O Brasil optou pela abertura econômica, mas não se preparou com uma estrutura competitiva. A avaliação é do presidente da Associação de Comércio Exterior (AEB), Benedicto Fonseca Moreira, durante a abertura do Fórum sobre entraves na multimodalidade e a competitividade, realizado nesta terça-feira (11) [de maio], na Fiesp.
"Nosso país optou por abrir sua economia e se tornar parte de um acordo entre países. Quando decidiu dar esse passo, em 1990, demonstrou que estava disposto a competir com o mundo, porém, não fez o dever de casa. Não se preparou com uma estrutura para isso", disse Moreira.
O presidente da AEB lembrou que para estar à altura de países competitivos é necessário investir em ciência e tecnologia. "Precisamos trazer para as nossas atividades, políticas: que nos permita abaixar os juros e a carga tributária, de exportação organizada e dinâmica, de redução de custo, e, sobretudo, investir em logística e reduzir a burocracia", explicou.
Segundo o diretor-titular de telecomunicações, transporte e logística do Departamento de Infraestrutura (Deinfra) da Fiesp, Saturnino Sérgio da Silva, para ter um comércio exterior forte, o Brasil depende diretamente de um sistema multimodal eficaz e sólido.
"É imprescindível termos um sistema multimodal ativo. Não podemos carregar gargalos em infraestrutura, ainda mais em um período que temos um evento como a Copa do Mundo sediada no País. Esse momento é oportuno para aprendermos com o que foi conquistado e tentarmos dar um salto mais ambicioso no setor para os próximos anos", completou.
O seminário "Por que o sistema multimodal não funciona no Brasil?" contou com a participação de organizações que compõem a logística integrada de transportes como a AEB, ANTT (Associação Nacional de Transportes Terrestres), Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e Camex (Câmara de Comércio Exterior), entre outras.
Fonte: Agência Indusnet FIESP; disponível em http://www.fiesp.com.br/agencianoticias/2010/05/11/forum_entraves_multimodalidade.ntc ; acesso em 23/05/2010.
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