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17 junho, 2010

Para empresas, logística é estratégia [Portal Webtranspo]

Com o objetivo de ganhar mais competitividade no mercado - e impulsionadas com a retomada do crescimento depois da crise global de 2008/2009 - inúmeras empresas têm desencadeado ações importantes no setor logístico.
Um levantamento realizado pela Fundação Dom Cabral com 76 grandes companhias instaladas no Brasil revela que 91% das empresas vão retomar (ou já retomaram) a aplicação de recursos na área, neste ano.
Segundo a análise, o objetivo destes investimentos é acompanhar o avanço da demanda e evitar que os gargalos comprometam a rentabilidade da companhia. De acordo com Paulo Resende, professor responsável pela pesquisa, isso acontece devido a lentidão dos investimentos públicos associada às oportunidades de tomada de posições nas cadeias de suprimentos.
“A infraestrutura brasileira é ineficiente e as oportunidades - não só para se ter ativos logísticos para a movimentação dos próprios produtos, mas também para ganhos em outras áreas - são grandes. Logo, tem-se uma estratégia de investimentos privados no setor de logística para redução dos custos operacionais e diminuição dos riscos”, explica.
Segundo projeções do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de 2011 a 2014, o setor industrial deve investir a cifra de R$ 850 bilhões no País. Este volume representa aproximadamente 30% do PIB Brasileiro do ano passado.
Conforme o mapeamento da instituição financeira, deste montante R$ 330 bilhões devem ser abocanhados pelo mercado logístico – incluindo questões de infraestrutura. Além disso, o estudo mostra também que as empresas já começam a apontar a retomada dos projetos voltados para atender a demanda externa - cujo foco é produzir para a exportação.
André Chiarini, diretor executivo do Ilos Infra (Instituto de Logística e Supply Chain), explica que “diante da baixa disponibilidade de infraestrutura, é preciso que as empresas busquem soluções para os seus negócios”, por isso a crescente participação da iniciativa privada neste tipo de investimento.
Segundo o executivo, “competitividade logística é vital, pois as empresas têm necessidade de armazenar seus produtos e escoar seus bens de maneira eficiente, visando competir no mercado interno e externo”.
Chiarini destaca também que “com recursos aplicado em logística, as empresas não só melhoram a competitividade do seu 'core business', como também - dependendo do ativo - podem vir a ter mais uma importante fonte de receita. Pois diversos investimentos em logística apresentam retornos bastante interessantes”.
De olho nas oportunidades do mercado, a IBG (Indústria Brasileira de Gases) planeja destinar o valor de R$ 5 milhões às suas operações logísticas, apenas neste ano. Parte deste montante, segundo informações da companhia, foi destinado para a aquisição de cilindros para o transporte de sua produção.
Além disso, a empresa garante investir continuamente no aumento de sua capacidade de distribuição, com a aquisição de novos veículos para ampliação e renovação de frota, como também na compra de equipamentos de estocagem.
“O frete é um componente representativo na composição dos custos do produto. Por isso procuramos uma adequação apropriada de duração e número de entregas, além da quantidade de cilindros em cada cliente, para redução de despesas”, explica Newton de Oliveira, presidente da companhia.
E finaliza: “logística não é gasto, é investimento, pois valoriza a qualidade do nosso produto é fundamental para cumprirmos os prazos”.

Fonte: Portal Webtranspo; disponível em http://www.webtranspo.com.br/economia/18228-logistica-vira-estrategia-para-empresas ; acesso em 06/06/2010.

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