Reunindo cinco grandes centros de manufatura e 23 pontos de entregas e
coletas, responsáveis pela produção diária de 13 mil produtos diferentes, a
fábrica da 3M em Sumaré, no interior de São Paulo – a maior entre as 7 plantas
da empresa no Brasil e que representa 60% do faturamento da marca no País –, é
um desafio diário para quem trabalha com logística.
Visando a perfeita gestão de tamanha produção, a 3M começou a implementar há
cerca de 4 anos a logística baseada no Sistema Lean, filosofia de produção
inspirada no modelo Toyota. “Foi uma decisão estratégica. A manufatura já
implementa o lean na 3M há 10 anos. Fizemos, então, um movimento necessário da
nossa logística, pois se não caminhássemos junto com a manufatura correríamos o
risco de nos transformarmos no gargalo da produção”, diz Reginaldo Debrino,
Gerente de Logística da 3M, responsável por todo processo de inbound da fábrica
da empresa em Sumaré.
O executivo vai apresentar, com exclusividade, o case de logística da 3M no
2º Seminário de Logística Lean, que vai ocorrer dia 10 de abril de 2013 e que
vai reunir também os cases de logística da Nike e da Mercedes-Benz, além de uma
visita orientada à fábrica da Flextronics, em Sorocaba (SP), onde vai ocorrer o
evento.
Com o sistema, a logística da 3M conseguiu, por exemplo, aumentar de 40% para
expressivos 97% o chamado Índice de Atendimento, indicador que mede a capacidade
para atender pedidos internos dentro do prazo estabelecido. Ao mesmo tempo, com
o lean, a empresa também conseguiu diminuir o prazo médio de entrega, que caiu
de 2,5 horas para 1,3 horas. Além disso, a companhia ainda conseguiu diminuir o
“retorno” de itens entregues na manufatura de 62% para 49%, o que representou
uma redução de 13%, mais que o dobro da meta inicial.
“As melhorias foram muito significativas. Tudo isso tem gerado economia e
ganhos em produtividade em todo meu departamento”, conta Debrino. “Mapear os
processos foi fundamental porque nos permitiu entender qual era a real
necessidade de atendimento da nossa logística interna”, resumiu o gerente de
logística da 3M.
Com isso, explicou ele, a empresa gerou um novo projeto de transporte
interno, com a definição de novas rotas padronizadas e a criação de uma nova
gestão visual para todo o processo – tudo isso sendo gerenciado, a partir de
então, pelo modelo “A3”, método de execução de projetos e solução de problemas
do Sistema Lean.
Outra mudança fundamental, explicou Debrino, foi a adoção do “Plano para Cada
Peça”, método lean conhecido pela sigla PPCP, que determina a criação de um
esquema detalhado para cada item utilizado num processo produtivo, visando
entender e melhorar todos os pormenores relevantes, para gerenciar o processo de
forma mais eficiente, sem erros ou desperdícios.
Além disso, a empresa tem priorizado a adoção do “Trabalho Padronizado” na
logística, processo que já gerou, inclusive, certificações internacionais à
companhia.
Para o gerente de logística da 3M, a utilização do
Sistema Lean num fluxo de logística é, atualmente, inevitável. “Torna o processo
mais simples e fácil de ser gerenciado. Também é muito bom ao gerar o
envolvimento dos colaboradores na solução de problemas. Eles ficam mais
‘engajados’ no trabalho”, conclui
Debrino.
Fonte: Revista MundoLogística; disponível em
http://www.mundologistica.com.br/portal/noticia.jsp?id=1156; acesso em 08/04/2013.
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