Técnicos e dirigentes de instituições ligadas à
avicultura industrial catarinenses visitaram o porto de Navegantes, na última
semana, para discutir o uso da tecnologia RFID – baseada no uso da
radiofrequência – para aperfeiçoar o sistema de rastreabilidade. A visita contou
com a participação de representantes da Associação Catarinense de
Avicultura (Acav), Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do
Estado de Santa Catarina (Fapesc), Sindicato da Indústria de
Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne/SC),
Secretaria da Agricultura, Ministério da Agricultura,
Universidade Regional de Blumenau (Furb), Universidade
Federal de Santa Catarina (Ufsc) e outras organizações.
A tecnologia RFID funciona por meio de
uma espécie de etiqueta eletrônica inteligente. A medida que a vida do animal
avança, registram-se nessa etiqueta os fatos relevantes relacionados a nutrição,
saúde e localização, por exemplo. Após o processamento, também é possível ter o
histórico dos animais junto ao produto, incluindo as validações oficiais e
respectivas certificações.
O projeto
prevê três fases para entrar em uso. A primeira contempla a rastreabilidade em
RFID da agroindústria ao porto e será implantada em um ano. O projeto-piloto
será realizado neste segundo trimestre. As outras duas fases contemplam a
rastreabilidade no campo e dentro da agroindústria, o que será implantado no
segundo e terceiro anos de projeto.
Clever Pirola Ávila, presidente da Acav, realça
que essa tecnologia está disponível em escala mundial e já é aplicada em várias
áreas da atividade humana e empresarial.
A aplicação desses recursos no aperfeiçoamento da rastreabilidade
avícola resultará de parceria entre a Fapesc, que coordenará o projeto, com
apoio do Sindicarne e Acav e participação das empresas avícolas. O projeto
envolve ainda outras instituições da sociedade catarinense, órgãos oficiais da
Secretaria da Agricultura, a Cidasc, o Ministério da Agricultura, empresas
privadas de tecnologia e centros de pesquisa ligados às universidades Furb e
Ufsc. Na fase inicial haverá um piloto, que sequencialmente poderá ser aplicado
para todos os interessados da cadeia produtiva.
Ávila explica que não
haverá mudança na metodologia adotada, indexação por ave, por lote, ou por
propriedade rural. “Não faremos alteração no conceito atual de rastreabilidade,
o que faremos é um aperfeiçoamento tecnológico da rastreabilidade trazendo
inovação, processos on-line, mais segurança e confiabilidade ao sistema”,
esclarece.
Ricardo Gouvêa, diretor técnico da Acav,
explica que investimento total das empresas no processo não é ainda conhecido,
pois resultará de uma parceria com o Governo do Estado, Fapesc e agroindústrias
catarinenses e os recursos serão alocados gradualmente, fase a fase.
A
rastreabilidade entra no plano preventivo de controle de epizootias e zoonoses
que cada Estado estruturou por exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) em face da ameaça da gripe aviária. “Com a
rastreabilidade on-line podemos continuar com nossos processos de avanços no
âmbito da saúde animal de forma mais objetiva e dando as devidas prioridades”,
afirma Ávila.
Fonte: Noticenter; disponível em http://www.noticenter.com.br/noticia/?COD_NOTICIA=17050&COD_CADERNO=22 ; acesso em 08/05/2012.
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