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27 setembro, 2010

Brasil enfrenta gargalo com mão de obra [Portal Webtranspo]

Se a economia brasileira vai muito bem, conforme afirmou Octavio de Barros, economista-chefe do Brasdesco, com perspectivas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) na casa dos 4% nos próximos anos – neste ano a margem é de 7.2%, e o cenário proporciona certa tranquilidade a vários setores de negócios, há outros pontos que preocupam o crescimento do País.
Osias Galantine, Diretor de Compras da Fiat Automóveis, Edgar Pezzo, da General Motors, e José Manoel Fernandes, da ArvinMeritor, apontaram a escassez da mão de obra qualificada e a logística como principais gargalos a serem solucionados no País.
Para Galantine, isso gera uma deficiência no processo de produção, o que inevitavelmente eleva os custos. “Comparado com EUA e Europa, o custo de produção (brasileiro) é muito maior”, diz.
Segundo ele, “o investimento para melhorar essa qualidade é escasso – em pessoas, equipamentos e em meios de produção. O acesso à tecnologia não é o problema, mas sim o investimento em modernidade”, afirma ao pontuar, porém, que “a deficiência no processo de produção existe, mas não é generalizada, “algumas empresas já fizeram a lição de casa”, observa.
Reunidos no “Simpósio Tendências e Inovação na Indústria Automobilística”, realizado pela SAE Brasil nesta segunda-feira, 30 [de agosto], os executivos foram enfáticos ao afirmar que a logística precisa ser pensada em sua amplitude.
Para Pezzo, a logística interna precisa de atenção especial. E, segundo ele, “na cadeia como um todo, a capacidade não é tão preocupante, mas sim a qualidade”. “A qualidade existe, mas não nos níveis que queremos. E a grande preocupação é que isso possa nos levar a perder clientes”, comenta.
“Hoje temos um custo logístico 25% maior que os EUA”, observa Galantine. “Falta investimento maciço em infraestrutura, e isso é mais um fator de competitividade”, problematiza o executivo.
Um dos principais desafios no setor apontados pelo executivo da Fiat é em relação à entrega no prazo. Para ele, o problema é generalizado em todos os modais.
Pezzo ressalta que a logística tem um peso muito grande nos negócios da indústria e, ineficiente, acarreta em perda de dinheiro ou retardo nos ganhos. “Não sei se o apagão logístico vai acontecer, mas o que já está acontecendo é o alto custo, que precisa ser reduzido sem comprometer as operações”, salienta.
Fernandes, representante da ArvinMeritor, diz que apesar do problema ser evidente, e ressalta a questão do valor, da condição das estradas e a burocracia nos portos - “às vezes tem uma fila de 100 navios para atracar em Santos”, o Brasil tem chance de superar os gargalos.
Para Galantine, a grande questão é pensar no futuro, mesmo que distante. “No Chile, as estradas passam por cidades muito pequenas. Ao questionar por que, soube que no futuro elas serão necessárias pelo desenvolvimento da região. É isso que o Brasil precisa, se planejar a longo prazo”. Da mesma forma que Fernandes, o executivo da Fiat, observou que “os problemas são complexos, mas há a perspectiva de melhora”.

Fonte: Portal Webtranspo; disponível em http://www.webtranspo.com.br/infra/19459-mao-de-obra-e-logistica-gargalos-do-br ; acesso em 05/09/2010.

20 setembro, 2010

Logística ameaça crescimento do comércio eletrônico [Portal G1]

O forte crescimento do comércio eletrônico no País passou de motivo de comemoração das lojas virtuais brasileiras a foco de preocupações dos empresários. O modelo de negócios, extremamente dependente da logística, se esforça para driblar a falta de preparação das transportadoras para atender o aumento da demanda e pode enfrentar problemas no Natal, época em que as compras batem recordes.
A avaliação é do gerente-geral de operações e e-commerce do Magazine Luiza, Ronaldo Magalhães. "O Brasil não está preparado para atender a demanda. Nossa logística não está preparada", afirmou ontem em congresso promovido pela Associação Nacional de Jornais, no Rio. Segundo Magalhães, a maioria das transportadoras é pequena e ainda pouco profissionalizada.
Para o professor do Ibmec-RJ Ruy Quintaes, o problema ocorre porque o setor de transporte de cargas é pouco atrativo no Brasil. "Não é incompetência nem falta de vontade de investir. Mas as transportadoras enfrentam problemas de violência e de infraestrutura." O problema, afirma, ocorre tanto em estradas como aeroportos. "O governo tem aplicado poucos recursos nessa área, desestimulando o investimento das empresas", diz. A falta de segurança e a infraestrutura deficiente trazem outro entrave, o alto preço dos seguros, avalia Quintaes. "No Natal, haverá um problema muito grave", declarou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Portal G1; disponível em http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/08/logistica-ameaca-crescimento-do-comercio-eletronico.html ; acesso em 05/09/2010.

