de cartas internacionais para garantir a renda do final do ano. Isso porque, com a proliferação do uso da Internet, os correios estão sofrendo uma queda acentuada no número de cartas enviadas. Mas, ao contrário do que os mais pessimistas previam, os correios não estão desaparecendo e continuarão lucrando nesse período de festas em praticamente todo o mundo. O motivo é o envio de pacotes e mesmo de dinheiro entre famílias. Hoje, apenas 50% das atividades dos correios tem alguma relação com cartas.Dados divulgados na terça-feira última pela União Postal Universal (UPU) apontam que o volume de cartas enviadas entre países vem sofrendo uma queda de quase 6% ao ano desde 2000. Entre 2005 e 2006, a queda foi de 2% e, na Europa, a redução chegou a 3,3%.A única região do mundo que ainda registra um crescimento no número de cartas enviadas entre países é a América Latina, com um crescimento de 8% entre 2005 e 2006. No total, 439,1 bilhões de cartas circularam no mundo no ano passado.Mas o número de agências de correios também vem sofrendo uma queda constante nos últimos anos. Na América Latina, a queda em 2006 chegou a 7%, com um total de 34,6 mil agências. Nos países ricos, o número de correios chega a 173 mil, uma queda de 0,5% em relação a 2005.ReceitaApesar da queda mundial do volume de cartas, a receita dos correios conseguiu ser mantida e até aumentada. Segundo Paul Donohoe, administrador do programa de comércio eletrônico da UPU, isso estaria ocorrendo graças ao aumento sem precedentes de entregas de pacotes, principalmente de produtos comprados na Internet. "Alguém ainda precisa fazer as entregas de natal dos produtos adquiridos eletronicamente", afirmou Donohoe.Segundo a UPU, a próxima semana deve registrar o maior volume de compras na Internet já ocorrido desde a criação da rede mundial de computadores. Apenas no dia 6 de dezembro, a UPU contabilizou mais de US$ 804 milhões em compras na rede, um recorde.Como um sinal dos tempos, a UPU, uma das organizações internacionais mais antigas, acaba de ganhar um novo vizinho. Ao lado de sua sede na cidade suíça de Berna, a Ebay acaba de abrir seu quartel-geral para coordenar a entrega de produtos em todo o mundo.Segundo a UPU, as novas tecnologias e a redução no número de envio de cartas está transformando o perfil dos serviços postais. Hoje, apenas 52% das atividades dos correios está ligada à entrega de cartas. O restante são serviços de entregas de pacotes e remessas de dinheiro de imigrantes.