15 setembro, 2010

Indústria de embalagens deve produzir o equivalente a R$ 40 bilhões em 2010 [Portal Newtrade]

A ABRE, Associação Brasileira de Embalagem, divulgou o balanço do setor de embalagens do primeiro semestre de 2010. O estudo foi comandado pelo coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros.
Os dados apresentados mostram que a produção física de embalagem cresceu 16,29% no primeiro semestre de 2010, em relação a igual período de 2009. Para o ano de 2010 a previsão é de crescimento superior a 10%.
Em valor, estima-se que os fabricantes nacionais de embalagem deverão produzir o equivalente a 40 bilhões de reais em 2010. A indústria de embalagem produziu no segundo trimestre de 2010 um volume 6% superior ao fabricado no segundo trimestre de 2008, período imediatamente anterior à crise.

Produção física por setor
A indústria de embalagem de madeira obteve o melhor desempenho em produção física (aumento de 24,63%), seguida pela indústria de embalagens de metal (aumento de 23,90 %), e plástico (aumento de 16,27%).
Quanto ao nível de emprego, a indústria absorveu 14.943 postos entre junho de 2009 e junho de 2010, contra redução de 5.820 postos entre junho de 2008 e junho de 2009.
A indústria que mais contratou foi a metálica com variação de 9,64% de junho de 2009 a junho de 2010, seguida pala indústria de madeira e de plástico empatadas com 9,14%.
No primeiro semestre de 2010 as exportações diretas do setor de embalagem tiveram faturamento de 159.599 mil dólares, o que representa um acréscimo de 15,67% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já as importações de embalagens vazias tiveram um acréscimo de 56,97% com faturamento de 319.972 mil dólares.

Fonte: Portal Newtrade; disponível em http://www.newtrade.com.br/noticia_interna.php?id=1086 ; acesso em 12/09/2010.

12 setembro, 2010

Crescimento agrícola expõe fragilidades [Portal Webtranspo]

O setor de agronegócio brasileiro vive um momento histórico. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que esta atividade foi a que mais cresceu no País no segundo trimestre deste ano.
De acordo com o instituto, no acumulado, os valores correntes da atividade atingiram R$ 54,2 bilhões. Com isso, o PIB (Produto Interno Bruto) do setor registrou uma expansão de 1,6% frente ao mesmo período do ano passado.
Para se ter uma ideia, apenas o setor de cana deaçúcar estima uma produção 7,8% superior neste ano em relação ao volume registrado em 2009, atingindo a marca de 651,51 milhões de toneladas.
Outro número astronômico é registrado na safra de grãos. De acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira, 9, pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a atual colheita de grãos atingiu o nível recorde de 148,99 milhões de toneladas, um incremento de 10,3% sobre a safra anterior.
Entretanto, se por um lado o cenário não poderia ser melhor, por outro, os protagonistas deste importante momento para a economia do País vivem preocupados com o escoamento da produção.
De acordo com um levantamento da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), a falta de alternativas para escoar a produção brasileira provocou a explosão dos custos logísticos no agronegócio.
Segundo a análise recém divulgada, de 2003 a 2009, os gastos com transporte saltaram, em média, 147% enquanto a inflação subiu 48%. Nos Estados Unidos e na Argentina, importantes concorrentes do País, o avanço foi de 16% e 35%, respectivamente.
Este aumento no custo se deve a inúmeros fatores, como problemas de infraestrutura e também ao fato do agronegócio avançar fortemente para áreas mais afastadas do País. “As vias de acesso às áreas de produção estão em péssimo estado, principalmente no Centro-Oeste e no Norte no País. Uma viagem que poderia ser feita em apenas um dia está demorando dois, ou até mesmo três, para ser concluída devido as más condições das estradas”, destaca Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Estudos Logísticos da Fundação Dom Cabral.
O especialista explica que esta questão afeta, e muito, a competitividade dos produtos brasileiros diante de outros países. “O custo do frete acaba indo para o preço final do produto. E isso aumenta o custo logístico e reduz o potencial dos produtos brasileiros”, afirma.
Para se ter uma ideia do peso do frete para os produtores, de Sorriso, no Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, até o porto de Santos (SP) são 2.100 quilômetros de distância, até Paranaguá (PR) e Vitória (ES) são, respectivamente, 2.200 e 2.500 quilômetros.
Como nessa região a capacidade ferroviária e hidroviária é limitada, a maior parte da safra, aproximadamente 70% da produção, é movimentada por caminhões a um custo médio de R$ 230 a tonelada.
Já os produtores que estão mais próximos aos portos citados acima gastam de R$ 55 a R$ 70 por toneladas para levar seus produtos até os complexos. Segundo a Anec, no Brasil se paga, em média, R$ 135,6 por tonelada.
“Atualmente, a única opção para a região central escoar sua produção é por meio de rodovias. Há projetos para suprir importantes Estados produtores com ferrovias, mas isso ainda levará algum tempo”, pontua Rodrigo Vilaça, diretor executivo da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários).
Para Newton Gibson, presidente da ABTC (Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga), “a forte dependência ao setor rodoviário é um gargalo que tem prejudicado muito o desenvolvimento do Brasil, não apenas na região central, mas em todas as regiões”.
Segundo o executivo, para evitar que uma paralisação de caminhoneiros – como a que aconteceu no último mês em Mato Grosso - possa atingir negativamente o País, é necessário investimento em infraestrutura. “É preciso que se faça urgentemente a interligação eficaz dos modais rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo”.
Resende concorda e aponta que o que falta ao País é um plano estratégico de criação de corredores logísticos para o escoamento de produtos, com a integração de todos os sistemas de transporte.
“Em minha análise, as regiões Centro-Oeste e Sul serão responsáveis por irradiar corredores em direção aos portos do Norte e do Sul e, talvez, para Santos (SP). O Brasil precisa pensar estes corredores logísticos para sua safra como uma questão estratégica. Caso contrário, em todos os anos vamos viver grandes problemas”, finaliza.

Fonte: Portal Webrtranspo; disponível em http://www.webtranspo.com.br/logistica/19583-crescimento-agricola-expoe-fragilidades ; acesso em 12/09/2010.


Nota: Para complementar a análise acima, recomendo ouvir a entrevista concedida à Rádio CBN por Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, presidente do conselho de agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e ex-ministro da Agricultura disponível em http://cbn.globoradio.globo.com/programas/cbn-brasil/2010/08/30/TECNOLOGIA-PERMITIU-AUMENTAR-A-PRODUTIVIDADE-MAS-LOGISTICA-PREOCUPA-O-AGRONEGOCIO-NO-BR.htm

07 setembro, 2010

Parque logístico pode ser solução para o transporte de cargas nas metrópoles [Portal Logweb]

A restrição da circulação de caminhões pelas principais vias de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro e a falta de espaço para o armazenamento de carga nos portos e aeroportos brasileiros estão dificultando o transporte de mercadorias nas grandes metrópoles.
Uma solução para esse problema pode ser a construção de grandes empreendimentos, localizados em pontos estratégicos, com fácil acesso às redes rodoviária, ferroviária e portuária, e que oferecem serviços de armazenamento e transporte de cargas para empresas de diferentes segmentos – os chamados parques logísticos.
“Amsterdã, Tóquio e Hamburgo dispõem de uma grande quantidade de parques logísticos desenvolvidos por empresas de diversas nacionalidades, enquanto que no Brasil eles ainda são muito incipientes”, compara o professor de engenharia civil da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Alfredo Mario Savelli. “Esse tipo de empreendimento é fundamental para uma cidade como São Paulo, onde não é mais possível o transporte de cargas por meio de veículos pesados na área urbana”, avalia.
O especialista apresentará um estudo sobre o assunto na 10ª Conferência Internacional da Sociedade Latino-Americana de Real Estate (Lares, na sigla em inglês de Latin American Real Estate Society), que será realizada de 15 a 17 de setembro, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, SP.
De acordo com Savelli, um dos locais mais indicados para a instalação desse tipo de empreendimento na capital paulista é o Rodoanel, que foi concebido justamente para retirar da região metropolitana os veículos de carga que vêm das regiões norte e sul do País e atravessam a cidade para alcançar outras localidades. Na avaliação dele, há uma enorme disponibilidade de espaços ao longo dos 117 km de extensão da obra para a instalação de parques logísticos, onde as empresas poderiam descarregar seus produtos e transportá-los pela cidade por meio de veículos de carga menores.
Nos trechos sul e oeste, por exemplo, que já foram inaugurados e possuem, ao todo, 89 km, segundo o especialista já é possível a construção desses complexos que reúnem diversos serviços em um mesmo espaço em áreas que podem variar de 50 mil a um milhão de m2. “A ideia de um parque logístico é ser um condomínio que congrega um grupo de empresas de diferentes segmentos e que compartilham de uma mesma infraestrutura, como sistemas de comunicação, rede hoteleira e prédios de escritórios”, explica. “Dessa forma, elas podem diluir seus custos”, assegura.
Segundo Savelli, há muitas empresas, além de investidores e incorporadores interessados na construção de novos parques logísticos no País, atraídos pela expectativa de boa rentabilidade deste tipo de empreendimento. Mas um dos fatores que podem limitar a decisão de investimento nesse tipo de negócio imobiliário é a indefinição legal sobre quais áreas podem ser exploradas. No trecho sul do Rodoanel, por exemplo, muitos terrenos poderão estar em área de preservação ambiental. E no caso do aeroporto de Cumbica, ainda não está definida qual será sua área de expansão.
Para diminuir os riscos em relação ao sucesso neste tipo de empreendimento, ele afirma que é fundamental o estudo da área onde se pretende construir o empreendimento, levando em conta aspectos como a localização, o porte e custos com energia, mão de obra e uso da terra, entre outros.

Fonte: Portal Logweb; disponível em http://logweb.com.br/index.php?urlop=noticia&nid=MjM4MTI= ; acesso em 30/08/2010.

02 setembro, 2010

Evolução na aplicação da tecnologia RFID [vídeo]



Nota: Embora a narração do vídeo seja feita em inglês, é possível perceber nas etapas da cadeia de suprimento as diferenças entre a tecnologia mais utilizada hoje (com código de barras) e a nova (com as etiquetas inteligentes). Ficam evidentes os ganhos operacionais com a utilização de scanners que permitem a leitura do material movimentado sem que este necessite ser manuseado.